Thespesia populnea
Pau-rosa do Pacífico | |
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Classificação científica | |
Reino: | Plantae |
Clado: | Tracheophyta |
Clado: | Angiospermae |
Clado: | Eudicotyledoneae |
Clado: | Rosídeas |
Ordem: | Malvales |
Família: | Malvaceae |
Gênero: | Thespesia |
Espécies: | T. populnea
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Nome binomial | |
Thespesia populnea | |
Sinónimos | |
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Thespesia populnea, popularmente conhecida como pau-rosa do pacífico, algodão-do-litoral,[4][5][6] entre outros nomes, é uma espécie de angiosperma pertencente à família das malvas, Malvaceae. É uma árvore comumente encontrada nas costas ao redor do mundo.[7] Embora seja confirmado ser nativa apenas dos trópicos do Velho Mundo, outras autoridades consideram-na ter uma mais ampla, possivelmente pantropical distribuição nativa.[1] Acredita-se que seja uma espécie invasora na Flórida e no Brasil.[8][9]
Distribuição
[editar | editar código-fonte]Thespesia populnea é nativa de litorais tropicais e é adaptada a dispersões oceânicas e crescimento em ambientes insulares. É conhecida de ambas costas da África, do Sudeste Asiático, da Índia e do Sri Lanka, do norte da Austrália, das Ilhas do Pacífico (incluindo Havaí), da costa tropical do Pacífico americana a partir do sul do México até a Colômbia, das Índias Ocidentais e da Flórida nos Estados Unidos. Sua exata distribuição nativa tem sido debatida, com a maioria das autoridades considerando-a ser apenas nativa dos trópicos do Velho Mundo,[10] algumas outras como Plants of the World Online incluindo as Ilhas do Pacífico em sua faixa nativa,[11][12] e outras como a Lista Vermelha da IUCN e o DAEU incluindo também a América tropical dentro de sua faixa nativa. A IUCN apenas considera T. populnea a ser introduzida e invasora na Flórida.[1][13] Também pode ser invasora na região norte do Brasil.[9]
Como seu parente Hibiscus tiliaceus, foi uma das principais fontes de fibras liberianas para a produção de cordame e madeira para canoas polinésias austronésias e escultura. Embora suas sementes possam sobreviver por meses em correntes marítimas, nenhum vestígio de T. populnea foi recuperado da Polinésia antes da expansão austronésia (c. 5.000 AP), por isso é considerado por alguns autores que tenha sido intencionalmente carregada e introduzida por navegadores austronésios nas ilhas em que se estabeleceram.[14][15] Entretanto, é ainda considerada questionavelmente nativa das Ilhas do Pacífico, incluindo o Havaí, por várias outras autoridades.[1][11][12][16] No Havaí, é considerada como uma espécie nativa e é usada em projetos de restauração de hábitat para as florestas tropicais secas havaianas degradadas junto com as espécies de árvore definitivamente nativas Dodonaea viscosa e Cordia subcordata.[17][18][19]
Descrição
[editar | editar código-fonte]O pau-rosa do pacífico atinge uma altura de 6 a 10 metros e seu tronco pode medir de 20 até 30 cm de diâmetro.[20] Cresce em elevações do nível do mar de até 275 metros[21] em áreas que recebem 500 a 1.600 mm de precipitação anual.[10] O pau-rosa-do-pacífico é capaz de crescer na grande quantidade de tipos de solo que podem estar presentes em ambientes costeiros, incluindo solos derivados de quartzo (areia), calcário, e basalto; a planta favorece solos neutros (pH de 6 a 7.4).[20] Os grãos de pólen têm aproximadamente 70 mícrons de diâmetro.
Usos
[editar | editar código-fonte]O cerne do pau-rosa do pacífico é marrom avermelhado escuro a marrom chocolate e tem uma gravidade específica de 0,55 a 0,89.[10]
O pau-rosa do pacífico é conhecido como milo ou miro nas línguas polinésias.[6] É popular no Havaí para marcenaria (geralmente transformado em tigelas)[22] devido a variedade de cores expressas (tan, de amarelo ao vermelho). As árvores eram consideradas sagradas na cultura polinésia e eram normalmente plantadas em maraes junto de árvores como Ficus, Fagraea berteroana, Casuarina equisetifolia e Calophyllum inophyllum.[14][15] Tradicionalmente era plantado em bosques sagrados e usado para esculturas religiosas em todo o leste da Polinésia. Em Taiti, a madeira de milo é usada na confecção do to'ere (tambor de madeira com fendas), usado na percussão tribal taitiana tradicional. Makoʻi foi usado para os tabletes de rongorongo da Ilha de Páscoa.[23] Desde o surgimento de barcos com casco de alumínio no século 20, os pitcairneses têm feito viagens regulares à Ilha Henderson para colher madeira de miro. Normalmente eles vão para Henderson apenas uma vez por ano, mas podem fazer até três viagens se o clima for favorável. Os pitcairneses esculpem a madeira em colecionáveis, dos quais obtém grande parte de sua renda.[24]
Na Nova Irlanda, a madeira do pau-rosa do pacífico é usada para fazer tambores de ampulheta. Em Tonga, sua casca é usada para tratar infecções bucais entre crianças, e sua madeira é usada para fazer canoas, partes de casas e trabalho artístico.[25]
Na Indonésia, é conhecido como baru laut, baru pantai ou waru lot. Os amboneses cozinham as folhas em uma iguaria com vegetais.[26]
Na Ásia Meridional, é usado para fazer o thavil, um instrumento musical carnático da Índia do Sul. A flor do algodão-do-litoral desempenhou um papel no movimento de independência do Sri Lanka, quando foi vendida no Dia da Lembrança pelo Movimento de Suriya-Mal ao invés da papoula para ajudar os ex-militares do Sri Lanka. A madeira da árvore era usada pelos primeiros povos tâmeis para fazer instrumentos na antiga Tamilakam.[27]
Pode ser usada para a produção de celulose vindo das plantas [Singh et al 2019].
Em algumas partes do mundo, como o Havaí e o sul da Índia, T. populnea é considereda uma espécie importante em projetos de restauração de hábitat para florestas secas costeiras.[17][19][28]
Veja também
[editar | editar código-fonte]Referências
[editar | editar código-fonte]- ↑ a b c d Rivers, M.C.; Mark, J. (2017). «Thespesia populnea». Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas. 2017: e.T61788175A61788179. doi:10.2305/IUCN.UK.2017-3.RLTS.T61788175A61788179.en. Consultado em 27 de junho de 2022
- ↑ «Thespesia populnea». Agricultural Research Service (ARS), United States Department of Agriculture (USDA). Germplasm Resources Information Network (GRIN). Consultado em 17 de novembro de 2009
- ↑ Thespesia populnea (L.) Sol. ex Corrêa — The Plant List
- ↑ Yule, Henry, Sir. (1903). «PORTIA». In: Crooke, William. The Hobson-Jobson Anglo-Indian dictionary. London. 727 páginas. ISBN 978-1870836111.
In S. India the common name of the Thespesia populnea, Lam. (N.O. Malvaceae), a favourite ornamental tree, thriving best near the sea. The word is a corruption of Tamil Puarassu, 'Flower-king; [puvarasu, from pu, 'flower,' arasu, 'peepul tree'].
- ↑ «Thespesia populnea». Bases de dados de PLANTS. Natural Resources Conservation Service. Consultado em 9 de dezembro de 2015
- ↑ a b Predefinição:Cite-web
- ↑ Oudhia, P., 2007. Thespesia populnea (L.) Sol. ex Corrêa. [Internet] Record from PROTA4U. Louppe, D., Oteng-Amoako, A.A. & Brink, M. (Editors). PROTA (Plant Resources of Tropical Africa / Ressources végétales de l’Afrique tropicale), Wageningen, Netherlands.
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- ↑ Pawley, Andrew; Osmond, Meredith (eds). 2008. The lexicon of Proto Oceanic: The culture and environment of ancestral Oceanic society. Volume 3: Plants. Pacific Linguistics 599. Canberra: Pacific Linguistics, Australian National University.
- ↑ Predefinição:Cite-book
- ↑ (Source: OED)
- ↑ Aluri, Jacob Solomon Raju; Kunuku, Venkata Ramana; Chappidi, Prasada Rao; Kammarchedu, Bhushanam Jeevan Prasad; Samareddy, Sravan Kumar; Tripurana, Suneetha Rani; Manjeti, Santhi Kumari; Mocharla, Divyasree (1 de dezembro de 2020). «Pollination Ecology of Indian Tulip Tree, Thespesia Populnea (L.) Sol. Ex Correa (Malvaceae), a Valuable Evergreen Tree Species for Coastal Ecorestoration». Transylvanian Review of Systematical and Ecological Research. 22 (3): 35–44. ISSN 2344-3219. doi:10.2478/trser-2020-0016
Leitura adicional
[editar | editar código-fonte]- «Thespesia populnea». Australian Native Hibiscus and Hibiscus-like Species
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Milo». Canoe Plants of Ancient Hawaiʻi. Ka ʻImi Naʻauao O Hawaiʻi Nei
- «Thespesia populnea (L.) Sol. Ex Corr.». Database of Indian Plants. Pandanus Project
- Imagens no Wikipedia Commons