[go: up one dir, main page]

Saltar para o conteúdo

When I'm Sixty-Four

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
"When I'm Sixty-Four"
Canção de The Beatles
do álbum Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band
Lançamento 1 de junho de 1967
Gravação Abbey Road Studios, 6 a 21 de dezembro de 1966
Gênero(s) Pop, music hall
Duração 2:37
Gravadora(s) Parlophone, Capitol, EMI
Letra Lennon/McCartney
Produção George Martin
Faixas de Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band
"Within You Without You"
(8)
"Lovely Rita"
(10)

"When I'm Sixty-Four" é uma canção da banda britânica The Beatles, composta por Paul McCartney[1][2] (porém co-creditada a John Lennon) e lançada em 1967, no álbum Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band. Seu ritmo é baseado no music hall inglês dos anos 20 e 30, dando um tom de antiguidade à peça, unindo o sentido à letra da canção.

De acordo com pelo menos um biógrafo da banda, a canção "teria como alvo principalmente os pais, e como resultado obteve uma resposta fria da própria geração dos Beatles."[3]

A canção é interpretada pelo ponto de vista de um jovem para a sua amante, e trata dos seus planos de envelhecer com ela. Embora o tema seja este, foi uma das primeiras canções compostas por McCartney, quando ele tinha apenas dezesseis anos.[1] Os Beatles a utilizaram em seu início como uma canção que podiam tocar quando os amplificadores quebrassem ou na falta de energia elétrica.[4][5] Tanto George Martin quanto Mark Lewisohn especularam que McCartney teria pensado na canção quando iniciaram-se as gravações de Sgt. Pepper, em dezembro de 1966, porque seu pai teria feito 64 anos no início daquele ano.[4][5]

Lennon teria comentando, a respeito da canção: "Paul a compôs nos dias do Cavern. Só colocamos algumas palavras a mais na letra dela, como 'grandchildren on your knee' e 'Vera, Chuck and Dave' ... esta era somente uma que fazia bastante sucesso conosco."[6] Em sua entrevista de 1980 para a revista Playboy, Lennon também disse: "Eu jamais sonharia em compor uma canção como aquela."[2]

Instrumentação

[editar | editar código-fonte]

Um trio de clarinetes (dois clarinetes soprano em si bemol e um clarinete baixo) aparece com destaque na canção, o que é pouco comum na maior parte dos gêneros musicais, e especialmente no contexto do rock and roll. Compostas por Martin, foram acrescentadas a pedido de McCartney, para "contornar o fator piegas" usando os clarinetes "de uma maneira clássica."[5] No verso final da canção o clarinete é tocado em harmonia com o vocal de McCartney, um método pouco comum de harmonização, especialmente em 1967. Entre os instrumentos de acompanhamento estão piano honky-tonk, contrabaixo, guitarra elétrica e os sinos tubulares.

A canção foi gravada em 6 de dezembro de 1966, durante uma das primeiras sessões do próximo álbum da banda, ainda sem título, que posteriormente viria a ser Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band. Foram feitas múltiplas sessões de overdub, incluindo os vocais principais, de McCartney, em 8 de dezembro, além dos backing vocals feitos por McCartney e George Harrison, em 20 de dezembro. Os clarinetes foram gravados no dia seguinte.[7]

A canção está no tom de ré bemol maior; os Beatles a gravaram em dó maior, porém o take principal foi acelerado de forma a subir um semitom, por insistência do próprio McCartney. Martin se lembra de que Paul sugeriu esta mudança para fazer sua voz parecer mais jovem.[8] Em suas palavras, "eu queria parecer mais jovem, mas aquilo foi só para fazê-la parecer mais chamativa; apenas subi o tom porque ela estava começando a soar pomposa."[1]

Lançamento e recepção

[editar | editar código-fonte]

A canção foi quase lançada como lado B de um single, de "Strawberry Fields Forever" ou "Penny Lane"; George Martin, no entanto, acabou optando por lançá-la num single duplo (com dois lados A). O single não chegou à primeira posição nas paradas de sucesso britânicas, o que rompeu com um ciclo de primeiras posições da banda que se estendia até 1963.[9] Se a canção tivesse sido lançada como um lado B, não teria aparecido em Sgt. Pepper.

Referências
  1. a b c Barry Miles (1997). Paul McCartney: Many Years From Now. New York: Henry Holt & Company. 319 páginas. ISBN 0-8050-5249-6 
  2. a b David Sheff (2000). All We Are Saying: The Last Major Interview with John Lennon and Yoko Ono. New York: St. Martin's Press. 183 páginas. ISBN 0-312-25464-4 
  3. Ian MacDonald (1994). Revolution in the Head: the Beatles' Records and the Sixties. New York: Henry Holt and Company. 176 páginas. ISBN 0-8050-2780-7 
  4. a b Mark Lewisohn (1988). The Beatles Recording Sessions. New York: Harmony Books. 89 páginas. ISBN 0-517-57066-1 
  5. a b c George Martin with William Pearson (1994). With a Little Help from My Friends: The Making of Sgt. Pepper. Boston: Little, Brown. 34 páginas. ISBN 0-316-54783-2 
  6. The Beatles (2000). The Beatles Anthology. San Francisco: Chronicle Books. 247 páginas. ISBN 0-8118-2684-8 
  7. Mark Lewisohn (1988). The Beatles Recording Sessions. [S.l.: s.n.] pp. 89–91 
  8. George Martin (1994). With a Little Help from My Friends. [S.l.: s.n.] 35 páginas 
  9. George Martin (1994). With a Little Help from My Friends. [S.l.: s.n.] 26 páginas 
  10. Mark Lewisohn (1988). The Beatles Recording Sessions. [S.l.: s.n.] 90 páginas 

Ligações externas

[editar | editar código-fonte]