Parque Nacional da Lagoa do Peixe
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Parque Nacional da Lagoa do Peixe | |||||||||||||||||
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Categoria II da IUCN (Parque Nacional) | |||||||||||||||||
Interior do parque, em Mostardas | |||||||||||||||||
Localização | Rio Grande do Sul, Brasil. | ||||||||||||||||
Dados | |||||||||||||||||
Área | 36 722 ha[1] | ||||||||||||||||
Criação | 06 de novembro de 1986[1] | ||||||||||||||||
Gestão | ICMBio[1] | ||||||||||||||||
Sítio oficial | PARNA da Lagoa do Peixe | ||||||||||||||||
Coordenadas | |||||||||||||||||
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O Parque Nacional da Lagoa do Peixe está localizado no litoral sul do estado do RS, abrangendo os municípios de Tavares (80%), Mostardas (17%) e São José do Norte (3%). A unidade foi criada através do Decreto nº 93.546, emitido em 06 de novembro de 1986 (38 anos). Possui uma área de 36 722 ha e perímetro de 138,84 km (cálculo cartográfico). Atualmente é administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
O acesso pelo norte é feito a partir de Porto Alegre, através da RS-040 até Capivari (90 km - estrada asfaltada); de Capivari do Sul, pela RST-101 até Mostardas (120 km - estrada asfaltada), onde se localiza a sede administrativa do Parque, na Praça Prefeito Luiz Martins, nº 30. Daí aos limites da unidade são mais 25 km. As cidades mais próximas do PARNA são Tavares e Mostardas, que distam da capital do estado, Porto Alegre, 230 e 200 km, respectivamente.
Clima
[editar | editar código-fonte]O clima é subtropical úmido, apresentando temperatura média de 16,5°C e precipitações médias anuais de 1.186 mm.
Fauna e flora
[editar | editar código-fonte]A Lagoa do Peixe - tecnicamente uma laguna, pois tem um canal de comunicação com o mar durante a maior parte do ano - é abrigo para grandes concentrações de aves migratórias do Hemisfério Norte (no verão) e Sul (no inverno), dentre elas capororocas (Coscoroba coscoroba), flamingos (Phoenicopterus ruber), biguás, maçaricos-de-peito-vermelho, gaivotas, talha-mares, pirus-pirus, trinta-réis, maçaricos e o cisne-de-pescoço-preto (Cygnus melancoryphus).
Dentre os mamíferos podem ser avistados graxains, tatus, pequenos roedores e, entre os meses de julho e outubro, a baleia franca migrando para Santa Catarina.
Trazidos pelas correntes marinhas, não é raro se encontrar nas areias da praia tartarugas marinhas, pinguins e mesmo lobos-marinhos, conforme a época do ano. A Mata de Restinga, os banhados e as dunas completam as atrações da unidade.
Atrações
[editar | editar código-fonte]O Parque não dispõe de infraestrutura de visitação e é proibido acampar em sua área. Muito interessante é o passeio pela orla do mar ou da Laguna dos Patos, nas proximidades do parque, onde podem ser encontrados vestígios de diversos naufrágios e faróis que registram o grande perigo para os navegantes nesta parte do Rio Grande do Sul. Dentre eles destacam-se o Farol de Mostardas e o Farol da Solidão na orla do Atlântico, e o Farol Cristóvão Pereira e o Farol Capão da Marca, às margens da Laguna dos Patos.
Lagoa do Peixe
[editar | editar código-fonte]A Lagoa do Peixe está situada no litoral sul do estado do Rio Grande do Sul, no istmo formado pela Laguna dos Patos e o Oceano Atlântico, no território do município de Tavares, com seus extremos em 31º26' S, 51º10' W e 31º14'S, 50º54'W. Tecnicamente uma laguna, – pois tem um canal de comunicação com o mar durante a maior parte do ano – o espelho d'água de 35 km de extensão é ponto de encontro e verdadeiro "restaurante" para grandes concentrações de aves migratórias do hemisfério Norte (no verão) e Sul (no inverno), dentre elas as capororocas (Coscoroba coscoroba), os flamingos (Phoenicopterus ruber), os biguás, os maçaricos-de-peito-vermelho, as gaivotas, os talha-mares, os pirus-pirus, os trinta-réis, os maçaricos e o cisne-de-pescoço-preto (Cygnus melancoryphus). Dentre os mamíferos podem ser avistados graxains, tatus e pequenos roedores.
Não só as aves se alimentam dos frutos da lagoa, também os pescadores da região praticam a pesca do camarão-rosa (Farfantepenaeus paulensis), na época da safra, com licenças de pesca concedidas pelo IBAMA.
Impacto de Mudanças Climaticas no Parque Nacional Lagoa do Peixe
[editar | editar código-fonte]Devido às mudanças climáticas, o Parque Nacional da Lagoa do Peixe está sofrendo com severas secas. A Lagoa do Peixe localizada neste parque secou até 90%.[2] Em consequência às mudanças climáticas, a área teve muito tempo seco e recebeu poucas chuvas.[3] Como houve pouca precipitação durante muitos anos pela área, o nível da água da lagoa diminuiu significativamente, criando grandes secas no parque. Quantidades excessivas de vegetação do parque secaram e foram danificadas porque não foram regadas por muito tempo.[4] Os animais que vivem neste ecossistema correm alto risco de perder os seus habitats naturais, resultando em perdas incalculáveis de biodiversidade na região.
- ↑ a b c «PARQUE NACIONAL DA LAGOA DO PEIXE». Cadastro Nacional de Unidades de Conservação - Relatório Completo. 13 de abril de 2012. Consultado em 13 de abril de 2012
- ↑ Dalcin, Cristiano (8 de fevereiro de 2023). «"Um Ano Depois, Lagoa Do Peixe Volta a Secar No Rs: 'Catástrofe', Diz Pescador."». Globo.com. Consultado em 1 outubro 2023
- ↑ «Droughts and Climate Change | U.S. Geological Survey». www.usgs.gov. Consultado em 30 de outubro de 2023
- ↑ De Tavares, Aline Custódio. «"Parque Nacional Da Lagoa Do Peixe SE Recupera de Seca Devastadora, Mas Mudança Climática Ainda Ameaça."». GZH