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Cafarnaum (Bahia)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Cafarnaum
  Município do Brasil  
Vista parcial da cidade
Vista parcial da cidade
Vista parcial da cidade
Símbolos
Bandeira de Cafarnaum
Bandeira
Brasão de armas de Cafarnaum
Brasão de armas
Hino
Gentílico cafarnauense
Localização
Localização de Cafarnaum na Bahia
Localização de Cafarnaum na Bahia
Localização de Cafarnaum na Bahia
Cafarnaum está localizado em: Brasil
Cafarnaum
Localização de Cafarnaum no Brasil
Mapa
Mapa de Cafarnaum
Coordenadas 11° 41′ 38″ S, 41° 28′ 04″ O
País Brasil
Unidade federativa Bahia
Municípios limítrofes Morro do Chapéu e América Dourada (N)
Mulungu do Morro (S)
Bonito (L)
Canarana (O)
Distância até a capital 430 km
História
Fundação 7 de abril de 1963 (61 anos)
Administração
Prefeito(a) Sueli Fernandes de Souza Novais (PL, 2021–2024)
Características geográficas
Área total [1] 927,491 km²
População total (IBGE/2022) 17 466 hab.
Densidade 18,8 hab./km²
Clima Não disponível
Altitude 700 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
CEP 44880-000
Indicadores
IDH (PNUD/2010 [2]) 0,584 baixo
PIB (IBGE/2008[3]) R$ 70 718,683 mil
PIB per capita (IBGE/2008[3]) R$ 3 903,01
Sítio www.cafarnaum.ba.gov.br (Prefeitura)
www.cafarnaum.ba.leg.br (Câmara)

Cafarnaum é um município brasileiro do estado da Bahia. Recenseada em 2022 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sua população é de 17.466 habitantes.[4] Em 2015, ficou em terceiro lugar dentre os municípios baianos no Ranking da Transparência do Ministério Público Federal (MPF) durante o mandato do prefeito Euilson Joaquim da Silva (2013 - 2016).[5]

O território do município era habitado pelos pataxós. No contexto da procura de ouro e pedras preciosas no século XVII, foi formado o arraial de Cafarnaum a partir da atração pelo solo fértil. O topônimo faz referência à cidade localizada na Galileia citada na Bíblia.[6]

Emancipação - A 7 de junho de 1961 entrou em tramitação na Assembléia Legislativa o projeto para sua emancipação. A 24 de julho de 1962, o Diário Oficial do Estado publicava o desmembramento do município de Morro do Chapéu. A 7 de abril de 1963, com as presenças de várias autoridades, foram realizadas as solenidades para a instalação da Câmara e para a posse do seu primeiro prefeito.

Situado a 430 quilômetros da capital baiana, o município de Cafarnaum localiza-se a uma latitude 11º 41' 37" sul e a uma longitude 41º 28' 06" oeste,[7] estando a uma altitude de 770 metros. Situada no nordeste do estado da Bahia, faz parte da Microrregião de Irecê e da Mesorregião do Centro-Norte Baiano. Limita-se com os seguintes municípios: ao Norte, Morro do Chapéu e América Dourada; ao Sul, Mulungu do Morro; a Leste, Bonito; e ao Oeste Canarana.

Organização Político-Administrativa

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Ver artigo principal: Lista de prefeitos de Cafarnaum

O Município de Cafarnaum possui uma estrutura político-administrativa composta pelo Poder Executivo, chefiado por um Prefeito eleito por sufrágio universal, o qual é auxiliado diretamente por secretários municipais nomeados por ele, e pelo Poder Legislativo, institucionalizado pela Câmara Municipal de Cafarnaum, órgão colegiado de representação dos munícipes que é composto por 11 vereadores também eleitos por sufrágio universal.[8]

Atuais autoridades municipais de Cafarnaum

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Obra executada pelo artísta B.a, residente na cidade de Cafarnaum, Sertão da Bahia e expoente da arte local.

A cidade tem distinta vocação para Arte e cultura com destaque especial para literatura, festas tradicionais, música, danças regionais e artes visuais. Péricles Coelho, político e pesquisador local, foi o pioneiro na pesquisa e registro da história da cidade e da sua gente. Seus escritos são fontes seguras de informações sobre os primeiros moradores e feições habitacionais de Cafarnaum. Focados na descrição primorosa da geografia e dos usos e costumes daquela incipiente comunidade agropecuarista, os textos exaltam o engenho de um povo simples, valente e dominadores de todas as adversidades climatéricas do sertão. Situada no semiárido baiano, de onde partem os rubros ventos serranos a tingir os cinzas da caatinga, pouco se soube da cidade e para lá, pouco se aventuraram os mensageiros do litoral. Assim, definiu-se no decorrer do tempo, a sua distinta e autêntica identidade sociocultural. Nessa remota exclusividade germinou o gosto literário e artístico de uma geração empenhada não apenas em florear obras diversas mas também projetar a sua sombra no cenário nacinal. A poesia do professor Ari Nascimento, os cordéis de José Martis e Moacyr Bernardes, a grande pesquisa histórica de Leandro Barreto, os estudos da música caipira e popular do professor José Ferreira Callado e os ensaios psicoemocionais de Elaine Montino são obras perfiladas no desenvolvimento econômico e cultural da cidade e lançam luz no pensamento das futuras gerações.

As artes visuais sempre lograram de amplo espaço e estão entre as primeiras expressões artísticas produzidas nessas terras como testemunha o rico acervo de pinturas rupestres, objetos ritualísticos e domésticos encontrados em sítios arqueológicos. A produção artística do período inicial de emancipação política da cidade abrangia a confecção de adereços, máscaras, pinturas e instrumentos musicais que eram usadas em festejos tradicionais e religiosos. Essas peças eram, na sua grande maioria, feitas por artistas e\ou artesãos autodidatas sem formação acadêmica mas que, nem por isso, deixam de esbanjar devoção e significados típicos da arte "naif" como se vê ainda hoje nas produções dos distristos rurais do município. Zeinho, um grande artesão que também era arte-educador, é autor de muitas peças utilizando fibras de sisal e sementes da flora caatingueira. Suas obras embelezavam lares e ambientes daquela época tomando parte no mobiliário e decoração. Pepeto, um outro artesão e contemporãneo do supracitado, trabalhava a madeira produzindo carros de bois, jumentos, cangaceiros, lavadoras de roupas e parte da feroz fauna sertaneja. Ele encantava as feiras livres ilustrando os costumes e labores daquela gente. São desse período também as primeiras obras onde se reconhece a consciência do fazer artístico. Manoel Rafflick, artista polivante e ainda em atividade, fez grande produção pictórica, musical, literária e escultórica inaugurando a imagem do artista questionador e engajado com as questões antropológicas e sociais tal qual a conhecemos hoje. Maria Aparecida, Nêgo de Calubi além de alguns grupos estudantis escreveram novelas, contos, jograis e peças que eram frequentemente apresentadas no clube recreativo revelando o gosto e boemia da juventude cafarnaumense. Atualmente, a cidade é agraciada com uma nova geração de artistas que além de buscaram séria formação profissional e acadêmica, estão estimulando a apreciação, o gosto e o consumo no novíssimo mercado de compra e venda de arte que aos poucos se estabelece na cidade.

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Referências
  1. IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 dez. 2010 
  2. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2010. Consultado em 24 de agosto de 2013 
  3. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 dez. 2010 
  4. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome IBGE_Pop_2010
  5. Ministério Público Federal. «RANKING DA TRANSPARÊNCIA» (PDF). Consultado em 28 de Abril de 2016 
  6. «IBGE» (PDF). Cafarnaum Bahia Histórico. IBGE. Consultado em 27 de abril de 2016 
  7. http://www.geografos.com.br/cidades-bahia/cafarnaum.php
  8. MEIRELLES, Hely Lopes. Direito municipal brasileiro. 18. ed. São Paulo: Malheiros, 2017.
  9. a b «Prefeita e vereadores de Cafarnaum tomam posse; veja lista de eleitos». G1. 1 de janeiro de 2021. Consultado em 23 de janeiro de 2024 
  10. «PORTARIA Nº 001, de 17 de janeiro de 2024». Diário Oficial da Câmara Municipal de Cafarnaum. 17 de janeiro de 2024. Consultado em 23 de janeiro de 2024 
  11. «Roberval dos Barbosas 65120». Diário Cidade. Consultado em 23 de janeiro de 2024