Toda Aznares
Toda Aznares | |
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Regente de Pamplona | |
Rainha Consorte de Pamplona | |
Reinado | 905 – 925 |
Antecessor(a) | Aurea ibn Lopo ibn Musa |
Sucessor(a) | Andregoto Galíndez |
Nascimento | 2 de janeiro de 876 |
Morte | 15 de outubro de 958 |
Sepultado em | Mosteiro de San Millán de Suso |
Cônjuge | Sancho Garcês I de Pamplona |
Descendência | Ver descendencia |
Pai | Aznar Sanches de Larraun, conde de Aragão |
Mãe | Onneca Fortunes |
Toda Aznares (2 de janeiro de 876 — 15 de outubro de 958) foi rainha de Pamplona pelo seu matrimónio com Sancho Garcês I. Era filha de conde Aznar Sanches de Larraun (c. 845 - 893) e de Onneca Fortúnez, filha do rei de Pamplona, Fortunio Garcês,[1][2][3][a] que foram primos irmãos, e por tanto Toda era neta do rei Fortunio Garcês.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Tia carnal de Abderramão III,[1] quando o mesmo monarca dirigia uma razia em 934 que se dirigia ao reino de Pamplona, invocou os seus laços de parentesco para que o califa lhe concedesse a paz e se afastasse do seu reino. Abderramão em resposta, impôs que a rainha Toda se apresentasse no acampamento muçulmano como prova de boa fé. Toda apresentou-se com o seu séquito em Calahorra, onde estava instalado o califa, que a recebeu com altas honras. Em Calahorra a rainha rendeu vassalagem a Abderramão III e assinou um tratado de não agressão e de colaboração com o califa, que investiu o filho de Toda, Garcia Sanches I de Pamplona, "o Vascão", como rei de Pamplona e dos seus distritos. Depois deste tratado entre Toda e o califa, as tropas muçulmanas atravessaram o agora aliado Reino de Pamplona e marcharam contra o Reino de Leão onde assolaram Álava e Castela.[4]
Uma breve notícia de 956 de um monge do Abadia de São Galo nos Alpes bávaros, ao escrever sobre o descalabro muçulmano em 939 da batalha de Simancas e a posterior jornada de Alhándega, atribui a vitória à rainha Toda.
“ | Um eclipse solar ocorreu ao redor da hora tércia de 19 de julho, o ano quarto do rei Otão I, sexta-feira, lua 29. No mesmo dia, na região da Galiza, um exército inumerável de sarracenos foi quase aniquilado, menos o seu rei e 49 guerreiros seus, por certa rainha chamada Toda.[5] | ” |
Seu neto Sancho I, filho da sua filha Urraca, não era do agrado dos nobres leoneses e castelhanos. Estes, encabeçados pelo conde Fernão Gonçalves, destronaram-no e nomearam rei Ordonho IV. Dona Toda ajudou Sancho a pactuar com o califa Abderramão III, o seu sobrinho -neto da sua mãe Oneca- para recuperar o trono.
Matrimónio e descendência
[editar | editar código-fonte]A rede de alianças matrimoniais promovida pela rainha Toda aumentou a influência do reino pamplonês que posteriormente exerceu uma forte influência no reino de Leão.[6] Os sete filhos deste casamento foram:
- Garcia Sanches I, rei de Pamplona.
- Onneca Sanches de Pamplona, casada com Afonso IV de Leão o Monge. Foi rainha de Leão entre 926 e 931. Morreu em 931.
- Velasquita ou Belasquita Sanches de Pamplona, casada em primeiras núpcias com o conde de Álava Munio Velaz, em segundas com Galindo de Ribagorza e em terceiras com Fortunio Galindes.
- Urraca Sanches de Pamplona, que casaria com Ramiro II de Leão.[3]
- Sancha Sanches de Pamplona, casada em primeiras núpcias com Ordonho II de Leão,[7] em segundas com o conde alavês Álvaro Herrameliz[8] e em terceiras, com Fernão Gonçalves, conde de Castela.[9]
- Munia (Muña) de Pamplona.[10]
- Orbita de Pamplona, provavelmente casada com al-Tawil, governador de Huesca. Pôde ser filha póstuma, como faz supor o significado do seu nome, "a órfã".[10]
O sepulcro da rainha Toda, sarcófago de compostura simples, encontra-se no adro do Mosteiro de San Millán de Suso, mosteiro que na época pertencia ao Reino de Pamplona.
Notas
[editar | editar código-fonte]- Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em castelhano cujo título é «Toda de Pamplona», especificamente desta versão.
- [a] ^ De acordo como o Codex de Roda "Santio Asnari et domna Tota regina et domna Sanzia" foram os filhos de "Asnari Sanziones qui et Larron".
- ↑ a b Martinez Diez 2005, p. 314, Vol. I.
- ↑ Martinez Diez 2007, p. 25.
- ↑ a b Salazar y Acha 2006, p. 34.
- ↑ Martinez Diez 2005, p. 314-317 Vol. I.
- ↑ Martinez Diez 2005, p. 356.
- ↑ Martinez Diez 2005, p. 310, Vol. I.
- ↑ Martinez Diez 2005, p. 258, Vol. I.
- ↑ Martinez Diez 2005, p. 309, Vol. I.
- ↑ Martinez Diez 2005, p. 329, Vol. I.
- ↑ a b Martinez Diez 2007, p. 28.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Ibne Haiane (1981). Crónica del Califa Abderrahmân III an-Nâsir entre los años 912 y 942 : (Al Muqtabis V), trad. de Jesús Viguera e Federico Corriente. (em espanhol). Zaragoza: Anubar. ISBN 84-7013-185-0
- Martínez Díez, Gonzalo (2007). Sancho III el Mayor Rey de Pamplona, Rex Ibericus (em espanhol). Madrid: Marcial Pons Historia. ISBN 978-84-96467-47-7
- Martínez Díez, Gonzalo (2005). El Condado de Castilla (711-1038): la historia frente a la leyenda (em espanhol). I. Valladolid: [s.n.] ISBN 84-9718-276-6
- Salazar y Acha, Jaime de (2006). «Urraca. Un nombre egregio en la onomástica altomedieval». En la España medieval (em espanhol) (1): 29-48. ISSN 0214-3038