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Budismo/Seitas budistas

Origem: Wikilivros, livros abertos por um mundo aberto.
Almofadas para meditação em centro zen de Salt Lake City, em Utah, nos Estados Unidos
Mandala do budismo xingon

Na sua difusão pelo continente asiático, a doutrina de Buda foi sendo adaptada às diferentes culturas locais. Neste processo, surgiram diferentes escolas ou seitas, como:

  • o Zen

Chamado de chan na China e son na Coreia. Deriva do termo indiano dhyana, que significa a concentração mental necessária à meditação. Foi trazido da Índia para a China em 520 pelo patriarca budista Bodidarma. De lá, difundiu-se para a Coreia e o Japão. Baseia-se na meditação (em japonês, zazen) e no estudo de enigmas conhecidos como "coans". Ambos têm, por finalidade, interromper o pensamento e alcançar a pureza mental. Era a escola budista preferida dos guerreiros samurais japoneses. Pertence ao Mahayana ("Grande Veículo", em sânscrito), o grupo de seitas budistas que se propõe a levar o maior número possível de fiéis para a iluminação, nem que para isso seja necessário efetuar adaptações na mensagem original de Buda.

  • O Xingon

Seita japonesa de forte influência indiana. Fundada no século IX pelo monge japonês Cucai. Baseia-se em elementos indianos como mandalas (figuras geométricas utilizadas na meditação), mudras (posições especiais de mãos que auxiliam a meditação), mantras (sons místicos úteis à meditação) e divindades de muitos braços. A sede da seita fica no Monte Coia, no Japão. Também relacionada à seita é a peregrinação aos 88 templos da ilha japonesa de Xicocu[1]. Pertence também ao maaiana.

  • O Tendai

Trazida da China, onde era chamada de tiantai, para o Japão no século IX por Saixo. Baseia-se na devoção a Buda e no estudo do sutra do Lótus. Sua sede fica no Monte Hiei, no Japão. Dentro da seita, existem várias subseitas, como o Jodo (também chamado Terra Pura), o Jodo Xin e o Nixirem[2]. Pertence ao maaiana.

Estátua japonesa do Buda Amida do século XIX. O Buda Amida é especialmente venerado na seita Terra Pura.
  • O Budismo Tibetano

Trazido da Índia para o Tibete e o Butão no século VIII por Padmasambava, também conhecido como guru Rinpoche (que, traduzido do tibetano, significa "Mestre Precioso"). Baseia-se na fusão do budismo indiano com tradições tibetanas como danças, roupas típicas e incorporação de deuses através de médiuns. Subdivide-se em várias escolas, como a nyingma, a kagyu, a gelug e a sakya. Atualmente, é a escola budista de maior projeção mundial devido à diáspora de monges tibetanos ocasionada pela invasão chinesa ao Tibete na década de 1950. O atual dalai lama (líder religioso da escola gelug) Tenzin Gyatso ganhou o Prêmio Nobel da Paz de 1989.

Alguns autores classificam o Budismo tibetano como fazendo parte do Mahayana; outros o consideram um ramo próprio dentro do budismo chamado Vajrayana ("Veículo do Diamante" em sânscrito).

  • O Teravada

Em páli, significa "Doutrina dos Anciões"[3]. É a mais antiga das atuais escolas do budismo. Faz parte, tradicionalmente, do Hinayana, que significa "Pequeno Veículo", em sânscrito e que se propõe a permanecer o mais possível fiel à doutrina original de Buda, mesmo que isso signifique um número menor de fiéis devido ao rigor exigido dos mesmos. Baseia-se no Tipitaka (Tripitaka, em sânscrito), que significa "Três Cestos", em páli e que é o primeiro registro escrito da doutrina budista (foi escrito por volta de 25 a.C.[4]). É a escola tradicional do sul da Ásia, ou seja, de países como Sri Lanca, Miamar, Tailândia, Camboja, Laos e Vietnã.

Referências
  1. Japão. São Paulo: Publifolha, 2000. p.269
  2. Japão. São Paulo: Publifolha, 2000. p.269
  3. http://www.acessoaoinsight.net/theravada.php
  4. WILKINSON, P. O Livro Ilustrado das Religiões. Primeira edição. São Paulo: Publifolha, 2001. p.58