Síndrome do olho seco
Síndrome do olho seco | |
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Teste da lissamina verde positivo em paciente com quadro grave de olho seco.[1] | |
Especialidade | oftalmologia |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | H19.3 |
CID-9 | 370.33 |
CID-11 | 1067300253 |
OMIM | MTHU017601 |
DiseasesDB | 12155 |
MedlinePlus | 000426 |
eMedicine | oph/695 |
MeSH | D007638 |
Leia o aviso médico |
Síndrome do olho seco, também conhecida como ceratoconjuntivite sicca ou síndrome da disfunção lacrimal, é uma doença ocular multifatorial caracterizada pela diminuição na produção ou aumento na evaporação das lágrimas, que provoca desconforto, distúrbios visuais e instabilidade do filme lacrimal.[2][3] Outros sintomas associados incluem irritação, vermelhidão, secreção e olhos cansados. Os sintomas podem variar de leve e episódico a grave e frequente.[3][4] Em alguns casos sem tratamento, pode ocorrer a cicatrização da córnea.[2]
A síndrome pode ser desencadeada por disfunções da glândula acinotarsal, alergias, gravidez, síndrome de Sjögren, deficiência de vitamina A, a cirurgia LASIK e por certos medicamentos, como anti-histamínicos, alguns anti-hipertensivos, repositores hormonais e antidepressivos.[2][4] Conjuntivites crônicas, como aquelas causadas por exposição à fumaça de cigarro ou por infecções, também podem levar a essa condição.[2] O diagnóstico baseia-se principalmente nos sintomas, mas pode ser confirmado por exames específicos.[3][5]
O tratamento depende da causa subjacente. Lágrimas artificiais são o tratamento de escolha habitual. A suspensão ou troca de certos medicamentos em uso pode ajudar a controlar o quadro. Dentre as medicações de uso tópico, as mais indicadas são os colírios de ação anti-inflamatória (ciclosporina A, corticosteroides).[2][3] Em casos mais graves e resistentes, o médico pode recorrer a outras modalidades de tratamento, como o uso de lentes de contato esclerocorneanas, oclusão de pontos lacrimais e diversas técnicas cirúrgicas.[3]
A síndrome do olho seco é uma doença ocular comum, que pode afetar 5 a 34% das pessoas em algum grau, dependendo da população analisada.[4][6] Em indivíduos idosos, sua incidência pode chegar a 70%.[7]
- ↑ Vislisel, Jesse; Critser, Brice. «Lissamine green staining in keratoconjunctivitis sicca». Ophthalmology and Visual Sciences (em inglês). University of Iowa. Consultado em 22 de Agosto de 2016
- ↑ a b c d e «Facts About Dry Eye». National Eye Institute (em inglês). U.S. Department of Health and Human Services - National Institutes of Health. 2013. Consultado em 22 de Agosto de 2016
- ↑ a b c d e Fonseca et al 2010, p. 197-203.
- ↑ a b c Kanellopoulos, Asimellis 2016, p. 1-7.
- ↑ Tavares et al 2010, p. 84-93.
- ↑ Messmer 2015, p. 71-82.
- ↑ Ding, Sullivan 2013, p. 483-490.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Ding, J.; Sullivan, D.A. (julho de 2013). «Aging and dry eye disease». Experimental Gerontology (em inglês). 47 (7): 483-490. ISSN 0531-5565. Consultado em 22 de agosto de 2016
- Fonseca, E.C.; Arruda, G.V.; Rocha, E.M. (2010). «Olho seco: etiopatogenia e tratamento» (PDF). Arquivos Brasileiros de Oftalmologia. 73 (2): 197-203. ISSN 1678-2925. Consultado em 22 de agosto de 2016
- Kanellopoulos, A.J.; Asimellis, G. (janeiro de 2016). «In pursuit of objective dry eye screening clinical techniques» (PDF). Eye and Vision (em inglês). 3 (1): 1-7. ISSN 2326-0254. Consultado em 22 de agosto de 2016
- Messmer, E.M. (janeiro de 2015). «The pathophysiology, diagnosis, and treatment of dry eye disease». Deutsches Ärzteblatt International (em inglês). 112 (5): 71-82. ISSN 1866-0452. Consultado em 22 de agosto de 2016
- Tavares, F.P.; Fernandes, R.S.; Bernardes, T.F.; Bonfioli, A.A.; Soares, E.J. (maio de 2010). «Dry eye disease». Seminars in Ophthalmology (em inglês). 25 (3): 84-93. ISSN 0882-0538. Consultado em 22 de agosto de 2016