Jaudas
Jaudas | |
---|---|
Líder tribal mouro | |
Reinado | fl. 535 - 548 |
Nascimento | século VI |
Morte | século VI |
Religião | paganismo berbere |
Jaudas foi um líder tribal berbere do monte Aurásio que desempenhou importante papel nas guerras do Império Bizantino do contra as tribos berberes na África.
Vida
[editar | editar código-fonte]As origens de Jaudas são incertas. Era genro de Mefânias, a quem assassinou, e cunhado de Massonas. No início de 535, enquanto o general Salomão lidava com a revolta dos mouros de Bizacena, invadiu a Numídia, saqueando e levando cativos. Pouco depois, o oficial Altias e seu pequeno exército federado de 70 hunos confrontou-o perto da fonte d'água em Tigisis; Jaudas queria ter acesso a água da fonte para seus homens, enquanto Altias queria recuperar o butim e cativos da Numídia. Lutaram em combate solo, quando foi aterrorizado pela destreza de Altias, que matou seu cavalo quando fugia com seu exército. Todo o butim foi recuperado.[1] Após a Batalha de Burgaão, na qual Salomão saiu vitorioso diante dos mouros, os berberes de Bizacena partiram para junto dele.[2][3]
Salomão, Massonas, que pretendia vingar seu pai, e Órteas, que foi vítima duma conspiração de Jaudas e Mastigas, avançou contra o monte Aurásio.[4] Salomão desafiou Jaudas à batalha, mas após três dias, desconfiado da lealdade de seus aliados mouros, partiu e não meteu-se em novos conflitos com os mouros até 537, devido à revolta do exército na primavera de 536.[2][3] Jaudas ressurgiu em 537 quando juntou-se ao rebelde Estútias. Na Batalha das Escadas Ancestrais, desertou com os demais berberes e Estútias foi derrotado.[5][6] No rescaldo, juntou-se a Germano para perseguir os rebeldes. Em 540, foi atacado e derrotado por Salomão em sua fortaleza no monte Aurásio e fugiu ferido à Mauritânia; suas esposas e tesouros foram capturados. No final de 545, em coalizão com Guntárico, marchou com Cusina para Cartago, enquanto Antalas atacou Bizacena. Depois, submeteu-se a João Troglita. Ainda eram aliados em 547/8 e 548.[4]
- ↑ Martindale 1992, p. 50.
- ↑ a b Martindale 1992, p. 1172.
- ↑ a b Bury 1958, p. 143.
- ↑ a b Martindale 1992, p. 610-611.
- ↑ Martindale 1992, p. 1199–1200.
- ↑ Martindale 1980, p. 506.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Bury, John Bagnell (1958). History of the Later Roman Empire: From the Death of Theodosius I to the Death of Justinian, Volume 2. Mineola, Nova Iorque: Dover Publicações, Incorporated. ISBN 0-486-20399-9
- Martindale, John Robert; Arnold Hugh Martin Jones; J. Morris (1980). The Prosopography of the Later Roman Empire. II: A.D. 395–527. Cambrígia e Nova Iorque: Imprensa da Universidade de Cambrígia. ISBN 978-0-521-20159-9
- Martindale, John R.; Jones, Arnold Hugh Martin; Morris, John (1992). The Prosopography of the Later Roman Empire - Volume III, AD 527–641. Cambrígia e Nova Iorque: Imprensa da Universidade de Cambrígia. ISBN 0-521-20160-8