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Museu da Educação e do Brinquedo

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Museu da Educação e do Brinquedo
Museu da Educação e do Brinquedo
Logotipo do museu
Informações gerais
Tipo Educativo
Inauguração 20 de agosto de 1999 (25 anos)
Website www.meb.fe.usp.br
Área 56 m²
Geografia
País  Brasil
Cidade São Paulo
Localidade Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (FEUSP)
Coordenadas 23° 33′ 49″ S, 46° 42′ 55″ O
Mapa
Localização em mapa dinâmico

Museu da Educação e do Brinquedo (MEB), localizado na Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (FEUSP) na zona oeste da capital, foi criado em 1999. O acervo do museu reúne itens que são datados do início do século XX. Surge a partir de doações feitas para o Laboratório de Brinquedos e Materiais Pedagógicos (Labrimp) da FEUSP de brinquedos, jogos, materiais pedagógicos e um acervo fotográfico, que possui valor histórico, das primeiras instituições de educação infantil na cidade de São Paulo. Instalou-se na Faculdade de Educação através do financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).[1]

O MEB está localizado em uma sala de 56 m² dentro do prédio da Faculdade de Educação. Foi fundado em 1999 e é fruto de doações de artefatos lúdicos, como brinquedos, jogos e materiais pedagógicos. Não existe um registro sistematizado de sua história, devido ao modo como foi constituído. Logo, a tradição oral narra os acontecimentos do museu. As principais protagonistas desse processo foram Ruth Elisabeth de Martin, educadora do Labrimp, e Tizuko Morchida Kishimoto, ex-coordenadora do museu e professora da FEUSP.[1]

O museu surgiu a partir do Laboratório de Brinquedos e Materiais Pedagógicos (Labrimp), que se comprometeu a criar o "Museu da Criança", como foi inicialmente denominado, em uma congregação da FEUSP em 28 de fevereiro de 1985. Começou a se organizar a partir de doações de brinquedos artesanais e antigos, materiais pedagógicos provenientes do acervo de jogos educativos existentes na Faculdade de Educação e fotografias das primeiras instituições de educação infantil na cidade de São Paulo.[1]

Alice Meirelles Reis, ex-professora do Colégio Caetano de Campos, também fez uma doação importante para a formação do museu. Doou um acervo que continha fotos das décadas de 20 e 40 do primeiro jardim de infância público, criado em 1896 e instalado em 1897 na Escola Normal de São Paulo.[1] [2] Para confirmar a doação, Alice Meirelles Reis fez um acordo com Tizuko Morchida Kishimoto visando a criação de um museu para abrigar as fotos.[1]

Entrada do Museu da Educação e do Brinquedo na Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (FEUSP).

Em 10 de abril de 1988, foi aberto ao público o Museu do Brinquedo e do Material Pedagógico também chamado de Museu do Labrimp. Apenas em 20 de agosto de 1999 o museu passou a se chamar Museu da Educação e do Brinquedo. Teve sua inauguração oficial e passou a fazer parte da FEUSP, usufruindo de uma estrutura mais adequada, pois dispunha de uma sala própria com vitrines. Essa nova organização tornou-se possível a partir do financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). O museu está localizado nesse mesmo lugar até os dias atuais. Mesmo tendo um espaço próprio para o seu funcionamento, o MEB continuou dependendo do Labrimp para o armazenamento de documentos, pois não existia espaço suficiente dentro do recinto.[1]

Logo após a inauguração, o museu não tinha um grande número de visitantes. As visitas deveriam ser agendadas e eram guiadas e restrita a certos horários. Por esse motivo, o papel do Labrimp foi fundamental para a consolidação do MEB. Educadores, alunos de magistério, graduação e pós-graduação que visitavam, pesquisavam e consultavam o Laboratório de Brinquedos e Materiais Pedagógicos, também eram incentivados a visitar o Museu da Educação e do Brinquedo. Os estudantes que cursavam a disciplina Brinquedos e Brincadeiras na Educação Pré-Escolar com a Professora Doutora Tizuko Morchida Kishimoto na FEUSP também recebiam o incentivo à visitação. O museu também ficou conhecido através do estímulo dos professores aos alunos da Faculdade de Educação, para que eles estudassem temáticas ligadas ao MEB.[1]

A partir dos anos 2000, o Museu da Educação e do Brinquedo contou com o auxílio de um programa de bolsas do Programa Bolsa de Trabalho[3], que contava com dois alunos responsáveis pelo museu, flexibilizando o horário de funcionamento e dispensando o agendamento prévio. O que o tornava mais atrativo ao público. Entretanto, esses mesmos alunos deveriam se responsabilizar pela brinquedoteca do Labrimp. Por isso, o crescimento e o desenvolvimento do Laboratório de Brinquedos e Materiais Pedagógicos está intimamente ligado ao do MEB.[1]

O museu encontrou algumas dificuldades. Por depender do Laboratório de Brinquedos e Materiais Pedagógicos, o Museu da educação e do Brinquedo não pôde consolidar uma imagem institucional própria. Além disso, o acervo era mal articulado, fazendo com que os itens parecessem ser colocados de forma aleatória .[1]

Prédio da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (FEUSP).

Jany Elizabeth Pereira é mestre em Educação e professora da FEUSP e assumiu como educadora responsável pelo MEB em 2003. Ela levou o museu para participar da "Semana da Educação de 2003" e contou com uma equipe de estagiários da Pedagogia da Faculdade de Educação. Esse fato contribuiu para a construção da identidade do museu. Jany Elizabeth Pereira articulou o acervo do MEB de modo que ele contasse uma história e fosse lúdico. Cada vitrine possuía uma temática própria. Além disso, resgatou as visitas monitoradas, por elas ajudarem a transmitir informações e curiosidades sobre o acervo aos visitantes.[1]

A professora teve um papel importante para o museu, pois foi a primeira a sistematizar o acervo, o modo de receber os visitantes e as visitas monitoradas, tornando-o mais acessível ao público, e, principalmente, às crianças.[1]

Exposição "Cenas Infantis" da artista Sandra Guinle na biblioteca da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo.

Mesmo após a divulgação da inauguração em jornais, revistas e na televisão em 1999, o museu ainda não estava disponível para visitações. Sua sala de exposições continuava fechada e só era possível visitá-lo somente com um agendamento.[1]

A exibição do acervo de brinquedos é a base das atividades realizadas no MEB. De 2003 a 2005, o Museu da educação e do Brinquedo apresentou a exposição "O brinquedo e o brincar: possibilidades na conscientização de crianças e de educadores sobre seu papel no desenvolvimento humano e social". Tinha como objetivo principal levar os visitantes a um pensamento crítico-social e pedagógico sobre conceitos de raça, gênero e condição social através de brinquedos. As exposições são abertas a todos os públicos, mas essa estava, principalmente, direcionada a professores de crianças e adolescentes e as próprias crianças e adolescentes.[1]Nessa mesma época, em 2003, foi planejada uma monitoria para aprofundar os conteúdos oferecidos na exposição. A equipe focou numa forma de visitação que conseguisse dialogar com as crianças. O método utilizado foi o de conversar com elas antes de entrar no museu, para um melhor aproveitamento do diálogo, sobre o conceito abordado. Depois, discutir sobre o acervo com o propósito de saber o que elas entendem por brinquedo antigo, velho e moderno e, após essas conversas, entrar no espaço para conhecer a exposição. Finalizada a visita, as monitoras do MEB contavam um pouco de curiosidades sobre o patrimônio do museu e ensinavam as crianças a brincar com os brinquedos expostos.[1]

Biblioteca da Faculdade de Educação da USP onde está a exposição "Cenas Infantis" de Sandra Guinle.

Existiu um outro projeto em 2004 chamado "Brinquedos e brincadeiras de povos indígenas: alguns aspectos culturais" desenvolvido pelo Museu da Educação e do Brinquedo, que tinha como público alvo crianças de 1ª e 2ª série do Centro de Convivência Infantil. Ele visava proporcionar um maior contato com a cultura indígena através de brinquedos e brincadeiras.[1]

Uma das recentes exposições do museu, 2012, foi intitulada "Cenas Infantis e Brinquedos da Infância", abrangendo as esculturas lúdicas de brincadeiras infantis feitas em bronze, da artista plástica Sandra Guinle. Além dela, houve a exposição "Brinquedos da Infância", trazendo itens de meninos e meninas que hoje fazem parte da comunidade FEUSP.[4]

Atualmente o museu ainda conta com a exposição "Cenas Infantis e Brinquedos da Infância" e "Brincar ou Ensinar" feita por estagiários do curso de Pedagogia da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo.[1] Ambas estão na biblioteca da FEUSP e são abertas ao público.

Resultado de inúmeras doações, o acervo é formado por brinquedos industriais e artesanais, de diferentes matérias e épocas. Ao todo a coleção conta com 555 peças (bonecas, carrinhos, acessórios para cozinha, jogos, casinhas de bonecas, brinquedos musicais e eletrônicos), 128 brinquedos artesanais, 98 livros infantis e didáticos, 200 registros fotográficos das primeiras pré-escolas paulistas e três mil jogos do Brasil e de outros países.[5]

Projetos do MEB

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A missão do museu é, por meio de ações de formação para educadores, ressaltar a memória do ato de brincar e das brincadeiras tradicionais através do acervo existente.[5]

Alguns projetos foram se desenvolvendo no MEB, entre eles, oportunidades para alunos participarem de estágios semestrais sobre o plano de composição do museu, formação inicial e contínua de educadores, atividades proporcionadas pelas visitas monitoradas e oferecimento de Oficinas Lúdicas.[5]

Devido a esses projetos, o MEB e o Labrimp passaram a ter necessidades como: análise, testagem, confecção de brinquedos e brincadeiras; atendimento especializado à comunidade e a realização de várias atividades lúdicas, pedagógicas e terapêuticas; catalogação, demonstração, arquivamento e divulgação de fundamentações teóricas; estágios para alunos de pedagogia e oficinas para professores de escolas públicas.[5]

Referências

Ligações externas

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