Migração em Mato Grosso do Sul
Página referente a migração do estado brasileiro de Mato Grosso do Sul. Pelas informações dos censos de 1991 e 1996, entre 1970 e 1990 houve redução nas migrações interestaduais nas últimas décadas e também queda do saldo migratório em Mato Grosso do Sul. Segundo os dados, em 1991 houve a entrada de 124.045 pessoas de outros estados e a saída de 105.009, resultando no saldo migratório de 19.036. Já em 1996, 87.374 pessoas migraram para o estado e 73.748 migraram desse para outros estados, resultando num saldo migratório de 13.626 habitantes.[carece de fontes]
No geral o cenário demográfico e social apresentado em Mato Grosso do Sul se baseia na tomada de decisões das diversas instâncias de atuação da sociedade civil, da academia e dos diversos níveis de governos, possibilitando e adequando o planejamento e ações dentro de uma visão panorâmica real nos níveis desejados de qualidade de vida e com o devido padrão de desenvolvimento sustentável.
Migração para MS (est. 2000) | |||
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Região/estado | Nº de migrantes masculinos | Nº de migrantes femininos | Total geral |
Nordeste | 57.519 | 51.278 | 108.797 |
Norte | 3.705 | 4.680 | 8.385 |
Sudeste | 129.781 | 126.479 | 256.260 |
Sul | 82.343 | 81.669 | 164.012 |
Mato Grosso | 11.167 | 12.837 | 24.004 |
Goiás | 5.821 | 6.012 | 11.833 |
Distrito Federal | 596 | 563 | 1.159 |
Sul
[editar | editar código-fonte]Migração gaúcha
[editar | editar código-fonte]O início da migração gaúcha deu-se juntamente ao começo do fluxo contínuo de migrantes paulistas no final do século XVIII, quando mais cidades passaram a ser fundadas no sul matogrossense. Esta chegada de gaúchos deu-se, ainda como os paulistas, de maneira constante durante o século XIX e início do século XX. Na década de 1970, no entanto, uma segunda onda de migrantes gaúchos estabeleceu-se em Mato Grosso do Sul, seguindo padrões de colonização notadamente diferentes da primeira. Juntamente com paranaenses, estes gaúchos procuravam se dedicar à cultura mecanizada da soja na região centro-sul do estado.[1]
Migração paranaense
[editar | editar código-fonte]Diferentemente dos casos das migrações paulista e mineira, a chegada de migrantes paranaenses às terras sul-matogrossenses deu-se em dois momentos históricos mais isolados. Uma grande onda de paranaenses chegou ao estado durante a década de 1940, com a Marcha para o Oeste promovida por Getúlio Vargas e as companhias de colonização, estabelecendo-se nas regiões central e sul do estado, na Colônia de Dourados. A segunda parcela desses migrantes estabeleceu-se em Mato Grosso do Sul nas décadas de 1970 e 1980, à procura de terras onde pudessem se dedicar à produção mecanizada de cereais, sobretudo a soja, na mesma região que a anterior.[1]
Sudeste
[editar | editar código-fonte]Migração paulista
[editar | editar código-fonte]Desde o início do século XVII, paulistas eventualmente se estabeleceram na região, a partir das primeiras expedições bandeirantes. O fluxo de migrantes paulistas, no entanto, tornou-se contínuo a partir das últimas décadas do século XVIII, quando da ocupação do oeste, nordeste e centro do estado. Durante o século XX, os paulistas também se fizeram presentes como colonos das companhias colonizadoras e operários dos fundadores das cidades do leste e sudeste sul mato-grossenses. O influxo de paulistas no estado permanece ininterrupto século XXI adentro.
Migração mineira
[editar | editar código-fonte]Foi com as expedições realizadas no final da década de 1820 pelo Barão de Antonieta que uma maior quantidade de mineiros passou a adotar o sul mato-grossense como seu novo lar, sobretudo com o advento das frentes colonizadoras dos Garcia Leal e dos Lopes, no nordeste e centro do estado. Tal processo continuou durante o século XX e, assim como a migração paulista, a migração mineira continua sendo um fator constante em Mato Grosso do Sul no século XXI.
Nordeste
[editar | editar código-fonte]A migração nordestina no estado de Mato Grosso do Sul intensificou-se a partir de 1890, uma vez que as frentes colonizadoras mais antigas já se encontravam estabelecidas. Embora tenha permanecido contínua até a década de 1930, no entanto, este fluxo de nordestinos para o sul matogrossense pode ser diferenciado de uma segunda onda de migrantes, que atingiu a região durante a Marcha para o Oeste de Getúlio Vargas. Enquanto o primeiro grupo se distribuiu em diferentes áreas do estado, o segundo concentrou-se no centro e sul do mesmo.
Ver também
[editar | editar código-fonte]- ↑ a b «TEODORO, Mirian Grasiela e AVELINO JÚNIOR, Francisco José. Tensão no campo: as famílias envolvidas na luta pela terra no Mato Grosso do Sul. 2005.» (PDF). Arquivado do original (PDF) em 7 de outubro de 2007