Ária (satrapia)
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Ária (em grego: Ἀρ(ε)ὶα, transl. Ar(e)ia; em latim: Aria, do persa antigo: Haraiva e avéstico Haraeuua)[1] é uma antiga região da parte oriental do Império Aquemênida, confundida por muitas vezes com Ariana (Arianē) nas fontes clássicas.
Geografia
[editar | editar código-fonte]A região de Ária foi uma antiga satrapia persa, que abrangia principalmente o vale do rio Hari (em grego: Ἄρ(ε)ιος - um epônimo de toda a área, de acordo com Arriano[2]) e que, na Antiguidade, era considerada especialmente fértil e, acma de tudo, rica em vinho. Algumas cadeias de montanhas a separavam das regiões vizinhas: as Paropamíssadas, a leste, a Pártia a oeste e a Margiana e Hircânia a norte, enquanto um deserto a separava da Carmânia e Drangiana ao sul. Foi descrita muito detalhadamente por Ptolomeu e Estrabão,[3] e corresponderia, de acordo com estes relatos, aproximadamente à atual província de Herate, no Afeganistão. Neste sentido o termo foi usado corretamente por alguns escritores do período, como Heródoto (3.93.3, onde os ários são mencionados em conjunto com os pártios, corásmios e soguedianos); Diodoro (17.105.7; 18.39.6); Estrabão (2.1.14; 11.10.1, cf. também 11.8.1 e 8; 15.2.8 e 9); Arriano (Anábase 3.25.1); Pompônio Mela (1.12, onde se pode ler que "mais próxima da Índia está Ariane, e então Ária").
Sua capital era originalmente Artacoana (Ἀρτακόανα)[4] ou Articaudna (Ἀρτικαύδνα), de acordo com Ptolomeu. Em seus arredores uma nova capital, Alexandria Ariana (Ἀλεξάνδρεια ἡ ἐν Ἀρίοις, a atual Herate), foi construída por Alexandre, o Grande ou um de seus sucessores. Ptolomeu lista diversas outras cidades como uma amostra da riqueza e prosperidade da província. As mais importantes, de acordo com Ptolomeu e Arriano eram:[5][6]
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- ↑ Seu habitantes eram chamados de arianos (em latim: Arii, em grego: Αρ(ε)ιοί, transl. Ar(e)ioi).
- ↑ Arriano, Anábase 4.6.6
- ↑ Ptolomeu, 6.17; Estrabão, 11.10.1
- ↑ Arriano, Anábase 3.25
- ↑ European Cultural Heritage Online (ECHO), Ptolemaeus, Claudius, Geografia: cioè descrittione vniversale (universale) della terra; 2 vol., 1621, p. 114 & 115
- ↑ Encyclopédie méthodique ou par ordre de matières par une société de gens de lettres, de savants et d'artistes (1871), p. 206