Bianco (automóveis)
Bianco | |
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Bianco Tarpan (Furia), um dos modelos da marca. | |
Atividade | Automotiva |
Fundação | 1976 |
Fundador(es) | Toni Bianco |
Encerramento | 1979 |
Sede | Diadema, São Paulo |
Produtos | Automóveis |
A Bianco foi uma empresa brasileira de automóveis, sediada em Diadema (SP)[1].
História
[editar | editar código-fonte]Lançada no Salão do Automóvel de São Paulo de 1976, a empresa foi fundada por Toni Bianco (projetista de carros de competição, sendo dele o projeto do primeiro Fórmula 3 brasileiro) para produzir carroceria em plástico reforçado e fibra de vidro e utilizando mecânica e motores da Volkswagen. Seus principais modelos foram o Bianco Furia (também chamado de Bianco S) e o Bianco Tarpan[1][2][3][3].
Com linhas arrojadas e europeias para a época, a Bianco foi um sucesso de vendas no salão de 1976, com mais de 180 unidades sendo negociadas neste evento e sua produção mensal girou em torno de 20 unidades[3].
Em 1978, a empresa utilizou o Salão Internacional do Automóvel de Nova York para lançar o seu novo modelo, o Bianco Série 2. Além de Nova York, a Bianco também fez exibição no Salão da Argentina, onde ganhou prêmios [2].
Com um sucesso razoável para uma empresa brasileira na década de 1970, a Bianco fechou as portas em 1979 por uma divergências entre seus sócios[1].
Modelos
[editar | editar código-fonte]Bianco S
[editar | editar código-fonte]Bianco S ou Bianco Furia, pois suas linhas são semelhantes ao GT Furia da Fúria Auto Esporte (também projetado por Toni Bianco e montado por Toni e Vittorio Massari, com mecânica da Alfa Romeo), foi o "carro chefe" da empresa. Com design esportivo e arrojado para a época, sendo este o principal atrativo de vendas em seu lançamento, em 1976, sua carroceria é constituída de plástico reforçado e fibra de vidro, possui grande pára-brisa e pára-lamas sinuosos (marca e estilo registrada da empresa), porta-malas dianteiro, além das duas amplas portas laterais e as lanternas traseiras usadas do Opala, somados aos quatro faróis redondos na dianteira; o modelo já possuía itens de segurança, como barras anticapotagem e reforço de chapa nas laterais para o caso de colisão. Produzido artesanalmente, seus itens originais, como volante, eram fornecidos em aro de madeira envernizada, além de painel, console e estofamento revestido de couro[4].
Utiliza motor boxer 1600 cc., refrigerado a ar de 65 cavalos e dois carburadores 32 de corpo simples, ou seja, plataforma de um Fusca ou Brasília, da Volkswagen, com a marca de 0 a 100 km/h em 17,7 segundos e velocidade máxima de 146 km/h[4].
Bianco Série 2
[editar | editar código-fonte]Bianco Série 2 ou Bianco SS, foi lançado em 1978 no Salão Internacional do Automóvel de Nova York. Originalmente, o modelo manteve as linhas do Bianco S, porém, pequenas alterações externas e internas foram efetuadas, como aberturas para ventilação do motor nas laterais e na saia traseira e eliminação das ranhuras no capô, além de melhor vedação contra água e poeira, novos bancos e cintos de segurança de três pontos, entre outros pequenos detalhes[5][4][6].
Bianco Tarpan
[editar | editar código-fonte]O Tarpan, foi lançado no Salão do Automóvel de São Paulo de 1978 visando o mercado externo (exportação) e para tanto, foi necessário adaptar a carroceria com para-choques retráteis, modificando, em muito, o desenho da dianteira e utilizando apenas dois faróis, em vez dos quatro anteriores. Apesar das linhas frontais terem se tornado mais atualizadas, seu estilo ficou em desacordo com o restante do carro, que sofreu menores alterações[5].
Na ocasião do seu lançamento, foram utilizados motores VW de 1600 cc refrigerados a água. Porém, somente com o ''Tarpan TS'' é que foi adotada essa mudança, com a utilização do motor de 96 cv SAE brutos (80 cv DIN líquidos) do Passat TS e freios a disco nas quatro rodas[5].
O modelo Tarpan não foi produzido pela Bianco, pois a empresa não possuía estrutura para atender a demanda e assim, revendeu o modelo, sendo este, fabricado pela Tarpan Indústria e Comércio de Fiberglass, que o produziu até 1981 e o "TS", até 1983, mas com poucas unidades fabricadas[4][5].
Ver também
[editar | editar código-fonte]- Adamo
- Brasinca
- Corona
- Farus
- Hofstetter
- Miura
- Puma
- Santa Matilde
- Sociedade Técnica de Veículos (STV)
- Wladimir Martins Veículos (WMV)
- Aurora
- ↑ a b c Conheça Toni Bianco, o criador de carros brasileiros, Site Automobilístico WEB Motors, consultado em 2 de dezembro de 2014
- ↑ a b Em 1976, no Salão do Automóvel em São Paulo, iniciava a história da Bianco, Site Retro Auto, consultado em 2 de dezembro de 2014
- ↑ a b c Beleza é fundamental - Clássicos, Best cars Web Site, consultado em 2 de dezembro de 2014
- ↑ a b c d Bianco, Revista 4 Rodas, consultado em 3 de dezembro de 2014
- ↑ a b c d Réplicas - Bianco, Lexicar Brasil, consultado em 3 de dezembro de 2014
- ↑ Revista Auto Esporte, Ano 1978, Nº 163.
- Revista Quatro Rodas - Janeiro de 1977 - Edição 198