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Vírus da tristeza do cítrus

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Citrus tristeza virus (CTV) é uma espécie viral do gênero Closterovirus que ataca diversas espécies de citros (i.e. tangerineiras, laranjeiras e toranjeiras) causada pelo vírus Cítrus tristeza virus (CTV) e é considerada a virose de maior importância econômica no mundo para a citricultura. Estima-se que mais de 100 milhões de árvores foram mortas ou tornaram-se improdutivas por causa da tristeza dos citros. Os principais sintomas da CTV clássica são caracterizados por mudanças anatômicas na região da enxertia, sendo exemplo destas mudanças anatômicas a formação de células cromáticas, colapso e necrose dos tubos crivados, super produção e degradação de células do floema, acúmulo de floema não funcional e invasão do córtex pelo floema não funcional. O principal controle da doença deve ser o uso de porta-enxertos tolerantes à doença.[1][2]

Sabe-se que a principal forma de contaminação das plantas se dá pela picada de insetos, especialmente afídeos, sendo a principal espécie vetora o pulgão-preto-dos-citrinos (Aphis citricidus).[3] Há evidências de laboratório também sugerindo o psilídeo Diaphorina citri como um vetor importante desta doença.[4] O vírus é adquirido pelo inseto durante sua fase imatura de ninfa, quando se alimenta de uma planta infectada. Aparentemente, o terceiro estágio de desenvolvimento é o mais propício para a infecção do inseto, que leva mais de duas semanas incubando os vírus para tornar-se infectivo.[5] Algumas variedades de cítrus apresentam maior resistência à passagem do vírus para insetos não-infectados, e podem assim ser inseridas nos pomares para aumentar a resistência da plantação.[6] De forma semelhante, temperaturas extremas parecem afetar o ciclo viral, sugerindo que algumas zonas climáticas sejam mais suscetíveis à proliferação da doença.[6]

Referências
  1. Manual de Fitopatologia II , Kimati. H, Amorim. L, Rezende. J.A.M, Bergami Filho. A, Camargo. L.E.A, 2005, Editora Ceres Ltda.
  2. Manual de Fitopatologia I, Amorim. L, Rezende. J.A.M, Bergami Filho. A, 2011, Editora Ceres Ltda.
  3. Paiva, Paulo Eduardo Branco; Parra, José Roberto Postali (dezembro de 2012). «Natural parasitism of Diaphorina citri Kuwayama (Hemiptera, Psyllidae) nymphs by Tamarixia radiata Waterston (Hymenoptera, Eulophidae) in São Paulo orange groves». Revista Brasileira de Entomologia (em inglês). 56 (4): 499–503. ISSN 1806-9665. doi:10.1590/S0085-56262012000400016 
  4. Wu, Fengnian; Huang, Mochi; Fox, Eduardo G. P.; Huang, Jiaquan; Cen, Yijing; Deng, Xiaoling; Xu, Meirong (agosto de 2021). «Preliminary Report on the Acquisition, Persistence, and Potential Transmission of Citrus tristeza virus by Diaphorina citri». Insects (em inglês) (8). 735 páginas. doi:10.3390/insects12080735. Consultado em 26 de agosto de 2021 
  5. Wu, Fengnian; Huang, Jiaquan; Xu, Meirong; Fox, Eduardo G P; Beattie, G Andrew C; Holford, Paul; Cen, Yijing; Deng, Xiaoling (dezembro de 2018). «Host and environmental factors influencing ' Candidatus Liberibacter asiaticus' acquisition in Diaphorina citri: Interactions between D. citri and ' Candidatus Liberibacter asiaticus'». Pest Management Science (em inglês). 74 (12): 2738–2746. doi:10.1002/ps.5060 
  6. a b Wu, Fengnian; Qureshi, Jawwad A; Huang, Jiaquan; Fox, Eduardo Gonçalves Paterson; Deng, Xiaoling; Wan, Fanghao; Liang, Guangwen; Cen, Yijing (12 de julho de 2018). «Host Plant-Mediated Interactions Between 'Candidatus Liberibacter asiaticus' and Its Vector Diaphorina citri Kuwayama (Hemiptera: Liviidae)». Journal of Economic Entomology (em inglês). ISSN 0022-0493. doi:10.1093/jee/toy182 
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