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Walt Disney

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Para outros significados de Disney, veja Disney (desambiguação).
Walt Disney
Walt Disney
Walt Disney em 1946.
Nome completo Walter Elias Disney
Nascimento 5 de dezembro de 1901
Chicago, Illinois
Morte 15 de dezembro de 1966 (65 anos)
Los Angeles, Califórnia
Ocupação Produtor cinematográfico
Diretor
Roteirista
Dublador
Animador
Empreendedor
Filantropo
Atividade 1920 – 1966
Cônjuge Lillian Bounds (1925-1966)
Filho(a)(s) 2, incluindo Diane Disney Miller
Assinatura
Oscares da Academia
Melhor Curta de Animação
1932 – Flowers and Trees
1933 – Three Little Pigs
1934 – The Tortoise and the Hare
1935 – Three Orphan Kittens
1936 – The Country Cousin
1937 – The Old Mill
1938 – Ferdinand the Bull
1939 – Ugly Duckling
1941 – Lend a Paw
1942 – Der Fuehrer's Face
1954 – Toot, Whistle, Plunk and Boom
1969 – Winnie the Pooh and the Blustery Day
Melhor Curta-Metragem
1949 – Seal Island
1951 – Beaver Valley
1952 – Nature's Half Acre
1953 – Water Birds
1954 – Bear Country
1959 – Grand Canyon
Melhor Documentário
1954 – The Living Desert
1955 – The Vanishing Prairie
Melhor Documentário em Curta-Metragem
1954 – The Alaskan Eskimo
1956 – Men Against the Arctic
Oscar Honorário
1932 – Mickey Mouse
1939 – Snow White and the Seven Dwarfs
1940 – Fantasia
Memorial Irving G. Thalberg
1949 – Prêmio Honorário
Globos de Ouro
Prémio Cecil B. DeMille
1953 – Prémio Honorário
César
César Honorário
1979

Walter Elias Disney (Chicago, 5 de dezembro de 1901Los Angeles, 15 de dezembro de 1966) conhecido como Walt Disney foi um produtor cinematográfico, cineasta, diretor, roteirista, dublador, animador, empreendedor, filantropo e cofundador da The Walt Disney Company. Tornou-se famoso por seu pioneirismo no ramo das animações com a Disney, tendo produzido o famoso longa-metragem de animação, Branca de Neve e os Sete Anões (1937), e pelos seus personagens de desenho animado, como Mickey e Pato Donald. Ele também é o idealizador dos parque temáticos sediados nos Estados Unidos: Disneylândia e Walt Disney World Resort.[1] Ao longo da sua vida foi um símbolo da indústria da animação e um ícone da cultura popular.

Walt Disney é a pessoa que venceu o maior número de Óscars na história, sendo 22 prêmios da Academia e 59 indicações.[2][3] Também venceu sete Emmy Awards. Walt Disney morreu de câncer de pulmão em 15 de dezembro de 1966, em Burbank, Califórnia. Ele deixou para trás um vasto legado: Uma universidade (California Institute of the Arts - CalArts), numerosos curtas, documentários e filmes produzidos durante a sua vida; e a Walt Disney Company é hoje um dos maiores conglomerados de entretenimento do mundo.

Infância e juventude

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Walt Disney nasceu no dia 5 de dezembro de 1901, em Chicago. Passou a maior parte de sua infância numa fazenda em Marceline, no Missouri. Foi um período muito difícil para o menino, devido aos castigos impostos pelo pai, Elias Disney (1859-1941), homem bastante severo. Depois de descobrir que não tinha uma certidão de nascimento, alimentou a ideia de que era filho adotivo. Esse fato iria influenciar algumas de suas atitudes posteriormente.[4]

Aos 16 anos, começou a estudar arte, além de ter participado da Ordem Demolay. Como não havia atingido a maioridade, foi-lhe recusada permissão quando procurou alistar-se no Exército durante a Primeira Guerra Mundial. Conjuntamente com um amigo, decidiu então juntar-se à Cruz Vermelha. Pouco tempo depois, foi enviado para França, onde passou um ano a dirigir ambulâncias da Cruz Vermelha.

De volta aos Estados Unidos, matriculou-se na Kansas City Arts School.

Em seguida, trabalhou em algumas agências publicitárias. A seguir, entrou para uma companhia cinematográfica, na qual ajudava a fazer os cartazes de propaganda dos filmes.

Newman Laugh-O-Gram (1921).

Com o irmão Roy e o amigo Ub Iwerks, criou a pequena produtora Laugh-O-Gram, que animava contos de fadas. Esses desenhos animados eram exibidos no cinema local antes dos filmes. Em 1923, mudaram-se para Hollywood, em Los Angeles. Em Hollywood, Walt Disney contratou a distribuidora de filmes M. J. Wrinkler, dizendo que o seu estúdio de animação tinha diversos filmes para vender. Wrinklers não só aceitou a oferta como também aceitou pagar 1 500 dólares por cada filme.

Depois de angariar dinheiro, adquirir material, contratar pessoal, Walt começa a fazer planos: Alice, uma série em que uma menina convivia com personagens de cenário animado. Foi durante este tempo de imenso trabalho em que Walt conheceu sua futura esposa, Lillian Bounds Disney. Depois de Alice, veio Oswald, o coelho sortudo, também conhecido em português como Coelho Osvaldo, foi um grande sucesso que levou à reavaliação dos valores dos contratos quanto aos preços dos filmes. Foi para Nova Iorque, onde foi apanhado de surpresa. O patrão para quem Walt desenhou Alice e Oswald, roubou-lhe as personagens, a equipe de desenhistas e as encomendas, porque as mesmas não foram assinadas em seu nome. Walt enviou um telegrama ao irmão dizendo que tudo estava certo e para não se preocupar, pois ele já tinha em mente um personagem espetacular: Mickey Mouse.

Walt Disney em uma cena do trailer de 1937 do filme da Branca de Neve, apresentando os Sete Anões, através de modelos dos personagens.

Para superar a fase difícil e contornar os prejuízos, Ub Iwerks criou para Walt Disney o Mickey Mouse em 1928 para competir com o sucesso do Gato Félix. O camundongo, desenhado a partir de uma série de círculos, provou ser ideal para o desenho animado e se tornaria o personagem de maior sucesso dos estúdios Disney. Nessa época, a produtora passou a ser mais bem organizada: Roy cuidava da parte financeira, Walt produzia e dirigia, e Iwerks desenhava.

Em 1927, já se havia inventado o filme sonoro. Poucos anos depois, inventou-se o filme colorido. Disney e seus assistentes utilizaram as novas técnicas com muita imaginação.

O primeiro desenho foi Plane Crazy, de 1928, no qual o personagem contracenava com sua namorada Minnie Mouse. O primeiro desenho com som foi Steamboat Willie, também de 1928. As primeiras palavras do camundongo foram Hot dogs, hot dogs, numa canção do episódio The Karnival Kid, de 1929. Surgiram, em seguida, mais personagens para contracenar com Mickey: Pato Donald, Pateta e Pluto. O vilão João Bafo de Onça, que havia aparecido nos curtas de Alice, virou o principal inimigo do Mickey.[5]

De 1929 a 1939, Disney produziu uma série de desenhos chamada "Silly Symphonies" (Sinfonias Tolas), a primeira colorida. Mickey estrelava esses filmes ao lado dos novos personagens. O desenho "Flores e Árvores", dessa série, recebeu o Oscar de melhor curta-metragem de animação de 1932.

Longa-metragens

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Cena de "Branca de Neve e os Sete Anões".

Walt Disney pretendia fazer um longa-metragem da clássica história Branca de Neve. Houve protestos por parte da equipe, mas o filme foi feito. Após três anos de produção, desenho e músicas, o filme estreou.

Branca de Neve e os Sete Anões gerou fundos necessários para a construção de um novo estúdio e foram criados novos longas-metragens: Pinóquio, Fantasia e Bambi.[6] Infelizmente, os tempos de lucro não duraram muito, devido ao início da Segunda Guerra Mundial em 1939.

A Segunda Guerra Mundial

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À direita (em primeiro plano), visitando o Morro da Portela, Oswaldo Cruz (bairro do Rio de Janeiro), durante visita ao Brasil em agosto de 1941.[7]
Da esquerda para a direita: Wallace Bennington, Jorge Guinle, Carmen Miranda e Disney no lançamento do personagem Zé Carioca, em 1942.

Com a entrada dos Estados Unidos na guerra, Disney foi convidado pelas Forças Armadas para produzir desenhos animados de treinamento para os soldados. Em seguida, começou a fazer filmes de propaganda militar, nos quais utilizava principalmente seus personagens mais conhecidos.

Algum tempo depois, ajudou a criar a "Aliança do Cinema para a Preservação dos Ideais Estadunidenses", com o objetivo de combater o comunismo no meio artístico. Walt Disney prestou voluntariamente diversos depoimentos na "Comissão das Atividades Antiamericanas".

Devido às suas atividades contra o comunismo, em 1949 o governo soviético proibiu a exibição de filmes dos estúdios Disney no país.

Cinderela e outras longas-metragens

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Depois da guerra, Walt Disney estava com sua empresa arruinada. Walt tinha duas opções: ou fazia um filme ou vendia a empresa. Decidiu, assim, fazer o filme Cinderela. O filme foi um sucesso e gerou riqueza para que a empresa continuasse.[8]

Mas Walt Disney não trabalhou apenas com desenhos animados. Seu primeiro longa-metragem com atores foi A Ilha do Tesouro (1950). O primeiro sobre a natureza foi O Drama do Deserto (1953). Em 1954, fez 20.000 léguas submarinas, baseado na obra do escritor francês Júlio Verne.

Dez anos depois, produziu Mary Poppins, uma mistura de desenho animado com personagens humanos. O filme concorreu ao Oscar em 14 categorias, levando cinco prêmios, incluindo o de melhor atriz, para Julie Andrews e o de melhor canção, por Chim Chim Cher-ee. Disney produziu também diversos filmes para televisão, sendo ele próprio o apresentador do seu programa.

Últimos anos

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Vista aérea da Disneylândia em Anaheim.

Disney obteve um de seus maiores êxitos em 1955 ao inaugurar a Disneylândia, um superparque de diversões situado em Anaheim, na Califórnia. O parque foi construído graças a uma parceria com a rede de televisão ABC.

Existe ainda um outro parque semelhante, chamado Walt Disney World, perto de Orlando, na Flórida, que foi inaugurado em 1971, após a morte de Disney. Quase todos os brinquedos, desfiles e espetáculos desses dois parques baseiam-se nos personagens dos filmes de Disney.

O cineasta, devido ao seu falecimento em 1966 não viveu para ver as atrações da Disneyworld, como o Epcot, o Magic Kingdom, os estúdios MGM (atual "Hollywood Studios") e o Disney Animal Kingdom, além dos parques aquáticos.

Encontra-se sepultado no Forest Lawn Memorial Park, em Glendale, nos Estados Unidos.[9]

Selo estadunidense de 1968.

Com a ajuda de Lillian Bounds e das filhas Diane Marie e Sharon Mae, seu irmão Roy continuou comandando os negócios por mais algum tempo, vindo a falecer um mês após o término da construção do "Magic Kingdom" e a correspondente inauguração do "Walt Disney World".

Após a morte de Roy longos períodos de turbulência na administração da Companhia se seguiram, só alcançando novamente a estabilidade na década de 1980 sob a direção da dupla Eisner-Wells. Wells morreu num trágico acidente, fazendo com que Michael Eisner controlasse a empresa por longos anos, até que devido a vários desgastes, inclusive decorrentes de atritos com Roy E. Disney, sobrinho de Walt, Eisner entregasse em 30 de setembro de 2006 o cargo de CEO para o então presidente da Disney, Robert (Bob) Iger.

Bob iniciou um novo ciclo de expansão da companhia, cujo marco inicial é a compra dos estúdios Pixar, o que fez com que Steve Jobs, CEO da Apple Inc. e dono da Pixar se tornasse o maior acionista pessoa física da Walt Disney Company.

Em 2001, ano do centenário de nascimento de Disney, o desenho animado "Branca de Neve e os Sete Anões" foi relançado em vídeo e DVD com várias novidades, como um "making of" do desenho, um videoclipe da canção Some Day My Prince Will Come, cantada por Barbara Streisand, e um jogo. Nos Estados Unidos, particularmente na Disneyworld e em Hollywood, diversos eventos foram programados para comemorar o centenário.

Para além de estúdios cinematográficos, o vasto império criado por Walt Disney inclui diversos parques temáticos (Disneylândia, Disneyland Paris, Disney Japan, etc.), inúmeros canais de televisão e elevados rendimentos originados na venda direta de filmes e livros, e nos direitos de utilização por outras entidades das imagens dos personagens.

Walt Disney transformou-se numa lenda, tendo criado, com a ajuda da sua equipe, todo um universo de referências no imaginário infantil de sucessivas gerações. Além disso, Walt Disney é a pessoa que mais ganhou prêmios Oscar em todos os tempos.

Disney morreu em 15 de dezembro de 1966 em decorrência de um avançado câncer de pulmão.[10] Seu corpo foi cremado dois dias depois, e suas cinzas foram enterradas no Forest Lawn Memorial Park, em Glendale, Califórnia.[11]

Walt Disney é recordista de maior número de indicações ao Oscar (com cinquenta e nove) e número de Oscares entregues (22). Ele também ganhou quatro Oscares honorários.

"Para Branca de Neve e os Sete Anões, reconhecido como uma inovação significativa tela que tem encantado milhões e foi pioneiro de uma nova área de entretenimento grande" (o prêmio foi uma estatueta e sete estatuetas em miniatura)

"Por sua extraordinária contribuição para o avanço do uso do som no cinema através da produção de Fantasia"

Diane Disney Miller

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Diane Disney Miller (Los Angeles, 18 de dezembro de 1933 - Napa, 19 de novembro de 2013) foi a única filha biológica de Walt Disney.[12]

Filha de Lillian Marie Bounds Disney com Walt Disney, criou o Walt Disney Family Museum, em São Francisco no ano de 2009, ou seja, um museu da família sobre a vida de Walt Disney, além de ajudar a fundar a Walt Disney Concert Hall. Diane gerenciava uma vinícola no vale do Napa.

Referências
  1. «Walter Elias Disney - Biografia». Viajando para Orlando. Viajandoparaorlando.com 
  2. «WebCite query result». www.webcitation.org. Consultado em 2 de janeiro de 2017 
  3. «[Guia dos Curiosos]». Guia dos Curiosos. Consultado em 2 de janeiro de 2017 
  4. «Walt Disney». NETSABER. Netsaber.com.br 
  5. Edição especial celebra os 90 anos de João Bafo-de-Onça
  6. «Walt Disney». Stars Celebrites. Stars-celebrites.com 
  7. Patricia Faermann (9 de março de 2014). «Fotografias mostram Walt Disney no Rio para criar laços no país». GGN. Consultado em 9 de fevereiro de 2019 
  8. «CINDERELA». anima toons. Animatoons.com.br 
  9. Walt Disney (em inglês) no Find a Grave[fonte confiável?]
  10. Walt Disney morreu aos 68 anos de idade por conta de um câncer no pulmão Portal iG - Gente - acessado em 3 de setembro de 2018
  11. A causa de sua morte, foi um avançado câncer de pulmão Portal R7 - Segredos do Mundo - acessado em 3 de setembro de 2018
  12. «Morre aos 79 anos Diane Disney Miller, filha de Walt Disney». UOL Entretenimentos. Entretenimento.uol.com.br 
  • Neil Gabler. Walt Disney: O Triunfo da Imaginação Americana. [S.l.]: Novo Século. 944 páginas. ISBN 978-85-7679-212-3 

Ligações externas

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