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Giovanni Battista Orsini

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Giovanni Battista Orsini
Cardeal da Santa Igreja Romana
Arcipreste da Basílica de Santa Maria Maior
Atividade eclesiástica
Diocese Diocese de Roma
Serviço pastoral Arcipreste da Basílica de Santa Maria Maior
Nomeação 31 de agosto de 1492
Predecessor Giovanni Battista Savelli
Sucessor Giuliano Cesarini
Mandato 1492-1493
Ordenação e nomeação
Ordenação presbiteral 12 de março de 1493
Nomeação episcopal 31 de agosto de 1492
Cardinalato
Criação 15 de novembro de 1483
por Papa Sisto IV
Ordem Cardeal-diácono (1483-1493)
Cardeal-presbítero (1493-1503)
Título Santa Maria em Domnica (1483-1489)
Santa Maria Nova(1489-1493)
São João e São Paulo (1493-1503)
Brasão
Dados pessoais
Nascimento Roma
ca. 1450
Morte Roma
22 de fevereiro de 1503 (53 anos)
Nacionalidade italiano
Progenitores Mãe: Lorenzo Orsini
Pai: Clarice Orsini
Funções exercidas -Bispo de Cartagena (1492-1493)
dados em catholic-hierarchy.org
Cardeais
Categoria:Hierarquia católica
Projeto Catolicismo

Giovanni Battista Orsini (Roma, cerca de 1450 – 22 de fevereiro de 1503) foi um cardeal italiano da Igreja Católica, que foi arcipreste da Basílica de Santa Maria Maior.

Terceiro dos oito filhos de Lorenzo Orsini, senhor de Monte Rotondo, e Clarice Orsini, irmã do cardeal Latino Orsini (1448), era primo do cardeal Cosma Orsini, O.S.B. (1480). Ele também é listado como Jean-Baptiste des Ursins. A família Orsini deu à Igreja vários papas, como Celestino III (1191-1198); Nicolau III (1277-1280); Bento XIII (1724-1730). Também foram cardeais da família Matteo Rosso Orsini (1262), Latino Malabranca Orsini, O.P. (1278), Giordano Orsini (1278), Napoleone Orsini (1288), Giovanni Gaetano Orsini (1316), Matteo Orsini, O.P. (1327), Rinaldo Orsini (1350), Giacomo Orsini (1371), Poncello Orsini (1378), Tommaso Orsini (1383?), Giordano Orsini, iuniore (1405), Latino Orsini (1448), Franciotto Orsini (1517), Flavio Fulvio Orsini (1565), Alessandro Orsini (1615), Virginio Orsini, O.S.Io.Hieros. (1641) e Domenico Orsini d'Aragona (1743).[1]

Pouco se sabe sobre sua educação e juventude; os primeiros atestados são do período de Sisto IV (1471-1484), papa a quem devia sua carreira, como clérigo da Câmara Apostólica, depois auditor da Sagrada Rota Romana e cônego da Basílica de São Pedro.[2]

Foi criado cardeal pelo Papa Sisto IV no Consistório em 15 de novembro de 1483, recebendo o título de cardeal-diácono de Santa Maria em Domnica e o chapéu vermelho em 19 de novembro do mesmo ano.[1]

Nomeado legado papal na Marche Anconitana em 22 de setembro de 1484, deixou Roma em 22 de dezembro daquele ano; recebeu uma carta do papa de 22 de janeiro de 1485 pedindo-lhe para ativar aquele território contra os turcos. Em 1486, por causa do conflito entre os Orsinis e o Papa Inocêncio VIII, dada a guerra entre o papa e Fernando I de Nápoles, que eclodiu em 1485, ele foi para Monte Rotondo para negociar sua reconciliação.[1][2]

Foi nomeado administrador da Arquidiocese de Tarento, entre 5 de novembro de 1490 até 24 de setembro de 1498. Nomeado pelo Papa Alexandre VI como legado em Marche Anconitana, Massa Trebaria e Ascoli em 31 de agosto de 1492. Obteve in commendam a Diocese de Cartagena em 31 de agosto de 1492 e renunciou a este encargo em 27 de março de 1493. Optou pela ordem dos cardeais-presbíteros e pelo título de São João e São Paulo em 27 de fevereiro de 1493.[1]

Durante a ida de Carlos VIII de França para a Itália, Orsini seguiu a linha de Alexandre VI de não se opor aos franceses, mas não reconhecer seus direitos sobre o Reino da Sicília; acompanhou o papa, que não pretendia encontrar-se com Carlos, a Castel Sant'Angelo (janeiro de 1495) e depois a Orvieto (maio de 1495).[1][2]

Apesar de estar no auge de sua carreira, Orsini não pode evitar sucumbir à influência nefasta de César Bórgia na Cúria papal e ao clima de intriga e violência que já havia causado sérios danos às famílias patrícias romanas, como os Colonna e Savelli. A história que causou sua queda não está completamente clara. Em 12 de julho de 1502, ele foi a uma audiência com Alexandre VI e pediu-lhe permissão para um encontro com Luís XII em Milão, que ele não obteve. No entanto, ele deixou Roma no dia seguinte para o castelo de Magione, perto do Lago Trasimeno. Lá ele participou do encontro dos opositores de César Bórgia conhecido como a "Conspiração Magione", com Paolo e Francesco Orsini, os condottieri Vitellozzo Vitelli, Oliverotto de Fermo, Giampaolo Baglioni e outras figuras de guerra e políticas, muitas vezes ex-aliados de César Bórgia, mas agora com a intenção de conter suas ambições e, acima de tudo, neutralizar seu plano visando a posse de Bolonha. A reunião terminou com a decisão de apoiar Giovanni II Bentivoglio em Bolonha e de se aliar a Florença, Veneza e Urbino, mas os conspiradores foram derrotados devido ao apoio dos florentinos a Borgia, suas divisões internas e a diplomacia habilidosa e traiçoeira dos Bórgias. Não se sabe qual foi o papel de Orsini na conspiração: pode-se supor que ele foi simplesmente vítima do fim da aliança entre os Bórgias e os Orsinis, que levou o papa a erradicá-los de Roma.[1][2]

Foi chamado ao Vaticano pelo Papa Alexandre VI em 3 de janeiro de 1503 e foi preso por ordens do papa, que até então o favorecia em tudo. O cardeal foi levado para Tor di Nona, e mais tarde para Castel Sant'Angelo; seu palácio e todos os seus bens foram confiscados e todos as propriedades dos Orsinis foram entregues a César Bórgia.[1][2]

Ficou doente na prisão e após 12 dias, morreu em 22 de fevereiro de 1503, em Roma, provavelmente envenenado.[1][2]

Referências
  1. a b c d e f g h The Cardinals of the Holy Roman Church
  2. a b c d e f Dizionario biografico degli italiani

Ligações externas

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Precedido por
Ferry de Clugny
Cardeal
Cardeal-diácono de
Santa Maria em Domnica

14831489
Sucedido por
Giovanni di Lorenzo de Medici
Precedido por
Giovanni Arcimboldi
Cardeal
Cardeal-diácono de
Santa Maria Nova

14891493
Sucedido por
César Bórgia
Precedido por
Rodrigo Borja
Brasão arquiepiscopal
Bispo de Cartagena

14921493
Sucedido por
Bernardino López de Carvajal
Precedido por
Ardicino della Porta
Cardeal
Cardeal-presbítero de
São João e São Paulo

14931503
Sucedido por
Francisco de Remolins
Precedido por
Giovanni Battista Savelli
Brasão arquiepiscopal
Arcipreste da
Basílica de Santa Maria Maior

14981503
Sucedido por
Giuliano Cesarini