Rodrigo Delfim Pereira
Rodrigo Delfim | |
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1.º Senhor da Quinta das Murtas | |
Nascimento | 4 de novembro de 1823 |
São José do Vale do Rio Preto, Rio de Janeiro, Brasil | |
Morte | 31 de janeiro de 1891 (67 anos) |
Santos-o-Velho, Lisboa, Portugal | |
Sepultado em | Cemitério dos Prazeres, Estrela, Lisboa, Portugal |
Esposa | Carolina Maria Bregaro |
Descendência | Carolina Maria Manuel Rodrigo Maria Germana |
Pai | Pedro I do Brasil |
Mãe | Maria Benedita de Castro Canto e Melo |
Rodrigo Delfim Pereira ComC • ComA (São José, 4 de Novembro de 1823 – Santos-o-Velho, 31 de Janeiro de 1891) foi um diplomata brasileiro, filho legitimado do imperador Dom Pedro I do Brasil e de sua amante, Maria Benedita de Castro Canto e Melo, a Baronesa de Sorocaba.
Família
[editar | editar código-fonte]Desde o início foi considerado como filho ilegítimo do imperador Pedro I do Brasil, fruto de uma relação extraconjugal com Maria Benedita de Castro Canto e Melo, Baronesa de Sorocaba (pelo seu casamento com Boaventura Delfim Pereira, 1º Barão de Sorocaba).
A confirmação deste fato foi dada pelo Testamento do Imperador (feito em Paris a 21 de Janeiro de 1832, no Notário Público Noel Lecour, na Rue de la Paix), o qual, deixando a terça aos seus filhos ilegítimos, ali o mencionar, e recomenda, com a sua proteção e amparo, a imperatriz Amélia de Leuchtenberg.[1][2]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Foi o Ministro do Brasil nas cidades de Berlim, Paris, Hamburgo, etc.[3]
1.º Senhor da Quinta das Murtas, na Freguesia de Santa Maria e São Miguel, Sintra.[1]
“ | Dezembro 1909. O Mardel é um homemzinho pitoresco e anecdotico que conhece Lisboa como as suas mãos. Ninguem como elle desenha um tipo ou vae ao passado buscar uma figura. Sabe tudo e inventa o resto. É um prazer ouvil-o. Constroe genealogias, negoceia em bric-à-brac e escreve satyras. D'uma vez, a um figurão que se dizia filho natural de D. Pedro IV e que mostrava desvanecido a toda a gente o retrato do rei que tinha na sala, perguntando: - Hein, com quem se parece?... - escreveu elle a seguinte quadra:
Do Imperador, de quem diz que é filho, |
” |
Condecorações
[editar | editar código-fonte]- Comendador da Ordem Militar de Cristo, em Portugal[1][3]
- Comendador da Ordem Militar de Avis, em Portugal[1][3]
- Cavaleiro da Ordem Nacional da Legião de Honra, de França[1][3]
Faleceu aos 67 anos de uma síncope cardíaca, pelas dezasseis horas do dia 31 de Janeiro de 1891, na Rua dos Capelistas, freguesia de Santos-o-Velho, sendo sepultado em jazigo particular no Cemitério dos Prazeres. Deixa três filhos, a mulher e inúmeros netos.
Casamento e descendência
[editar | editar código-fonte]Casou-se no Rio de Janeiro a 14 de Novembro de 1851 com D. Carolina Maria Bregaro (Rio de Janeiro, 14 de Janeiro de 1836 - Santos-o-Velho, 30 de Dezembro de 1915), filha de Manuel Maria Bregaro, natural do Brasil, e de sua mulher Célestine Clémence Amyot, natural de Paris, com quem teve três filhos:[3][4][5]
- D. Carolina Maria de Castro Pereira (Berlim, 16 de Agosto de 1854 - Santos-o-Velho, 5 de Dezembro de 1878), casada a 24 de Janeiro de 1876 com Pedro Maurício Correia Henriques, 2.º Visconde de Seisal e 2.º Conde de Seisal, de quem foi primeira mulher, com geração;
- Dr. D. Manuel Rodrigo de Castro Pereira (Paris, 1 de Maio de 1858 - Santos-o-Velho, 15 de Fevereiro de 1921), Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, 2.º Senhor da Quinta das Murtas, na Freguesia de Santa Maria e São Miguel, Sintra, casado a 18 de Maio de 1885 com D. Cecília Maria van Zeller (São Paulo, 26 de Dezembro de 1867 - Santos-o-Velho, 21 de Janeiro de 1959), filha de Eduardo van Zeller (Porto, Vitória, 29 de Novembro de 1819 - Sintra, Santa Maria e São Miguel, 5 de Agosto de 1889) e de sua mulher Isabel Eugénia Cairns, de quem teve doze filhos e filhas, uma delas mãe de Francisco José Pereira Pinto Balsemão;
- D. Maria Germana de Castro Pereira (Hamburgo, Alemanha, 19 de Junho de 1860 - Sintra, 5 de Novembro de 1954), Dama Camarista da Rainha D. Amélia de Orleães, casada a 28 de Abril de 1884 com seu cunhado Pedro Maurício Correia Henriques, 2.º Visconde de Seisal e 2.º Conde de Seisal, de quem foi segunda mulher, com geração extinta;
Teve um filho natural:
- D. Pedro Rodrigues Pereira (Lisboa, 1844 - San Juan, 1866), solteiro e sem geração.
Ascendência
[editar | editar código-fonte]Ancestrais de Rodrigo Delfim Pereira | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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- ↑ a b c d e "Anuário da Nobreza de Portugal - 1985", Direção de Manuel de Mello Corrêa, Instituto Português de Heráldica, 1.ª Edição, Lisboa, 1985, Tomo II, p. 535
- ↑ "Nobreza de Portugal e do Brasil", Direcção de Afonso Eduardo Martins Zuquete, Editorial Enciclopédia, 2.ª Edição, Lisboa, 1989, Volume Primeiro, p. 749
- ↑ a b c d e "Costados", D. Gonçalo de Mesquita da Silveira de Vasconcelos e Sousa, Livraria Esquina, 1.ª Edição, Porto, 1997, N.º 85
- ↑ "Anuário da Nobreza de Portugal - 1985", Direção de Manuel de Mello Corrêa, Instituto Português de Heráldica, 1.ª Edição, Lisboa, 1985, Tomo I, pp. 535, 536 e 539
- ↑ "Nobreza de Portugal e do Brasil", Direcção de Afonso Eduardo Martins Zuquete, Editorial Enciclopédia, 2.ª Edição, Lisboa, 1989, Volume Terceiro, p. 749