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The Last of Us | |
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Gênero(s) | Ação-aventura Survival horror |
Desenvolvedora(s) | Naughty Dog |
Distribuidora(s) | Sony Interactive Entertainment |
Criador(es) | Neil Druckmann |
Plataformas | PlayStation 3 PlayStation 4 |
Primeiro título | The Last of Us 14 de junho de 2013 |
Último título | The Last of Us Part II 19 de junho de 2020 |
Página oficial |
The Last of Us (conhecido também como TLoU)[1] é uma franquia de jogos eletrônicos de ação-aventura e survival horror exclusiva da PlayStation, criada por Neil Druckmann. A franquia é situada em um mundo pós-apocalíptico, com seres humanos hostis e criaturas canibalísticas infectadas por uma mutação do fungo cordyceps. Juntamente com God of War, The Last of Us ganhou status de carro-chefe da PlayStation, com seus títulos vendendo aproximadamente 21 milhões de cópias em todo o mundo.[nota 1]
A franquia possui dois jogos principais, uma DLC, uma minissérie em quadrinhos, um teatro musical e uma futura série de televisão. É amplamente aclamada pela crítica e pelo público, com todos os títulos lançados tendo grande sucesso. O primeiro jogo foi elogiado pelo seu enredo, jogabilidade, exploração da condição humana e boa representação de personagens femininas.[2] O título se tornou um dos jogos mais vendidos do PlayStation 3 e é considerado um dos melhores jogos de todos os tempos, tendo vencido mais de 200 prêmios de Jogo do Ano.[3] Sua DLC, Left Behind, e sua remasterização, The Last of Us Remastered, foram igualmente bem recebidas,[4] com Remastered sendo um dos jogos mais vendidos de PlayStation 4. Sua sequência, The Last of Us Part II, também foi aclamada pela crítica, recebendo elogios por sua jogabilidade e fidelidade visual; no entanto, seu enredo e temas de violência receberam opiniões divididas da crítica e do público.[5] Part II ganhou o prêmio de Jogo do Ano no The Game Awards de 2020 e também foi um dos jogos mais vendidos do PlayStation 4, além de ser exclusivo desta plataforma mais rapidamente vendido.[6] A história em quadrinhos, The Last of Us: American Dreams, e o teatro musical, The Last of Us: One Night Live, também foram bem recebidos.[7] Com American Dreams recebendo elogios pelo roteiro, pelo desenvolvimento dos personagens e pela simplicidade das ilustrações. Foi um sucesso comercial, com sua primeira edição precisando ser reimpressa para poder suprir a alta demanda.[8][9]
Conceito
[editar | editar código-fonte]Criação
[editar | editar código-fonte]Em 2004, quando ainda era aluno da Universidade Carnegie Mellon, Neil Druckmann participou de um projeto em grupo encarregado pelo seu professor, que por acaso, era amigo do diretor de cinema George Romero,[10] amplamente considerado o pai dos filmes modernos de zumbis.[11] Ele encarregou seus alunos de criarem um conceito de jogo que seria apresentado a Romero, e ele então escolheria seu conceito favorito e a equipe por trás dele criaria um protótipo. A ideia de Druckmann foi de mesclar três dos trabalhos que mais o influenciaram como criador. O jogo apresentaria a jogabilidade do clássico Ico de PlayStation 2, teria um personagem principal inspirado em John Hartigan, da série de histórias em quadrinhos Sin City, e a ambientação seria inspirada no filme A Noite dos Mortos-Vivos, de Romero.[10]
O conceito era centrado em um policial que protegia uma jovem garota em um mundo cheio de monstros canibais. Ele tinha um problema cardíaco e sempre que o problema acontecia, o jogador assumia o controle da garota, revertendo os papéis de protetor e protegido. Por fim, Romero escolheu outro projeto. Druckmann arquivou a ideia e quase uma década depois, o conceito foi repensando e se tornou inspiração para The Last of Us.[10]
Conceito final
[editar | editar código-fonte]O principal elemento do universo de The Last of Us é o fungo parasita cordyceps, que existe na vida real e geralmente parasita insetos, repondo seus tecidos e passando a controlar seus comportamentos.[12][13] Na franquia, o cordyceps pode parasitar humanos, o que é considerado impossível na vida real.[12] A história não explica em detalhes como a infecção do fungo avançou de insetos para humanos, apenas diz que houve uma “mutação” e que a infecção se espalhou rapidamente devido a plantações contaminadas.[12]
A chamada Infecção Cerebral do Cordyceps (ICC), começou a se espalhar, especificamente, nos Estados Unidos no final de setembro de 2013. Em alguns meses, aproximadamente 60% da humanidade havia sido morta ou infectada pelo fungo. O fungo cresce enquanto o hospedeiro ainda está vivo, com os hospedeiros passando por quatro estágios de infecção. O estágio um começa dois dias após a infecção, o hospedeiro é chamado de "Corredor"; ele perde sua função cerebral superior, e com ela, sua humanidade, tornando-os muito agressivos. São incapazes de raciocinar, andam em grupo e são extremamente rápidos. Dentro de duas semanas, o hospedeiro entra no estágio dois da infecção e se tornam os chamados "Perseguidores"; o fungo começa a piorar sua visão, resultado do crescimento progressivo de fungos na cabeça. Eles são ágeis como os "Corredores", o que os diferenciam é que eles se escondem em lugares fechados e escuros e esperam o momento certo para atacar. Após um ano de infecção, o hospedeiro entra no estágio três, que são chamados de "Estaladores"; nesse estágio, o crescimento do fungo já tomou completamente o rosto do hospedeiro, destruindo seus globos oculares e deixando-os cegos, resultando no desenvolvimento de uma grande percepção auditiva. Por isso, eles emitem sons para “enxergar” e se locomover, uma técnica semelhante à usada por morcegos e golfinhos, sendo necessário que o jogador se mova silenciosamente para evitar ser ouvido. Porém eles podem ser facilmente distraídos arremessando objetos, como uma garrafa. São extremamente brutais, sendo praticamente impossível escapar de seu ataque. Em casos muito raros, se o hospedeiro sobreviver por mais de uma década, eles atingirão o estágio quatro, existindo dois tipos diferentes. Os do primeiro tipo são chamados de "Baiacus"; o fungo cobre todo o seu corpo, criando uma expessa carapaça que ameniza os danos de tiros. Eles são grandes e lentos, correm apenas se estiverem perto de um alvo e lançam bombas de esporos brutais se estiverem muito longe. São os mais fortes e brutais, sendo capazes de destruir paredes e esmagar suas vítimas com facilidade. Os do segundo tipo, ainda mais raros que os Baiacus, são os chamados de "Trôpegos"; mais propensos a regiões chuvosas, eles tem o corpo completamente deformado e possuem enormes esporos encrustados, capazes de expelirem um gás venenoso e altamente corrosivo, causando em poucos segundos a morte de suas vítimas que entram em contato com o gás.[12] Quando o fungo mata o hospedeiro, os caules liberam esporos que podem infectar outros humanos. A infecção também pode se espalhar através de mordidas. Os hospedeiros só podem ser infectados enquanto estiverem vivos, pois o fungo é incapaz de infectar corpos mortos.
Após o surto da Infecção Cerebral do Cordyceps (ICC) acontecer nos Estados Unidos em setembro de 2013, a FEDRA (Agência Federal de Resposta a Desastres) assumiu o controle das Forças Armadas e declarou lei marcial, removendo os burocratas do poder. Para conter o fungo, a FEDRA fez com que os militares transferissem todos os humanos não infectados para grandes zonas de quarentena nas principais cidades do país, com o objetivo de protegê-los dos infectados. Os Estados Unidos sob a FEDRA tornaram-se um estado policial, exercendo poder absoluto sobre as zonas, o que levou à criação dos Vaga-Lumes, uma milícia dedicada a derrotar a FEDRA, restaurar o governo como era antes do surto e encontrar uma cura para a doença. Em certo momento, a FEDRA perdeu o controle de várias zonas de quarentena no país devido a infecção, escassez de alimentos, ataques dos Vaga-Lumes e revoltas locais por parte dos habitantes. A maioria das zonas foram simplesmente abandonadas pelos militares, em outros casos, algumas foram convertidas em bases por grupos de sobreviventes.
Os sobreviventes que vivem fora das poucas zonas de quarentena restantes são geralmente violentos e hostis com estranhos. Existem diversos grupos de sobreviventes que não vivem em lei marcial. A maioria deles estão sob o comando de um líder, enquanto outros são indivíduos independentes que estão apenas tentando sobreviver. Dentre vários, existem os Vaga-Lumes, rebeldes que lutam contra o governo e pelo futuro da humanidade. Os Caçadores, são sobreviventes violentos que vivem em zonas de quarentena abandonadas. Os Contrabandistas que trabalham com contrabando de pessoas, suprimentos e armas em áreas controladas por militares. Os Canibais que são, como o nome sugere, canibais, que vivem no leste do Colorado. Existem dois grandes grupos extremistas em guerra pelo controle de Seattle; os Serafitas (ou Cicatrizes), que são um culto religioso primitivista e a Frente de Libertação de Washington (WLF), uma organização paramilitar militante composta principalmente por ex-Vaga-Lumes (em um contexto onde eles foram extintos). E por último os Rattlers, que são uma gangue de escravistas de Santa Bárbara, Califónia, dentre outros.
Dentre vários personagens, a franquia tem foco princiapal em três; Joel, Ellie e Abby. Joel, antes do surto, trabalhava como carpinteiro em uma construção e criava sozinho sua filha Sarah. No seu aniversário, Joel é obrigado a fugir de sua casa com sua filha e seu irmão Tommy, devido a chegada do surto em sua cidade. Porém, durante a fuga, um soldado abre fogo contra Joel e Sarah por ordem de seus superiores. Tommy consegue chegar a tempo de salvar seu irmão, mas Sarah acaba sendo baleada e morre nos braços de Joel. Não se sabe muito sobre a vida de Joel depois do surto, mas sabe-se que em algum momento ele e Tommy se tornaram Caçadores, porém eles se separam devido a um desentendimento. Joel decide ir morar na zona de quarentena de Boston, com sua amiga Tess e juntamente com ela, se torna Contrabandista. Nos eventos do primeiro jogo, ele e Tess são encarregados por sua antiga amiga Marlene, líder dos Vaga-Lumes, de contrabandear Ellie, de 14 anos de idade, para a base dos Vaga-Lumes mais próxima e a partir daí se sucedem os eventos do primeiro jogo. Abby é apresentada como uma ex-membra dos Vaga-Lumes, e membra do WLF, que procura vingança contra Joel pela morte de seu pai.
Elementos
[editar | editar código-fonte]Jogabilidade
[editar | editar código-fonte]Os jogos da franquia são ambientados em um Estados Unidos pós-apocalíptico. Os jogos contém elementos de ação-aventura, survival horror e stealth apresentado a partir de uma perspectiva em terceira pessoa. A quase todo momento, o jogador está acompanhado de um ou mais companheiros, controlados pela inteligência artificial, que podem ajudar o jogador não só no combate, mas também em puzzles. O jogador pode pular, correr, se agachar, se arrastar, pegar cobertura, socar, se esquivar, usar armas de todos os tipos, como armas de fogo de longo alcance (rifles, espingardas, arcos), quanto as de curto alcance (pistolas, revólveres, espingardas curtas), além de armas brancas (canos, tacos de beisebol) e armas improvisadas (garrafas, tijolos). Os jogos possuem um sistema de criação que permite que o jogador aprimore armas em mesas de trabalho utilizando itens coletados nos cenários. Equipamentos como kits médicos, coquetéis molotov e silenciadores podem ser encontrados ou fabricados com itens coletados. Melhorias de habilidades, como o aumento do tamanho do medidor de saúde e da velocidade de criação, dentre outros, podem ser feitos ao coletar pílulas e plantas medicinais. O medidor de saúde do jogador pode ser recarregado por meio de kits médicos caso o personagem tome algum dano.
Durante o jogo, o jogador pode escolher entre um combate direto ou furtivo. Durante a furtividade, o jogador deve se mover lentamente (com alguns inimigos específicos, precisando se mover ainda mais lento). Aproximar-se por trás do inimigo, para usá-lo como refém ou matar-lo rapidamente são uma das opções, além do uso de armas com silenciadores. Garrafas e tijolos não servem apenas machucar ou tontear os inimigos, mas também para distraí-los, o que é outro grande elemento do combate furtivo do jogo. A mecânica chamada de "Modo de Escuta", que permite que o jogador localize inimigos por meio de uma escuta e percepção espacial avançada, é o principal elemento furtivo do jogo. Ao utilizá-lo, a silhueta dos inimigos torna-se visível, permitindo ao jogador vê-los entre as paredes. Um sistema de cobertura dinâmico está presente nos jogos, em que o jogador pode proteger-se atrás de obstáculos a fim de obter uma vantagem tática durante o combate. Os jogos possuem diversos períodos sem nenhum combate, frequentemente envolvendo apenas conversas entre os personagens. O jogador deve resolver puzzles simples, que na maioria das vezes envolvem a ajuda do companheiro controlado pela IA. Colecionáveis opcionais, como bilhetes, mapas e quadrinhos, podem ser encontrados e vistos pelo menu.
O jogo contém um sistema de inteligência artificial em que inimigos humanos reagem a qualquer situação de combate em que são colocados. Se um inimigo descobre o jogador, ele pode chamar por ajuda ou tirar vantagem do jogador enquanto ele está distraído, sem munição, ou em uma luta. Os inimigos possuem cães de guarda, que procuram pelo jogador e/ou atacam-o. Se eles percebem a ausência e/ou descobrem um parceiro ou cão morto, entram em estado de alerta. Os companheiros do jogador podem auxiliá-lo no combate de diversas formas; jogam objetos nos inimigos com o objetivo de tonteá-los, revelam a localização deles para o jogador ou atacam-os utilizando armas de fogo ou armas brancas.
Multijogador
[editar | editar código-fonte]O multijogador online, presente apenas no primeiro jogo, permite que até oito jogadores participem de partidas competitivas. Existem três modos jogavéis: Ataque de Suprimentos e Sobrevivência, que são ambos mata-matas em equipes, com o último sem a opção de renascimento; e Interrogação que consiste em duas equipes investigando a localização do cofre da equipe inimiga, com a primeira a capturar o cofre inimigo vencendo. Em todos os modos, os jogadores deviam escolher uma facção, Caçadores ou Vaga-Lumes, e manter sua facção viva coletando suplementos durante as partidas. Cada partida equivale a um dia; ao sobreviver doze "semanas", os jogadores completam sua jornada e podem re-escolher sua facção. Matando inimigos, revivendo aliados e criando itens dão ao jogador recursos que podem ser convertidos em suprimentos; suprimentos também podem ser retirados de corpos inimigos. Os jogadores podem carregar mais equipamentos ao ganharem pontos enquanto os suprimentos de sua equipe crescem. Os jogadores podem conectar seu jogo à sua conta do Facebook, na qual altera o nome e os rostos dos membros de sua equipe, para corresponder aos amigos do jogador no Facebook. Os jogadores podem personalizar seus personagens com chapéus, capacetes, máscaras e emblemas. Os servidores multijogador online da versão de PlayStation 3 do jogo foram fechados em 3 de setembro de 2019.
Cenários
[editar | editar código-fonte]Austin
[editar | editar código-fonte]Austin é a capital do estado do Texas, onde Joel, Tommy, e Sarah viviam antes do surto do cordyceps. Quando ocorreu o surto, a cidade rapidamente entrou em caos, com muitas pessoas sendo infectadas e morrendo. Enquanto fugiam pela cidade, Joel, Tommy e Sarah notaram um celeiro em chamas. Tommy e Joel comentaram brevemente que era propriedade de um homem chamado Louis, e que esperavam que ele sobrevivesse.
Assim que chegaram ao centro da cidade, eles perceberam que a rodovia foi bloqueada por centenas de carros, enquanto as ruas estavam cheias de pessoas correndo para salvar suas vidas. Quando os três bateram com um caminhão, foram obrigados a fugirem a pé pelas ruas. Na tentativa de chegar à rodovia, eles escaparam por um beco, mas Sarah e Joel foram forçados a se separar de Tommy devido a vários infectados. Quando Joel e Sarah chegaram à rodovia, foram parados por um soldado, que atirou neles. Apesar de Tommy chegar e matar o soldado, Sarah havia sido severamente baleada e morreu nos braços de seu pai.
Boston
[editar | editar código-fonte]Boston é a capital do estado de Massachusetts e onde Ellie nasceu e viveu antes de conhecer Joel. Em 2033, a FEDRA e os militares controlam a cidade, que é uma das últimas zonas de quarentena em funcionamento nos Estados Unidos.
Após o surto da Infecção Cerebral do Cordyceps no final de setembro de 2013, Boston se transformou em uma Zona de Quarentena controlada pelos militares. Sob a lei marcial, os soldados montaram vários pontos de controle em toda a cidade. Os militares carregam scanners para verificar se há infecções em cidadãos suspeitos, e o protocolo de infecção militar faz com que os soldados executem qualquer indivíduo infectado no local. As autoridades tratam da distribuição de rações à população, desde que o destinatário tenha os cartões de racionamento adequados. Semanas de meia ração são declaradas sempre que há escassez, às vezes por várias semanas consecutivas. Civis aptos são recrutados para as turmas de trabalho, tanto dentro quanto fora das paredes. Portanto, avisos de redação são entregues aos indivíduos a cada 6 meses.
After the cordyceps brain infection outbreak around late September 2013, Boston transformed from a heavily populated, bustling city into a military controlled Quarantine Zone. Under martial law, soldiers have set up various checkpoints throughout the city. Military personnel carry scanners to check suspicious citizens for infection, and the military's infection protocol makes soldiers execute any infected individual on the spot. The authorities deal with distributing rations to the populace, as long as the recipient has the appropriate ration cards. Half-ration weeks are declared whenever there are shortages, sometimes for multiple weeks in a row. Able-bodied civilians are conscripted into work details, both inside and outside the walls. Therefore, drafting notices are handed out to individuals every 6 months.
Personagens
[editar | editar código-fonte]Protagonistas
[editar | editar código-fonte]Joel
[editar | editar código-fonte]Joel (Troy Baker), o principal personagem jogável de The Last of Us. Originalmente do Texas, Joel estava com quase trinta anos quando o surto de Cordyceps ocorreu. Ele fugiu junto com seu irmão Tommy e sua filha Sarah, porém eles se envolveram em um tiroteio com um soldado em que a menina foi mortalmente ferida, morrendo nos braços do pai e deixando-o traumatizado.[15] Joel fez o que foi preciso para sobreviver nos anos que se seguiram.[16][17] Ele tornou-se um sobrevivente endurecido, forte física e mentalmente, devido todos os anos passados dentro do mundo pós-apocalíptico e por remoer a morte de Sarah. Joel possui um estilo de luta brutal e é capaz de defender-se sozinho.[14]
Vinte anos depois, Joel é um contrabandista na zona de quarentena de Boston junto com sua parceira Tess. Os dois caçam um antigo associado querendo recuperar sua mercadoria roubada, porém são encarregados por Marlene, líder do grupo miliciano Vaga-Lumes, de escoltar uma menina chamada Ellie até um ponto de encontro no capitólio da cidade.[18] No caminho eles descobrem que a menina é imune a infecção. Ao chegarem em seu destino, Tess revela que foi mordida por um Infectado e ordena que Joel encontre Tommy para poder continuar sua missão.[19] Ele inicialmente é curto e grosso com Ellie, porém começa a amolecer à medida que a jornada progride. Isto é externalizado quando Joel, após ter pedido para seu irmão assumir seu lugar e levar a menina até o Colorado, muda de ideia e decide acompanhá-la por todo o caminho.[20] O laço entre os dois fica mais forte quando Joel é gravemente ferido[21] e depois resgata Ellie de um grupo de canibais.[22] Ele consegue entregá-la aos Vaga-Lumes em Salt Lake City, porém recusa-se a deixá-la morrer durante uma cirurgia que irá abrir seu cérebro à procura da cura para a infecção. Joel mata Marlene para garantir que não serão seguidos, mentindo para Ellie ao dizer que os médicos foram incapazes de encontrar uma cura.[23] Ela depois o confronta sobre os eventos,[24] porém ele garante que tudo que contou era verdade.[25]
A equipe desenhou a aparência física de Joel para tentar deixá-lo "flexível o bastante" a fim de lhe permitir parecer tanto um "operador impiedoso no submundo de uma cidade em quarentena" quanto uma "figura paterna carinhosa para Ellie". Seu visual tinha a intenção de evocar "Americana rural", fazendo referências aos valores de auto-suficiência e ingenuidade ao enfrentar sofrimento e privação.[26] Druckmann inicialmente escreveu Joel se inspirando na interpretação de Josh Brolin do personagem Llewelyn Moss em No Country for Old Men, que ele via como "bem quieto, bem frio sob pressão". Entretanto, a interpretação de Baker foi de uma pessoa mais emocional e isso fez o personagem evoluir de um jeito diferente.[27] A narrativa por fim tornou-se uma exploração sobre o quanto um pai está disposto a salvar uma criança; Joel inicialmente está disposto a se sacrificar, evoluindo para estar disposto a sacrificar seus amigos até finalmente sentir que estaria disposto a sacrificar toda a humanidade para salvar Ellie.[28]
Druckmann sentiu que os jogadores, particularmente pais, poderiam simpatizar com Joel e sua aproximação de Ellie.[29] Baker acredita que Joel descobriu a moralidade no decorrer da narrativa, conseguindo trabalhar a diferença entre perda e sacrifício, com sua verdadeira personalidade transparecendo.[30] O diretor de criação ficou intrigado pelos jogadores que passaram a discutir a moralidade do personagem, distinguindo-o em vilão ou herói; Druckmann achava que Joel era "uma pessoa complexa que tomou decisões boas e ruins", porém permitiu uma interpretação aberta.[31] Baker leu uma frase no perfil do personagem ao fazer o teste para Joel que dizia que este ainda tinha "algumas linhas morais restantes para cruzar", algo que se tornou o "ponto de ancoragem" do personagem para o ator. Ele teve grandes dificuldades para filmar o prólogo, que tinha cenas de Joel com sua filha Sarah, interpretada por Hana Hayes. Druckmann assistiu as imagens feitas no primeiro dia de gravação e sentiu que elas poderiam ser melhoradas. O diretor explicou ao ator como interpretar a cena quando foram gravá-la novamente, sentido que o resultado fora o melhor até então. Apesar de Baker inicialmente ter achado sua tomada muito "mecânica", ele retroativamente percebeu que antes estava tentando impressionar o público com sua atuação e que isso "não era o que a cena precisava".[14]
Ellie
[editar | editar código-fonte]Ellie (Ashley Johnson), uma órfã de catorze anos e a personagem jogável secundária de The Last of Us, uma das poucas personagens a nunca ter conhecido o mundo antes da infecção.[32] Muito de sua história pregressa é revelada na série limitada de quadrinhos The Last of Us: American Dreams e no conteúdo para download The Last of Us: Left Behind.[33][34]
Ellie consegue sobreviver à mordida de um Infectado,[34] sendo colocada aos cuidados de Joel para ser escoltada até os Vaga-Lumes.[18] Ela inicialmente fica incomodada pela severidade dele,[35] porém aos poucos começa a sentir um forte ligação.[20] Joel é seriamente ferido[21] e Ellie passa cuidar dele durante o inverno, quase sendo assassinada por um grupo de canibais[22] e ficando introvertida como resultado.[36] Joel consegue entregá-la aos Vaga-Lumes, descobrindo-se que ela tem a mutação do Cordyceps crescendo em seu cérebro, algo que pode ser usado para criar uma vacina; entretanto, a cirurgia para retirar o fungo muito provavelmente irá matá-la. Joel invade a sala de cirurgia e resgata Ellie. Ele depois mente afirmando que os Vaga-Lumes haviam encontrado muitas outras pessoas imunes porém foram incapazes de produzir uma cura.[23] Ellie confronta Joel sobre a história, exigindo saber a verdade,[24] porém ele jura que tudo que contou era verdade.[25]
A equipe achou que era "crítico" estabelecer a aparência física de Ellie; eles sentiram que a personagem precisava parecer jovem o bastante a fim de sua relação com Joel ser crível, mas velha o bastante para que ela também fosse crível como uma adolescente engenhosa capaz de sobreviver.[37] Druckmann comentou que a inspiração para Ellie como um elemento de jogabilidade veio de conversas com Straley enquanto trabalhavam em Uncharted 2: Among Thieves sobre uma personagem muda que convocaria os jogadores a segui-la, criando uma "linda" relação apenas por meio da jogabilidade. Este conceito acabou nunca entrando no jogo final, porém a ideia voltou quando a equipe estava discutindo The Last of us, por fim inspirando Ellie. O diretor de criação também descreveu o jogo como uma história da chegada à idade adulta para a personagem, em que esta passa a adotar as qualidades de uma sobrevivente.[28] Ela é mostrada beijando sua amiga Riley em Left Behind, com Druckmann confirmando que a personagem é homossexual.[38]
Coadjuvantes
[editar | editar código-fonte]Marlene
[editar | editar código-fonte]Marlene (Merle Dandridge), a líder dos Vaga-Lumes, um grupo miliciano contra autoridades das zonas de quarentena. Ela foi encarregada pela mãe de Ellie de cuidar de sua filha, porém a menina apenas a conheceu anos depois.[39] Ela é ferida em Boston e se oferece para recompensar Joel e Tess com um grande carregamento de armas em troca que eles escoltem Ellie para fora da zona de quarentena.[18] Marlene reencontra Joel em um hospital de Salt Lake City, onde cientistas realizam testes na menina. Ela revela que Ellie será operada, algo que certamente irá resultar em sua morte; Joel discorda do procedimento, luta contra os soldados Vaga-Lumes e resgata a garota. Marlene tenta impedir que ele escape, insistindo que levar Ellie embora apenas irá adiar sua morte em favor de uma mais brutal e que ela ajudará a desenvolver uma cura para a infecção. Joel ignora os pedidos e atira em Marlene na barriga. Esta implora por sua vida, porém ele a executa com um tiro na cabeça a fim de garantir que ninguém irá atrás dele.[23]
O objetivo dos desenvolvedores para o desenho físico de Marlene era que ela tivesse um visual "capaz e no controle", ao mesmo tempo transmitindo compaixão, para que assim os jogadores acreditassem que ela realmente se importa com Ellie.[40] Dandridge achou que a personagem era complexa, acreditando que ela "quer fazer a melhor coisa para o bem maior", porém os eventos em sua vida fizeram com que sua posição moral se tornasse confusa. Apesar da atriz considerar pessoalmente que Marlene é fundamentalmente uma pessoa "boa", Dandridge também achou que a ambiguidade moral dos personagens era um grande contribuidor para o interesse em suas humanidades.[41] A atriz também gostou de atuar com captura de movimento, comparando a técnica com o teatro.[42]
Tess
[editar | editar código-fonte]Tess (Annie Wersching), a parceira de contrabando de Joel. Os dois caçam seu antigo associado Robert à procura de seu carregamento roubado de armas, recebendo de Marlene a oferta de terem as mercadorias devolvidas com um bônus caso concordem em levar Ellie para fora da zona de quarentena até o capitólio de Boston.[18] Tess e Joel conseguem chegar em seu destino, porém descobrem que os Vaga-Lumes que deveriam encontrar foram todos assassinados. Joel insiste para retornarem para casa, porém Tess revela que foi mordida por um Infectado. Ela manda seu parceiro encontrar Tommy a fim de entregar Ellie para os Vaga-Lumes, permanecendo para trás com o objetivo de cobrir sua fuga. Tess é morta por soldados no tiroteio resultante antes que pudesse ser transformada em uma Infectada.[19]
A equipe queria que a aparência física de Tess fosse um visual "forte e capaz", com os desenvolvedores lutando para adicionar um elemento de força com a intenção de sugerir que ela talvez fosse mais impiedosa que Joel.[43] Tess originalmente seria a principal antagonista de The Last of Us, perseguindo Joel durante um ano até um último confronto em que seria morta por Ellie. Entretanto, a equipe achou difícil de acreditar que Tess antagonizaria Joel por tanto tempo; isto foi resolvido ao ajustar a história de maneira significativa.[44] Wersching ficou impressionada pelo roteiro e a habilidade de Druckmann para escrever personagens femininas fortes. O diretor sempre evitou influências externas, como a representação de mulheres na mídia, ao escrever as personagens femininas do enredo como Tess e Ellie, querendo criar sua própria história.[29]
Tommy
[editar | editar código-fonte]Tommy (Jeffrey Pierce), o irmão mais novo de Joel. Ele escapou junto com Joel e Sarah em seu carro depois do surto inicial da infecção, passando a defender o irmão e a sobrinha depois de baterem em um caminhão.[15] Joel e Tommy inicialmente sobreviveram juntos após a morte de Sarah, porém suas visões diferentes e os modos de Joel fizeram com que os dois se afastassem e Tommy entrasse para os Vaga-Lumes. Ele ficou desiludido com o grupo e também os abandonou, construindo um assentamento perto de uma usina hidrelétrica no Wyoming com a ajuda de sua esposa Maria. Joel chega no assentamento muitos anos depois. Tommy inicialmente recusa-se a assumir os cuidados de Ellie, porém concorda em escoltá-la até Marlene depois de perceber o quanto o irmão se importa com a menina e não confia em si mesmo para protegê-la. Entretanto, Ellie confronta Joel sobre Sarah e ele muda de ideia, acompanhando-a na jornada. Tommy promete que os dois sempre serão bem-vindos em seu assentamento.[20]
Os desenvolvedores desejavam que a aparência física de Tommy lembrasse Joel "em estatura e robustez", porém que também expressasse sua abordagem compassiva sobre o mundo. Apesar de Tommy compartilhar a "masculinidade saibrosa" de Joel, ele também tem uma gentileza que falta para o irmão.[45] Pierce originalmente fez teste para o papel de Joel; a equipe imediatamente contatou o ator quando precisaram escolher alguém para interpretar Tommy, já que tinham ficado impressionados por seu teste. Baker sentiu que sua química com Pierce ajudou na representação realista da relação entre seus respectivos personagens.[46]
Bill
[editar | editar código-fonte]Bill (William Earl Brown), um parceiro de negócios de Joel e Tess. Ele é um homem paranoico e desconfiado que vive sozinho em uma cidade altamente fortificada e repleta de armadilhas. Joel vai atrás de Bill na esperança que este pague uma dívida ao consertar um carro para que Joel e Ellie possam continuar sua viagem até Tommy, porém Bill insiste que o único carro com uma bateria funcionando está localizado em uma parte inexplorada da cidade. Os três conseguem chegar na escola local, porém descobrem que a bateria sumiu. Eles escapam de hordas de Infectados e vão parar em uma casa abandonada, descobrindo que Frank, ex-parceiro de Bill, se suicidou ao se enforcar. É revelado que os dois tiveram um desentendimento e Frank planejou escapar da cidade usando o carro de Bill. Eles conseguem ligar o carro, com Joel expressando simpatia pelo o que ocorreu entre Frank e Bill. Este responde meramente afirmando que a dívida foi paga e mandando que nunca mais voltem para a cidade.[47]
A aparência de Bill foi desenhada para refletir praticidade em vez de auto-expressão; a maioria de suas roupas e equipamentos também podem ser usados como ferramenta de sobrevivência.[48] Bill em certo momento é revelado como homossexual. Druckmann inicialmente deixou isso vago no roteiro, porém foi inspirado a alterar algumas falas para refletir mais a sexualidade do personagem após uma leitura conjunta do roteiro.[49] O diretor explorou o conceito de afirmações contraditórias para poder deixar Bill mais interessante; apesar do personagem afirmar que se apegar a pessoas diminui suas chances de sobrevivência, é revelado que o próprio já teve um parceiro com quem realmente se importava. O papel de Bill na história também era dar voz às preocupações de Joel sobre escoltar Ellie, já que Joel nunca comenta sobre o assunto; Druckmann falou que "O motivo de ter Bill lá é para Bill poder realmente falar isso para Joel, e avisar Joel sobre a questão".[50] Sam Einhorn da GayGamer.net sentiu que a revelação sobre a sexualidade de Bill "adicionava ao personagem ... sem tokenizá-lo".[51] A associação norte-americana GLAAD nomeou Bill como um dos "personagens LGBT mais intrigantes de 2013", descrevendo-o como "profundamente falho mas totalmente único".[52]
Henry e Sam
[editar | editar código-fonte]Henry (Brandon Scott) e Sam (Nadji Jeter), dois irmãos que Joel e Ellie encontram enquanto tentam escapar de um grupo de caçadores em Pittsburgh. Assim como Joel, Henry é um sobrevivente experiente e os dois decidem se juntar já que ambos estão à procura dos Vaga-Lumes. As duas duplas trabalham juntas para sobrepujarem os bandidos protegendo a saída da cidade,[35] com eles escapando para uma torre de rádio abandonada nos subúrbios. Lá, Joel e Henry compartilham seu amor por motocicletas, porém Sam fica de mau humor e introvertido, particularmente depois de uma conversa com Ellie sobre morte e os Infectados. É revelado no dia seguinte que Sam foi mordido na fuga dos subúrbios, atacando Ellie e forçando Henry a matá-lo. Este fica tomado pela dor e culpa pela morte do irmão, cometendo suicídio em seguida.[53]
Tanto as aparências físicas quanto o comportamento de Henry e Sam foram pensados para refletir Joel e Ellie; a mochila e os jeans usados por ambas as duplas refletem sua semelhança física, enquanto a semelhança de comportamento vinha do fato que eles eram forçados a tomar decisões difíceis com o passar do tempo.[54] Após Scott ter sido escolhido para interpretar Henry, a equipe apenas lhe mostrou alguns esboços artísticos do jogo e evitou dar detalhes específicos sobre a história. O ator gostou de fazer o papel, particularmente pelo fato de ter recebido permissão para introduzir elementos de sua própria personalidade: "Você não precisa planejar [as pequenas nuances] ... porque você pode apenas ser o personagem". Ele também achou que gravar a voz e as ações do personagem ao mesmo tempo era "excitante" e útil.[55] Os desenvolvedores sentiram que as ações de Henry eram dedicadas à proteção de Sam, com Scott tendo introduzido esse elemento de dedicação. Druckmann afirmou que a relação dos irmãos era um espelho da de Joel e Ellie. Ellie foi vista pela equipe como uma mentora para Sam. Johnson comentou que Sam estava "genuinamente assustado", admirando essa diferença significativa em relação aos outros personagens da história.[46]
David
[editar | editar código-fonte]David (Nolan North), o líder de um grupo de canibais que Ellie encontra enquanto protege Joel durante o inverno. David inicialmente se passa por um caçador e se oferece para trocar com Ellie um cervo por penicilina, que Joel precisa. Eles são forçados a enfrentar um enxame de Infectados, com David depois revelando ser o líder do grupo de caçadores que Joel e Ellie enfrentaram no Colorado. Ele permite que a menina vá embora, porém manda que seus homens a sigam e a sequestrem, levando-a de volta para seu assentamento onde revela a verdade sobre seu canibalismo. Ellie consegue escapar, porém David a prende dentro de um restaurante em chamas. Ele tenta estrangulá-la, porém ela consegue pegar uma machete e matá-lo brutalmente até Joel chegar e resgatá-la.[22]
A postura física e os gestos de David foram especificamente projetados para sugerir uma natureza calorosa e carinhosa, fazendo com que os jogadores acreditassem que ele estava disposto em aceitar Ellie dentro de sua comunidade.[56] North foi escolhido pela equipe para fazer o papel David, tendo anteriormente interpretado o protagonista Nathan Drake da série Uncharted. O ator imediatamente aceitou o trabalho ao ser abordado por Duckmann, gostando da diversidade em relação a seus papéis anteriores. North precisou alterar sua voz para se encaixar no papel. A primeira vez que ele propôs para o diretor de criação foi a que acabou escolhida como a versão final, algo que ele descreveu como "bem quieta ... e a voz pode quebrar um pouco".[14] North abordou a personalidade de David de várias perspectivas, considerando o personagem um "sobrevivente". North sentiu empatia por David, afirmando que suas ações eram compreensíveis ao se considerar a situação apocalíptica. Ele sentiu que o personagem estava tentando proteger Ellie, que era vista como um "lampejo de esperança".[57] David era chamado de "rei canibal" antes do roteiro ser escrito e sabia-se que Ellie encontraria um inimigo que a afetaria profundamente. A equipe achou interessante fazer do personagem alguém carismático e encantando pela menina quando North foi escalado.[46]
Riley
[editar | editar código-fonte]Riley Abel (Yaani King), a melhor amiga de Ellie que aparece em Left Behind. As duas meninas tornaram-se amigas no internato militar e em algum momento Riley foi embora para se juntar aos Vaga-Lumes. Tempos depois ela retorna e conversa com Ellie no quarto desta. As meninas vão até um antigo shopping,[58] onde brigam sobre a revelação de Riley que esta irá ser designada para outra cidade. Ellie eventualmente apoia a decisão e as duas dançam juntas em uma loja, porém Ellie fica chorosa e implora para a amiga não ir embora. Riley decide permanecer e arranca suas chapas de identificação, com Ellie ficando emocionada e a beijando. As duas ponderam sobre como proceder, porém são atacadas por uma horda de Infectados.[59] Elas são mordidas e decidem viver suas últimas horas juntas.[60] Riley morre algum tempo depois, porém Ellie não.[24]
King se preparou para o papel ao estudar a campanha um jogador de The Last of Us e a história em quadrinhos The Last of Us: American Dreams. Ela afirmou que Riley tinha "uma personalidade extremamente forte, muito direcionada e muito confiante para alguém de 16 anos".[61] A atriz achou que Riley e Ellie tinham uma amizade muito próxima, precisando da outra para sobreviverem. Ela percebeu que ambas se importam uma com a outra e que podem confiar nessa relação.[62] King também enxergou sua personagem como a mentora de Ellie, ajudando-a a descobrir novas perspectivas para o mundo.[61]
Sarah
[editar | editar código-fonte]Sarah (Hana Hayes), a filha de doze anos de Joel e a primeira personagem jogável de The Last of Us. Ela presenteia o pai com um relógio por seu aniversário, sendo acordada durante a madrugada por sons de tumulto e por Tommy ligando para Joel. Este entra correndo em seu escritório, pega um revólver de uma gaveta e atira contra um vizinho que transformou-se em Infectado. Sarah foge de casa junto com o pai e tio, porém tem sua perna ferida em um acidente de carro, forçando Joel a carregá-la. Os dois encontram um soldado perto da cidade, que segue ordens e dispara contra eles. Sarah é fatalmente ferida e morre nos braços de Joel.[15]
A equipe achou que a aparência física de Sarah deveria passar uma sensação autêntica, mostrando sua relação com Joel enquanto ao mesmo tempo a estabelecia como uma personagem distinta. Eles queriam estabelecer Sarah como "uma menina pé no chão que compartilha muitas qualidades com Ellie".[63] Hayes achou que a relação entre Sarah e Joel "mais parecia melhores amigos do que pai e filha", citando a jocosidade e humor entre os dois. A atriz sentiu-se intimidada durante seu teste por causa de sua falta de experiência com interpretações para jogos eletrônicos. Ela achou difícil realizar suas falas em um estúdio de áudio, preferindo fazê-las com movimentos corporais, acreditando que o segundo meio era muito mais natural.[64] Para a cena da morte de Sarah, Hayes se forçou a lembrar de experiências passadas de sua vida, como a morte de seu avô.[14]
Inspirações
[editar | editar código-fonte]Em fevereiro de 2012, a revista Game Informer, apontou várias fontes de inspiração para o primeiro jogo da franquia, após entrevista com desenvolvedores.[65]
Livros
[editar | editar código-fonte]- O Mundo Sem Nós, de Alan Weisman
- Polio: An American Story, de David Oshinsky
- A Estrada, de Cormac McCarthy
- The Last Town on Earth, de Thomas Mullen
- City of Thieves, de David Benioff
Filmes
[editar | editar código-fonte]- Onde os Fracos Não Têm Vez, de 2007
- Bravura Indômita, de 1969
- Estrada para Perdição, de 2002
História em quadrinhos
[editar | editar código-fonte]The Last of Us: American Dreams é uma série limitada de histórias em quadrinhos que serve de prequela para o primeiro jogo da série. Foi escrita por Neil Druckmann e Faith Erin Hicks, com ilustrações de Hicks e cores de Rachelle Rosenberg. Foi publicada pela Dark Horse Comics entre abril e julho de 2013, recebendo uma edição coletada em outubro de 2013. A prequela explica detalhes não-explicados no primeiro jogo, mostrando como Ellie conheceu Riley e Marlene.
The Last of Us: American Dreams recebeu críticas geralmente positivas. Elogios foram direcionados particularmente para sua história e estilo artísticos, que foram consideradas complementares uma a outra.[66] O quadrinho também foi um sucesso comercial; sua primeira edição esgotou com a grande procura, fazendo a Dark Horse reimprimir o título.[67]
Teatro musical
[editar | editar código-fonte]The Last of Us: One Night Live foi um teatro musical feito pela Naughty Dog, baseado no enredo de The Last of Us. Realizado em San Diego no final de julho de 2014.[68] Foi dirigido por Neil Druckmann, com Gustavo Santaolalla provendo a música.[69] Alice Monstrinho, do Garotas Geeks, disse: ''É fantástico ver os atores representando no mesmo tom e emoção passadas no jogo, que ressalta o brilhante trabalho da equipe.''[7]
Filme
[editar | editar código-fonte]The Last of Us foi uma cancelada adaptação live-action de ação-aventura do jogo eletrônico de mesmo nome.[70] O filme foi anunciado em março de 2014[70] e a produção nunca progrediu,[71] até ser oficialmente cancelado em 202a em favor de uma série de televisão da HBO.[72] Seria escrito por Neil Druckmann e produzido por Sam Raimi.[70]
Série de televisão
[editar | editar código-fonte]The Last of Us é uma futura série de televisão de aventura em live-action. Uma adaptação do jogo de mesmo nome, será produzido por Craig Mazin e Neil Druckmann para o canal de televisão por assinatura HBO.[73][74]
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Ellie: Como você sabia? / Joel: Sabia o quê? / Ellie: Sobre a armadilha. / Joel: Eu estive dos dois lados. / Ellie: Ah. Então, hã, você matou muita gente inocente? / Joel: Humm. / Ellie: Isso quer dizer que sim. / Joel: Pense o que quiser.
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Tommy: Pagar? / Joel: Por todos esses anos que eu cuidei de nós. / Tommy: Cuidou? Chama isso de cuidar? Eu só tenho pesadelos daqueles anos. / Joel: Você sobreviveu graças a mim. / Tommy: Não valeu a pena.
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Ellie: Promete para mim. Promete para mim que tudo que você disse sobre os Vaga-Lumes é verdade. / Joel: Eu Juro. / Ellie: Tá.
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