Romance sentimental
O romance sentimental (em inglês: sentimental novel), também chamado romance de sentimento, é um sub-gênero de romance, extremamente popular entre 1770 e 1790, caracterizado por enaltecer as virtudes do sentimentalismo. Entre os autores mais célebres de romances sentimentais estão Maria Edgeworth, Samuel Richardson, Oliver Goldsmith, Antoine François Prévost, Goethe e Jean-Jacques Rousseau.
Características
[editar | editar código-fonte]Romances sentimentais são caracterizados pela caracterização dos personagens como sendo extremamente emocionais e simpáticos em relação ao mundo e às pessoas ao seu redor, enxergando beleza no mundo natural.[1] Com a valorização da virtude do sentimento acima da do intelecto, elementos como a subjetividade e a exploração do estado psicológico e emocional dos personagens torna-se central na escrita dos romance sentimentais, havendo no geral por parte dos autores um desprendimento em relação às estruturas formais da tradição literária do período.[2][3]
Nesse sentido, o enredo deste tipo de romance se dá não através de uma sequência de fatos e acontecimentos, mas sim pelos diferentes estados emocionais dos personagens.[4] Em enredos de romances sentimentais como A Sentimental Journey, publicado por Laurence Sterne em 1768, ou The Man of Feeling, de Henry Mackenzie, publicado em 1771, os personagens passam por situações de terrível sofrimento, mas também emoção — de forma que são os estados emocionais que ditam a narrativa, invés dos acontecimentos.[4]
- ↑ Encyclopaedia Britannica 2012.
- ↑ Braudy 1973, p. 12-13.
- ↑ Braudy 1973, p. 5.
- ↑ a b Rowland 2008, p. 193.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Braudy, Leo (1973). «The Form of the Sentimental Novel». Durham: Duke University Press. NOVEL: A Forum on Fiction. 7 (1): 5-13
- «Sentimental novel». Encyclopaedia Britannica. Encyclopaedia Britannica. 2012
- Rowland, Ann Wierda (2008). «Sentimental Fiction». In: Maxwell, Richard; Trumpener, Katie. The Cambridge Companion to Fiction in the Romantic Period. Cambridge: Cambridge University Press. pp. 191–206