USS Birmingham (CL-62)
USS Birmingham | |
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Estados Unidos | |
Operador | Marinha dos Estados Unidos |
Fabricante | Newport News Shipbuilding |
Homônimo | Birmingham |
Batimento de quilha | 17 de fevereiro de 1941 |
Lançamento | 20 de março de 1942 |
Comissionamento | 29 de janeiro de 1943 |
Descomissionamento | 2 de janeiro de 1947 |
Número de registro | CL-62 |
Destino | Desmontado |
Características gerais | |
Tipo de navio | Cruzador rápido |
Classe | Cleveland |
Deslocamento | 14 358 t (carregado) |
Maquinário | 4 turbinas a vapor 4 caldeiras |
Comprimento | 185,95 m |
Boca | 20,22 m |
Calado | 7,6 m |
Propulsão | 4 hélices |
- | 102 000 cv (75 000 kW) |
Velocidade | 32,5 nós (60,2 km/h) |
Autonomia | 11 000 milhas náuticas a 15 nós (20 000 km a 28 km/h) |
Armamento | 12 canhões de 152 mm 12 canhões de 127 mm 28 canhões de 40 mm 21 canhões de 20 mm |
Blindagem | Cinturão: 89 a 127 mm Convés: 51 mm Torres de artilharia: 38 a 152 mm Barbetas: 152 mm Torre de comando: 57 a 127 mm |
Aeronaves | 4 hidroaviões |
Tripulação | 1 285 |
O USS Birmingham foi um cruzador rápido operado pela Marinha dos Estados Unidos e a sexta embarcação da Classe Cleveland. Sua construção começou em fevereiro de 1941 nos estaleiros da Newport News Shipbuilding na Virgínia e foi lançado ao mar em março de 1942, sendo comissionado em janeiro do ano seguinte.[1] Era armado com uma bateria principal composta por doze canhões de 152 milímetros montados em quatro torres de artilharia triplas, tinha um deslocamento de mais de catorze mil toneladas e alcançava uma velocidade máxima de 32 nós.
O Birmingham entrou em serviço no meio da Segunda Guerra Mundial e sua primeira operação foi dar apoio para a invasão da Sicília no Mar Mediterrâneo. Em seguida foi transferido para a Guerra do Pacífico e colocado para atuar na função de escolta antiaérea para a frota de porta-aviões norte-americanos, participando primeiro da Campanha das Ilhas Salomão. Nesta, acabou sendo bombardeado três vezes durante um ataque aéreo japonês em 8 de novembro de 1943, ficando seriamente danificado. Recuou para Pearl Harbor e ficou sob reparos até fevereiro de 1944.[1]
O navio voltou para a ação e se envolveu nas Campanhas das Ilhas Marianas e Palau, Filipinas e Ilhas Vulcano e Ryūkyū. Foi danificado em outubro de 1944 na Batalha do Golfo de Leyte enquanto tentava auxiliar o porta-aviões rápido USS Princeton e depois foi vítima de um ataque kamikaze em maio de 1945 durante a Batalha de Okinawa. A guerra terminou em agosto e o Birmingham passou alguns meses servindo na Austrália, retornando para os Estados Unidos e sendo descomissionado em janeiro de 1947. Permaneceu inativo até ser desmontado em 1959.[1]
Características
[editar | editar código-fonte]Os cruzadores rápidos da Classe Cleveland começaram a serem desenvolvidos no final da década de 1930. O Segundo Tratado Naval de Londres de 1930 limitava o deslocamento de navios do tipo a 8,1 mil toneladas. Entretanto, após o início da Segunda Guerra Mundial em setembro de 1939, o Reino Unido anunciou que iria suspender o tratado pela duração do conflito, uma decisão rapidamente seguida pelos Estados Unidos. Este, apesar de ainda neutro, reconheceu que sua entrada na guerra era provável e que a necessidade urgente de mais navios impedia um projeto totalmente novo, assim a Classe Cleveland teve seu projeto muito baseado na predecessora Classe Brooklyn. A principal diferença foi a remoção de uma torre de artilharia tripla de armas de 152 milímetros em favor de uma torre dupla de 127 milímetros.[2]
O Birmingham tinha 185,95 metros de comprimento de fora a fora, boca de 20,22 metros e calado de 7,47 metros. Seu deslocamento padrão era de 11 932 toneladas, enquanto o deslocamento carregado chegava a 14 358 toneladas. Seu sistema de propulsão era composto por quatro caldeiras Babcock & Wilcox que queimavam óleo combustível proporcionando o vapor para quatro conjuntos de turbinas a vapor General Electric, cada uma girando uma hélice. A potência indicada era de 102 mil cavalos-vapor (75 mil quilowatts), suficiente para levar o navio a uma velocidade máxima de 32,5 nós (60,2 quilômetros por hora). Sua tripulação era composta por 1 285 oficiais e marinheiros.[3]
Sua bateria principal era formada por doze canhões Marco 16 calibre 47 de 152 milímetros montados em quatro torres de artilharia triplas na linha central do navio, duas na proa e duas na popa, em ambos os casos com uma torre sobreposta à outra. A bateria secundária tinha doze canhões de duplo-propósito calibre 38 de 127 milímetros em seis torres de artilharia duplas. Duas ficavam na linha central à proa e à ré da superestrutura, enquanto as outras quatro ficavam nas laterais da superestrutura, duas de cada lado. A bateria antiaérea tinha 28 canhões Bofors de 40 milímetros em quatro montagens quádruplas e seis duplas mais 21 canhões Oerlikon de 20 milímetros em montagens únicas.[3]
O cinturão principal de blindagem do Birmingham tinha uma espessura que variava de 89 a 127 milímetros, com a seção mais espessa ficando à meia-nau, onde protegia os depósitos de munição e as salas de máquinas. Seu convés blindado tinha 51 milímetros de espessura. As torres de artilharia principais eram protegidas com uma frente de 170 milímetros e laterais e teto de 76 milímetros, ficando em cima de barbetas com 152 milímetros. Sua torre de comando tinha laterais de 127 milímetros.[3]
Referências
[editar | editar código-fonte]- ↑ a b c «Birmingham II (CL-62)». Dictionary of American Naval Fighting Ships. Naval History and Heritage Command. Consultado em 28 de abril de 2021
- ↑ Friedman 1984, pp. 245–247
- ↑ a b c Friedman 1980, p. 119
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Friedman, Norman (1980). «United States of America». In: Gardiner, Robert; Chesneau, Roger. Conway's All the World's Fighting Ships, 1922–1946. Annapolis: Naval Institute Press. ISBN 978-0-87021-913-9
- Friedman, Norman (1984). U.S. Cruisers: An Illustrated Design History. Annapolis: Naval Institute Press. ISBN 978-0-87021-739-5
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Media relacionados com USS Birmingham (CL-62) no Wikimedia Commons