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Ituberá

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Ituberá
  Município do Brasil  
Cachoeira da Pancada Grande
Cachoeira da Pancada Grande
Cachoeira da Pancada Grande
Símbolos
Brasão de armas de Ituberá
Brasão de armas
Hino
Lema Pax Et Prosperitas
Gentílico ituberaense
Localização
Localização de Ituberá na Bahia
Localização de Ituberá na Bahia
Localização de Ituberá na Bahia
Ituberá está localizado em: Brasil
Ituberá
Localização de Ituberá no Brasil
Mapa
Mapa de Ituberá
Coordenadas 13° 43′ 55″ S, 39° 08′ 56″ O
País Brasil
Unidade federativa Bahia
Municípios limítrofes Igrapiúna, Piraí do Norte, Nilo Peçanha e Ibirapitanga.
Distância até a capital Via Ferry Boat: 162 Km Via BR 101/BR 324: 348 km
História
Fundação 14 de agosto de 1909 (115 anos)
Administração
Distritos
Prefeito(a) Reges Aragão (PP, 2021–2024)
Características geográficas
Área total [1] 417,542 km²
População total (IBGE/2020[2]) 28 740 hab.
Densidade 68,8 hab./km²
Clima Tropical Úmido
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
CEP 45435-000
Indicadores
IDH (PNUD/2010 [3]) 0,606 médio
PIB (IBGE/2008[4]) R$ 117 862,493 mil
PIB per capita (IBGE/2008[4]) R$ 4 873,37
Sítio https://www.itubera.ba.gov.br/ (Prefeitura)

Ituberá é um município brasileiro localizado no estado da Bahia e é conhecido como a "Capital das Águas" do Baixo Sul.[5] Conta com uma grande abundância hídrica e faz parte da Região Turística da Costa do Dendê.[6]

A história de Ituberá começa com os índios Aimorés, que habitavam a região. No século XVIII, os jesuítas construíram a igreja de Santo André em uma aldeia indígena, que posteriormente se tornou o povoado de Santarém, onde colonizadores portugueses desenvolveram a cultura do cacau e do café. Com a chegada de bandeiras na parte Sul da Bahia, Santarém se tornou um importante porto para a mercadoria destinada aos bandeirantes.[6]

O município foi elevado a vila em 1758 com o nome de Santarém e, em 1909, se tornou cidade. Seu nome foi mudado para Sirinhaém em 1943, mas finalmente voltou a se chamar Ituberá de acordo com o Decreto-lei estadual n.° 141, de 31 de dezembro de 1943.[6]

Com a construção da estrada BA-02 em 1942, a economia do município foi afetada e a cidade entrou em declínio. Somente na década de 1950, com a introdução da cultura do cravo-da-índia, o município retomou o desenvolvimento econômico.[6]

Os rios do litoral sul da Bahia que conduzem aos planaltos situados ao oeste, desempenharam um papel importante no movimento de penetração e devassamento do território, que contribuiu para o início da indústria açucareira. Entre essa época e a introdução da cultura do cacau, em 1746, houve um período de pouco desenvolvimento na economia local. Inicialmente a lavoura cacaueira teve um bom desempenho, mas depois passou por um longo período de declínio, retomando a produtividade na última década do século XVIII.[6]

Localizada na Micro Região Homogênea 152, Tabuleiros de Valença, o município é cercado pelo norte de Nilo Peçanha, pelo sul de Igrapiuna, pelo oeste de Piraí do Norte e pelo leste do Oceano Atlântico.[6]

O rio Serinhaém é um dos principais acidentes geográficos da região, e atualmente é navegável por pequenas embarcações em seu distrito sede. A distância da capital é de 162 km via Ferry Boat ou 348 km via BR 101/BR 324.[6]

O clima é caracterizado como Subúmido a seco.[7] Ocorre ao longo do ano uma significativa pluviosidade. Mesmo o mês mais seco ainda assim tem muita pluviosidade. A temperatura média anual em Ituberá é 24.6 °C e a média anual de pluviosidade é de 2095 mm.[5] Os períodos chuvosos são, de fevereiro a agosto.[7]

Tipos de solos: Latossolos, Espodossolos, Alissolos e Neossolos.[7]

Geomorfologia

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É composto por Tabuleiros Pré-Litorâneos e Planícies Marinhas e Fluviomarinhas.[7]

Infraestrutura

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No ano de 2010, apenas 35.9% dos domicílios possuíam esgotamento sanitário adequado. No mesmo ano, só 25.2% dos domicílios urbanos em vias públicas contam com arborização e apenas 19.8% possuem urbanização adequada (incluindo bueiros, pavimentação, meio-fio e calçadas).[8][5]

Cidade que possui um rico patrimônio cultural material. Dentre as edificações históricas, destacam-se o Santuário Santo André, a Vila de Santo André, a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, o Paço Municipal, o Prédio da Câmara Municipal, o Obelisco a Rui Barbosa e a arquitetura civil das ruas e praças.[6]

A cidade também é conhecida por suas manifestações culturais, como o Bumba-Meu-Boi, a Burrinha, o Terno de Reis, o Candomblé Elétrico, o Grupo de Capoeira e as Quadrilhas de São João. A culinária local é outra atração, com destaque para os frutos do mar.[6]

O município destaca-se ainda por suas festas religiosas, como a Festa do Bonfim, a Homenagem a Iemanjá, a Festa de São Brás, a Romaria de Nossa Senhora da Boa Viagem, a Festa de Itaberoê, a Festa de Santo Antônio, a Festa de Senhora Santana, a Festa de Nossa Senhora Salete e as Festas de Santo André e Nossa Senhora da Conceição, padroeiros da cidade.[6]

Praia de Pratigi

Localizada na região litorânea do Baixo Sul da Bahia, o município encontra-se em um território cercado por densas florestas de Mata Atlântica e possui cachoeiras, balneários e praias. É conhecida como a joia da Costa do Dendê.[6]

A cidade também conta com uma ampla variedade de comércios e serviços, como, hotéis, pousadas, restaurantes, supermercados, farmácias, lojas de roupas e materiais esportivos.[6]

Além de uma praça de alimentação na área central e no dique.[6]

Conta com alguns pontos turísticos, como:

A Lagoa Santa, um dos pontos de referência localizado na zona rural de Ituberá, reconhecida como local de milagres e encantos; Barra de Serinhaém; Praia de Pratigi (famosa por sediar o festival de música eletrônica Universo Paralello); a Cachoeira Pancada Grande, considerada a mais alta do litoral baiano com 61 m de altura, localizada a 6 km do centro de Ituberá e inserida na Reserva Ecológica Michelin; Vila de Itajaí, entre outros.[6]

Em 2020, a taxa de mortalidade infantil média na cidade era de 3.41 para cada 1.000 nascidos vivos.[8] Em comparação com outros municípios do estado, em 2020 a cidade ocupava as posições 362 e 78 de 417, respectivamente.[5]

Trabalho e rendimento

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Em 2020, o salário médio mensal atingiu o patamar de 1.8 salários mínimos, enquanto a taxa de ocupação da população atingiu 8.9%. Além disso, a cidade apresentou um elevado percentual de sua população vivendo em domicílios com rendimentos mensais de até meio salário mínimo por pessoa.[5]

Referências
  1. IBGE (10 de outubro de 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010 
  2. «estimativa_dou_2020.xls». ibge.gov.br. Consultado em 24 de dezembro de 2020 
  3. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2010. Consultado em 24 de agosto de 2013 
  4. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 de dezembro de 2010 
  5. a b c d e «Cidades IBGE». cidades.ibge.gov.br. Consultado em 13 de junho de 2023 
  6. a b c d e f g h i j k l m n «SAI - Dados Municipais - Prefeitura Municipal de Ituberá». www.itubera.ba.gov.br. Consultado em 15 de junho de 2023 
  7. a b c d Estatísticas dos municípios baianos (PDF). Salvador: Superintendência de Estudos Econômicos e Socias da Bahia. 2010. pp. 111–126 
  8. a b «Ituberá (BA) | Cidades e Estados | IBGE». www.ibge.gov.br. Consultado em 13 de junho de 2023 
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