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Pé de atleta

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Pé de atleta
Pé de atleta
Caso grave de pé de atleta, com contaminação de toda a planta do pé
Sinónimos Tinha dos pés[1], tinea pedis
Especialidade Infectologia
Sintomas Prurido, escamação e vermelhidão da pele dos pés[2]
Causas Fungos (Trichophyton, Epidermophyton, Microsporum)[3]
Método de diagnóstico Baseado nos sintomas, confirmado por cultura microbiológica ou microscopia[3]
Prevenção Evitar caminhar descalço em balneários públicos, manter as unhas rentes, não usar calçado apertado, mudar de meias diariamente[3][4]
Tratamento Antimicóticos de aplicação tópica ou oral[5][3]
Frequência 15% da população[5]
Classificação e recursos externos
CID-10 B35.3
CID-9 110.4
CID-11 1993674550
DiseasesDB 13122
MedlinePlus 000875
eMedicine derm/470
MeSH D014008
A Wikipédia não é um consultório médico. Leia o aviso médico 

Pé de atleta, denominado em termos clínicos por tinea pedis (do latim, tinha dos pés), é uma infeção da pele dos pés causada por fungos.[5] Os sinais e sintomas mais comuns são comichão, pele escamada e vermelhidão do local infetado.[2] Em casos graves podem aparecer bolhas na pele.[6] Embora o fungo do pé de atleta possa infetar qualquer área do pé, geralmente cresce entre os dedos.[2] A segunda área mais comum é a planta do pé.[6] O mesmo fungo pode também infetar as unhas ou as mãos.[3] O pé de atleta faz parte de um grupo de doenças denominado tinha.[7]

O pé de atleta é causado por uma série de fungos.[2] Os mais comuns são as espécies de Trichophyton, Epidermophyton e Microsporum.[3] A doença é geralmente adquirida por contacto com pele infetada ou por contacto com o fungo no meio ambiente.[2] Entre os locais mais comuns onde o fungo é capaz de sobreviver estão as piscinas e balneários.[8] O contágio pode também dar-se a partir de outros animais.[4] O diagnóstico tem por base os sinais e sintomas, podendo ser confirmado com uma cultura microbiológicaou pela observação da hifa ao microscópio.[3]

As formas mais comuns de prevenção incluem evitar caminhar descalço em chuveiros públicos, manter as unhas dos pés rentes, calçar chinelos e mudar de meias todos os dias.[3][4] Quando o pé é infetado deve ser mantido seco e limpo, calçando também uma sandália.[2] O tratamento consiste geralmente na aplicação na pele de antifúngicos como o clotrimazol. Em infeções persistentes podem ser administrados antifúngicos por via oral como a terbinafina.[5][3] A aplicação de pomada é geralmente recomendada pelo período de quatro semanas.[3]

A pé de atleta é uma doença comum que afeta cerca de 15% da população mundial.[5] É mais comum entre homens do que entre mulheres,[3] e mais comum entre crianças mais velhas ou jovens adultos.[3] O pé de atleta foi pela primeira vez descrito em termos médicos em 1908.[9] Acredita-se que ao longo da História tenha sido uma doença relativamente rara, e que só se tornou comum no início do século XX com o aumento da utilização de sapatos, ginásios, guerra e viagens.[10]

Referências
  1. Rapini, Ronald P.; Bolognia, Jean L.; Jorizzo, Joseph L. (2007). Dermatology: 2-Volume Set. St. Louis: Mosby. 1135 páginas. ISBN 1-4160-2999-0 
  2. a b c d e f «Hygiene-related Diseases». CDC. 24 de dezembro de 2009. Consultado em 24 de janeiro de 2016. Cópia arquivada em 30 de janeiro de 2016 
  3. a b c d e f g h i j k l Kaushik, N; Pujalte, GG; Reese, ST (Dezembro de 2015). «Superficial Fungal Infections.». Primary care. 42 (4): 501–16. PMID 26612371. doi:10.1016/j.pop.2015.08.004 
  4. a b c «People at Risk for Ringworm». CDC. 6 de dezembro de 2015. Cópia arquivada em 7 de setembro de 2016 
  5. a b c d e Bell-Syer, SE; Khan, SM; Torgerson, DJ (17 de outubro de 2012). Bell-Syer, Sally EM, ed. «Oral treatments for fungal infections of the skin of the foot». The Cochrane database of systematic reviews. 10: CD003584. PMID 23076898. doi:10.1002/14651858.CD003584.pub2 
  6. a b «Symptoms of Ringworm». CDC. 6 de dezembro de 2015. Consultado em 24 de janeiro de 2016. Cópia arquivada em 20 de janeiro de 2016 
  7. Moriarty, B; Hay, R; Morris-Jones, R (Julho de 2012). «The diagnosis and management of tinea». BMJ. 345 (7): e4380. PMID 22782730. doi:10.1136/bmj.e4380 
  8. Hawkins, DM; Smidt, AC (Abril de 2014). «Superficial fungal infections in children». Pediatric clinics of North America. 61 (2): 443–55. PMID 24636655. doi:10.1016/j.pcl.2013.12.003 
  9. Homei, Aya; Worboys, Michael (2013). Fungal disease in Britain and the United States 1850-2000 : mycoses and modernity. [S.l.: s.n.] p. 44. ISBN 9781137377036. Cópia arquivada em 30 de janeiro de 2016 
  10. Perfect, edited by Mahmoud A. Ghannoum, John R. (2009). Antifungal Therapy. New York: Informa Healthcare. p. 258. ISBN 9780849387869. Cópia arquivada em 30 de janeiro de 2016