Relatório La Guardia
O Relatório La Guardia (em inglês: La Guardia Committee Report) foi o primeiro estudo detalhado sobre os efeitos de fumar a maconha.
Ele foi promovido em 1938 pelo prefeito de Nova York Fiorello La Guardia, que nomeou uma comissão de inquérito composta por médicos, professores e pesquisadores e, em 1944, opôs fortemente à campanha de repressão que Harry Anslinger foi travando contra as plantas de cânhamo.
O estudo foi apoiado, dentre outros, pela Academia de Medicina de Nova Iorque, pelo Commonwealth Fund, a Friedsam Foundation, e a New York Foundation.
Conclusões
[editar | editar código-fonte]Depois de mais de cinco anos de pesquisas os membros da comissão de estudo elaboraram um catálogo constituído de 13 pontos de destaque com as conclusões que foram alcançadas.[1] Deixando de lado a perspectiva sociológica e inerentes às estatísticas de consumo em zonas particulares de Nova Iorque, se estabeleceu que (pontos 7, 8 e 9):
- A prática de fumar a maconha "não conduz à dependência", no sentido médico do termo.
- A venda e distribuição da maconha não está sob o controle de nenhum único grupo organizado.
- O uso da maconha não leva à dependência da morfina ou heroína ou cocaína e nenhum esforço é realizado no sentido de criar um mercado para estes narcóticos, estimulando a prática de fumar a maconha.
Portanto, de acordo com o Relatório La Guardia a Teoria da passagem (em inglês: Gateway drug theory) carece de fundamento.
Consequências
[editar | editar código-fonte]Publicado em 1944, o relatório havia certamente irritar Harry Anslinger, que o sinalizou como não científico.[2]
- ↑ «The LaGuardia Report - Conclusions». Drug Library. Consultado em 15 de junho de 2012
- ↑ HARRY J. ANSLINGER: The Murderers THE STORY OF THE NARCOTIC GANGS, 1962
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Publicação online de Giancarlo Arnao que aprofunda os aspectos do proibicionismo
- "Maconha assassina da juventude" Exemplo de artigo propaganda de Anslinger (1937)
- O Relatótio La Guardia