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Serra de Uruburetama

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Se procura outros significados de Uruburetama, veja Uruburetama (desambiguação).
A cultura banana é a base da economia da região da serra de Uruburetama. É também a principal causa da destruição da vegetação local.

A serra de Uruburetama é uma serra localizada no noroeste do Ceará. Trata-se de um dos maçiços residuais dispersos nas depressões sertanejas cearenses. Está distribuída pelos territórios dos municípios de Irauçuba,Itapipoca, Uruburetama, Tururu e Itapajé. Seu ponto culminante é a "Serra do Coquinho" no limite dos municípios de Itapipoca e Itapajé com 1.081 m de altitude, sendo o 4° maior do estado.

Vista da cidade de Uruburetama com a serra ao fundo

Seus climas predominantes são o tropical quente úmido, nas maiores altitudes e o tropical quente semi-árido brando nas menores altitudes. Devido à sua altitude e à sua proximidade do mar apresenta pluviometria média maior que a média da região onde está localizada. A vegetação existente nas menores altitudes é a floresta subcaducifólia tropical pluvial (ou mata seca), caracterizada pela existência de grandes árvores que perdem suas folhas no período seco. Em maiores altitudes é encontrada a floresta subperenifólia tropical pluvio-nebular (ou mata úmida serrana), onde a vegetação tem uma folhagem permanente.[1]

Pedra do Frade, município de Itapajé.

A vegetação, especialmente a mata úmida, apresenta atualmente uma cobertura bastante reduzida. Isso ocorre em função desmatamento para retirada de lenha e para o cultivo de frutas, principalmente a banana. Os municípios de Itapipoca e Uruburetama estão entre os principais produtores desta fruta no estado do Ceará sendo seu cultivo concentrado basicamente na serra.

Além da agricultura, a serra é importante fornecedora de água para o abastecimento dos municípios da região, pois, mesmo no período mais seco típico do segundo semestre no semi-árido setentrional nordestino, as nascentes continuam a abastecer córregos que descem a serra na direção da caatinga, como o rio Mundaú e Cruxati. A serra funciona também como divisor de águas das bacias hidrográficas dos rios Mundaú e Curu.

Essa Serra foi chamada de "Serra dos Corvos", por Luís Figueira, um dos primeiros europeus a percorrer-la em 1607.[2]

Referências

MATOS, Marcos Aureliano Bezerra. Paulo Bastos: o patriarca de Irauçuba. Fortaleza: Premius editora, 2018. 229 p.

  1. Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos - FUNCEME.
  2. A RELAÇÃO DO MARANHÃO: A FÚRIA DE CONTRASTES ENTRE JESUÍTAS E NATIVOS NO CEARÁ DO SÉCULO XVII, acesso em 03 de novembro de 2016.
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