Templo de Ísis e Serápis
Templo de Ísis e Serápis | |
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No canto superior esquerdo, o Templo de Ísis e Serápis. À direita dele, a Saepta Julia, e, logo abaixo, o Templo de Adriano. | |
Madama Lucrezia, provavelmente a estátua de Ísis Sothis do templo, uma das estátuas falantes de Roma. | |
Informações gerais | |
Tipo | Templo |
Construção | 43 a.C. |
Geografia | |
País | Itália |
Cidade | Roma |
Localização | Região IX - Circo Flamínio |
Coordenadas | 41° 53′ 53,85″ N, 12° 28′ 40,65″ L |
Templo de Ísis e Serápis |
Templo de Ísis e Serápis (em latim: Iseum Campensis), chamado de Iseu (em latim: Iseum), era um santuário dedicado à deusa Ísis e seu consorte, Serápis, construído em Roma no Campo de Marte, entre a Saepta Iulia e o Templo de Minerva. O ingresso ao interior estava decorado com vários obeliscos de granito vermelho ou rosa de Assuão, importados no século I e erigidos aos pares: vários deles foram depois encontrados, partidos e incompletos, perto da basílica de Santa Maria sopra Minerva.
História
[editar | editar código-fonte]O culto a Ísis foi introduzido em Roma no século I a.C. depois de muita resistência da aristocracia tradicionalista: em 53 a.C., o Senado Romano decretou a demolição de capelas privadas construídas no interior das muralhas. O templo no Campo de Marte foi construído em 43 a.C.[1], mas o culto foi suspenso primeiro por Agripa (23 a.C.) e depois por Tibério. O culto foi depois reintroduzido por Calígula e perdurou até o final do Império. O edifício foi destruído num incêndio em 80 d.C.[2] e foi reconstruído por Domiciano[3]; novas alterações foram patrocinadas por Adriano e grande parte da estrutura foi restaurada pelos severianos. O santuário ainda existia no século V.
Características
[editar | editar código-fonte]O santuário, com 240 metros de comprimento e outros 60 de largura, estava divido em três partes: na intermediária estava uma área retangular, acedida através de arcos monumentais; em seguida foi descoberta uma praça decorada com pares de obeliscos e esfinges de granito vermelho de Assuão, no centro da qual estava o Templo de Ísis; uma abside semi-circular presumivelmente abrigava o serapeu, exatamente onde hoje está a igreja de Santo Stefano del Cacco.
Dos obeliscos que adornavam o complexo, ainda restaram o Obelisco do Panteão, o de Minerva e o Dogali; um quarto, minúsculo, possivelmente está em Urbino. Provavelmente está relacionada ao santuário a estátua de Ísis Sothis colocada em frente à basílica de San Marco e conhecida como Madama Lucrezia; desta mesma estátua provavelmente fazia parte o famoso Pé de Mármore, um fragmento encontrado numa via que hoje leva seu nome e que veste uma sandália típica das sacerdotisas de Ísis. Deste Iseu veio também uma estátua do Nilo, atualmente nos Museus Vaticanos, e do Tibre, atualmente no Louvre, além da famosa Pinha, também no Vaticano.
Localização
[editar | editar código-fonte]Planimetria do Campo de Marte central |
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- ↑ Dião Cássio, História romana, XLVII.15.4.
- ↑ Dião Cássio, História Romana, LXVI.24.2
- ↑ Eutrópio, Breviário da História Romana, VII.23.5.
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Archeo Commons» (em italiano). Consultado em 1 de setembro de 2015. Arquivado do original em 14 de março de 2011
- «Iseo Campense» (em italiano). Imperium Romanum