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Coronel João Sá

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Coronel João Sá
  Município do Brasil  
Símbolos
Bandeira de Coronel João Sá
Bandeira
Brasão de armas de Coronel João Sá
Brasão de armas
Hino
Lema Liberdade e fraternidade
Gentílico joão-saense
Localização
Localização de Coronel João Sá na Bahia
Localização de Coronel João Sá na Bahia
Localização de Coronel João Sá na Bahia
Coronel João Sá está localizado em: Brasil
Coronel João Sá
Localização de Coronel João Sá no Brasil
Mapa
Mapa de Coronel João Sá
Coordenadas 10° 17′ 02″ S, 37° 55′ 33″ O
País Brasil
Unidade federativa Bahia
Municípios limítrofes Pedro Alexandre, Jeremoabo, Sítio do Quinto, Adustina e Paripiranga em território baiano. Carira e Pinhão em território sergipano
Distância até a capital 415 km
História
Fundação 28 de julho de 1962 (62 anos)
Administração
Prefeito(a) Carlos Augusto Silveira Sobral (MDB, 2021–2024)
Características geográficas
Área total [1] 797,434 km²
População total (Censo IBGE/2022[1]) 17 056 hab.
Densidade 21,4 hab./km²
Clima Tropical semiárido (BSh)
Altitude 207 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2010[2]) 0,535 baixo
PIB (IBGE/2021[3]) R$ 175 255,81 mil
PIB per capita (IBGE/2021[3]) R$ 11 271,20
Sítio coroneljoaosa.ba.gov.br (Prefeitura)

Coronel João Sá (regionalmente conhecido como João Sá) é um município brasileiro do estado da Bahia. Localiza-se a uma latitude 10º17'3" sul e a uma longitude 37º55'37" oeste. Sua formação está associada à transição de camponeses pela expansão da Casa da Torre. Posteriormente, foi reconhecido como parte do território baiano de Jeremoabo, do qual se desmembrou, sendo oficialmente fundado em 1962.

O povoamento do território joão-saense, originalmente habitado por indígenas cariris, se deu no século XVIII, por meio da pecuária, realizada por vaqueiros ligados à Casa da Torre da família d’Ávila. Famílias que se estabeleceram junto a uma fonte de água no curso de água do Rio do Peixe formaram um pequeno povoado conhecido como Bebedouro, cujo nome remete a um importante entreposto para as boiadas que passavam pela região.[4]

Essa comunidade consistia em um pequeno agrupamento de casas em uma área de litígio territorial. Com a seca de 1877, muitos sertanejos acabaram se fixando na região do povoado de Bebedouro pela disponibilidade hídrica (característica comum entre os povoados da microrregião[5]) , trazendo um aumento populacional. Na disputa entre Sergipe e Bahia pela região, o povoamento acabou sendo incorporado à comarca da região baiana de Jeremoabo.[4]

Em 1943, com uma delimitação geográfica mais precisa dos estados de Sergipe e Bahia e o Decreto n° 5901 para corrigir repetições de nomes[6], o povoado teve seu nome substituído pelo topônimo indígena Iguaba.[7] Essa denominação corresponde em tupi para bebedouro,[8] um corpo hídrico parte da bacia hídrica do Rio Vaza-Barris, precisamente à porção conhecida por Bebedouro. Com o respectivo crescimento, o distrito recebeu sua primeira escola em 1955, Grupo Escolar Juracy Magalhães.[4]

A Lei Estadual n° 1762, de 28 de julho de 1962, desmembrou o distrito de Iguaba de Jeremoabo e o elevou à categoria de município.[9] Nessa ocasião, o documento emancipou o lugar com o nome de Coronel João Sá, em homenagem ao Coronel João Gonçalves de Sá, importante figura política de Jeremoabo. De acordo com essa lei, a instalação e o funcionamento efetivo do município ocorreram em 07 de abril de 1963. Portanto, o município tem data de criação e data de instalação efetiva.[4][9]

Cronologia dos principais eventos

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  • 1877: Seca força fixação da elite latifundiária nas proximidades da fonte hídrica.
  • 1920: Epidemia de varíola (bexiga), contamina quase que a população por total.
  • 1927: Fundação do distrito de Bebedouro e sua vila sede com este mesmo nome.[10]
  • 1927 Destaque para as passagens de Lampião e de seu bando pela área.[4]
  • 1943: Por Lei de nomenclatura, Bebedouro recebe o topônimo indígena Iguaba.[10]
  • 1962: Emancipação oficial pela lei n° 1762, como Coronel João Sá, em 28 de julho.[9]
  • 1963: Instalação por lei e funcionamento efetivo do município em 07 de abril do ano.[9]
  • 2017: Primeiro estudo científico caracteriza o Complexo Rupestre Rio do Peixe.[11]
  • 2019: A Barragem do Quati em Pedro Alexandre transborda, rompe e inunda a cidade.[12]

Cronologia administrativa

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A Primeira eleição para prefeito e vereadores ocorreu em 7 de outubro de 1962 e José de Justino dos Santos foi eleito o primeiro prefeito do município. A primeira gestão iniciou apenas em 7 de abril de 1963 com a instalação do município e efetivo funcionamento da prefeitura.[4][9]. José de Justino, no auge de sua carreira política foi prefeito por 04 vezes até 1992, quando teve sua última administração como prefeito deste município.

Quadro administrativo
Gestor Início Término Fontes e informações adicionais
José de Justino abr de 1963 dez de 1966 1° prefeito após a emancipação ocorrida em 1962
José Pereira de Andrade jan de 1967 dez de 1970 Família Carvalho lançou Evaldo para continuar a gestão
José de Justino jan de 1971 dez de 1972 Eleições municipais em 15 de novembro de 1972[13]
Valdomiro Pereira da Conceição jan de 1973 dez de 1976 Eleições municipais em 20 de dezembro de 1976[13]
José de Justino jan de 1977 dez de 1982 Essas gestões tiveram mandatos de 6 anos
Antônio José dos Santos jan de 1983 dez de 1988 Essas gestões tiveram mandatos de 6 anos
José de Justino jan de 1989 dez de 1992 Ultima administração deste gestor
José Romualdo Souza Costa jan de 1993 dez de 1996 Última gestão de integrantes da família Carvalho
José Adelmo dos Santos jan de 1997 dez de 2000 Filho de Justino
José Romualdo Souza Costa jan de 2001 dez de 2004
José Romualdo Souza Costa jan de 2005 dez de 2008
Carlos Augusto Silveira Sobral jan de 2009 dez de 2012
José Romualdo Souza Costa jan de 2013 dez de 2016
Carlos Augusto Silveira Sobral jan de 2017 dez de 2020
Carlos Augusto Silveira Sobral jan de 2021 dez de 2024

Coronel João Sá está localizada no Agreste da Bahia, no nordeste do estado, a 150 km de Aracaju e 450 km de Salvador.[14]

O município está localizado na bacia hidrográfica do Rio Vaza-Barris e os principais cursos d’água joão-saenses, Rio do Peixe, Rio do Meio, Riacho Caraíbas e Riacho Cansanção, são afluentes do Vaza-Barris. Há um vasto lençol freático no município, o que permite o seu abastecimento em períodos de seca.[14]

O clima de Coronel João Sá é o tropical semiárido e a vegetação, a Caatinga.[14]

Os solos joão-saenses são muito ricos e propícios para a agricultura, o que atrai agricultores de municípios próximos e até de regiões mais distantes da Bahia, como Irecê.[14]

A economia do município é baseada na agropecuária, comércio e na extração de pedras.

Referências
  1. a b «Coronel João Sá (BA) - panorama». IBGE Cidades. Consultado em 6 de fevereiro de 2024 
  2. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2010. Consultado em 24 de agosto de 2013 
  3. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios - Coronel João Sá (BA)». IBGE Cidades. Consultado em 6 de fevereiro de 2024 
  4. a b c d e f «Coronel João Sá (BA) - histórico». IBGE Cidades. Consultado em 6 de fevereiro de 2024 
  5. LIMA, Ricardo Junio Feitosa. O Complexo Montanhoso Serra Negra. Athos – Revista de Estudos Integrados, Vol.5, N.1, 2020. ISSN 2674-8002.
  6. Prudente, Clese Mary; Abbade, Celina Márcia de Souza (2017). «Bahia de todos os cantos e recantos: marcas identitárias e culturais na toponímia da Bahia». Revista GTLex (2): 219–245. ISSN 2447-9551. doi:10.14393/Lex4-v2n2a2017-2. Consultado em 14 de fevereiro de 2024 
  7. «IBGE | Cidades | Bahia | Pedro Alexandre | Histórico». www.cidades.ibge.gov.br. Consultado em 12 de dezembro de 2016 
  8. LIMA, Ricardo Junio Feitosa. Voturuna: Pedro Alexandre (BA) - Especial: um território de heranças indígenas. Revista Serrana. Edição Especial. 2022.
  9. a b c d e «Lei Estadual n° 1762, de 28 de julho de 1962». Casa Civil - Estado da Bahia. Consultado em 6 de fevereiro de 2024 
  10. a b LIMA, Ricardo Junio Feitosa (2023, July 7). Síntese cronológica de Pedro Alexandre, Bahia, Nordeste do Brasil. Even3 Publicações. DOI 10.29327/7281028.
  11. LIMA FILHO, Sebastião Lacerda de. Sítios gráficos e apropriação de espaços: um estudo de caso do complexo rupestre Rio do Peixe, região de Coronel João Sá, nordeste da Bahia. 2017. 447 f. Tese (Doutorado em Arqueologia) — Universidade Federal de Sergipe. Laranjeiras. 2017.
  12. ChicoSabeTudo. «Prefeitura de Coronel João Sá alerta população para risco de rompimento da barragem Quatí». www.chicosabetudo.com.br. Consultado em 11 de julho de 2019 
  13. a b Brasil, Tribunal Superior Eleitoral (2011). «Eleições anteriores». TSE. Consultado em 5 de maio de 2020 
  14. a b c d Brasil, Tribunal de Contas da União (1999). «Tribunal de Contas da União TCU - TOMADA DE CONTAS ESPECIAL: TCE 25005819979». TCU. Consultado em 9 de dezembro de 2016 
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