Em matemática, o teorema de Green relaciona a integral de linha ao longo de uma curva fechada no plano com a integral dupla sobre a região limitada por essa curva, em outras palavras, ele estabelece uma relação entre a integral dupla de uma região D e a integral de linha ao longo de sua fronteira.[1] Este teorema foi demonstrado pelo matemáticobritânicoGeorge Green em 1828 e é um caso particular do Teorema de Stokes.
O teorema de Green é um caso especial do Teorema de Kelvin-Stokes quando é aplicado a uma região no plano-xy.[3]
Podemos aumentar o campo vetorial de duas dimensões a um de três dimensões no qual a componente z é constante e igual a zero.
Vamos escrever F como uma função vetorial . Começaremos com o lado esquerdo do teorema de Green:
Aplicando o teorema de Kelvin-Stokes:
A superfície é simplesmente a região no plano , com o vetor normal unitário apontando na direção positiva de z, de tal maneira que coincida com as definições de "orientação positiva" para ambos os teoremas (Green e Stokes). Logo, se verifica .
Desse modo, a expressão dentro da integral fica:
Desta maneira obtemos o lado direito do teorema de Green:
Outro modo de análise se dá pelo teorema da divergência, o qual pode ser aplicado a qualquer número de dimensões e se trata de um caso especial do teorema de Stokes. Em duas dimensões, é equivalente ao teorema de Green.[3]
onde é o vetor normal apontando para fora da fronteira.
Para entender, considere a unidade normal na parte direita da equação. Como é um vetor apontando tangencialmente através de uma curva, e a curva C está orientada de maneira positiva através da fronteira, um vetor normal apontando para fora da fronteira seria aquele que aponta em 90º horizontalmente, o qual poderia ser . O módulo de este vetor é . Portanto .
Tomando as componentes de , o lado direito se converte em