Kanada
Kanada (em sânscrito: कणाद)[1][2] foi um sábio e filósofo indiano que fundou a escola Vaisheshika da filosofia indiana.[3][4]
Estima-se que tenha vivido em algum momento entre o século VI ao século II a.C., mas pouco se sabe sobre sua vida.[4][5][6] Seu nome tradicional "Kanada" significa "comedor de átomos"[7] e ele é conhecido por desenvolver as fundações de um naturalismo atomista da filosofia indiana no texto sânscrito Vaisheshika Sutra.[8][9] Seu texto também é conhecido como Kanada Sutras, ou Aforismos de Kanada.[10]
A escola fundada por Kanada tentou explicar a criação e a existência do Universo propondo uma teoria atomística, aplicando lógica e o realismo, e está entre uma das mais antigas ontologias realista sistemáticas conhecida na história humana.[11] Kanada sugeriu que tudo pode ser subdividido, mas esta subdivisão não pode durar para sempre e deve haver entidades menores (parmanu) que não podem ser divididas, que são eternas, que agregam de maneiras diferentes para produzir substâncias complexas e corpos com identidade única, em um processo que envolve o calor , sendo esta a base para toda a existência material.[12][13] Ele usou essas ideias com o conceito de Atman (alma) para desenvolver um não-teísta relacionado ao moksha.[14][15] As ideias de Kanada eram influentes em outras escolas de hinduísmo, como a escola Nyaya.[11]
Ver também
[editar | editar código-fonte]- ↑ Sharma 2000, p. 175.
- ↑ Riepe 1961, p. 228 with footnote 12.
- ↑ Bart Labuschagne & Timo Slootweg 2012, p. 60, Quote: "Kanada, a Hindu sage who lived either around the 6th or 2nd century BCE, and who founded the philosophical school of Vaisheshika..
- ↑ a b Jeaneane D. Fowler 2002, pp. 98-99.
- ↑ Oliver Leaman (1999), Key Concepts in Eastern Philosophy. Routledge, ISBN 978-0415173629, page 269
- ↑ J Ganeri (2012), The Self: Naturalism, Consciousness, and the First-Person Stance, Oxford University Press, ISBN 978-0199652365
- ↑ Jeaneane D. Fowler 2002, p. 99.
- ↑ Riepe 1961, pp. 227-229.
- ↑ "The Vaisesika sutras of Kanada. Translated by Nandalal Sinha" Full Text at archive.org
- ↑ Riepe 1961, p. 229.
- ↑ a b Jeaneane D. Fowler 2002, p. 98.
- ↑ H. Margenau 2012, p. xxx-xxxi.
- ↑ Jeaneane D. Fowler 2002, pp. 100-102.
- ↑ James G. Lochtefeld (2002). The Illustrated Encyclopedia of Hinduism: N-Z. [S.l.]: The Rosen Publishing Group. pp. 729–731. ISBN 978-0-8239-3180-4
- ↑ Sharma 2000, p. 177-186.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Jeaneane D. Fowler (2002). Perspectives of Reality: An Introduction to the Philosophy of Hinduism. [S.l.]: Sussex Academic Press. ISBN 978-1-898723-93-6
- H. Margenau (2012). Physics and Philosophy: Selected Essays. [S.l.]: Springer Science. ISBN 978-94-009-9845-2
- Bimal Krishna Matilal (1977). Nyāya-Vaiśeṣika. [S.l.]: Otto Harrassowitz Verlag. ISBN 978-3-447-01807-4
- Riepe, Dale Maurice (1961). Naturalistic Tradition in Indian Thought. [S.l.]: Motilal Banarsidass (Reprint 1996). ISBN 978-81-208-1293-2
- Bart Labuschagne; Timo Slootweg (2012). Hegel's Philosophy of the Historical Religions. [S.l.]: BRILL Academic. ISBN 90-04-22618-4
- Sharma, Chandradhar (2000). A Critical Survey of Indian Philosophy. [S.l.]: Motilal Banarsidass. ISBN 978-81-208-0365-7