[go: up one dir, main page]

Saltar para o conteúdo

Santa Ernestina

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Santa Ernestina
  Município do Brasil  
Entrada de Santa Ernestina, vindo de Taquaritinga
Entrada de Santa Ernestina, vindo de Taquaritinga
Entrada de Santa Ernestina, vindo de Taquaritinga
Símbolos
Bandeira de Santa Ernestina
Bandeira
Brasão de armas de Santa Ernestina
Brasão de armas
Hino
Gentílico santa-ernestinense
Localização
Localização de Santa Ernestina em São Paulo
Localização de Santa Ernestina em São Paulo
Localização de Santa Ernestina em São Paulo
Santa Ernestina está localizado em: Brasil
Santa Ernestina
Localização de Santa Ernestina no Brasil
Mapa
Mapa de Santa Ernestina
Coordenadas 21° 27′ 46″ S, 48° 23′ 27″ O
País Brasil
Unidade federativa São Paulo
Municípios limítrofes Guariba, Dobrada e Taquaritinga
Distância até a capital 324 km
História
Fundação 1965 (58–59 anos)
Administração
Prefeito(a) Marcelo Veronezi (Verô) (Cidadania, 2021–2024)
Características geográficas
Área total [1] 134,421 km²
População total (Censo IBGE/2022[2]) 6,118 hab.
Densidade 0 hab./km²
Clima tropical (Aw)
Altitude 570 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2010[3]) 0,738 alto
PIB (IBGE/2020[4]) R$ 106 milhões
PIB per capita (IBGE/2020[4]) R$ 19 013,15

Santa Ernestina é um município brasileiro do estado de São Paulo. De acordo com o censo de 2022, promovido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), possui uma população de 6.118 habitantes.

O município levou o nome de uma santa(alemã), para homenagear a nora do fundador da Estrada de Ferro Araraquarense, Carlos Batista de Magalhães, que lá implantou uma estação. Ernestina Reis de Magalhães, foi casada com o "barão do café" Carlos Leôncio de Magalhães, o maior cafeicultor do Brasil no início do século XX. Com ele teve 8 filhos: Maria José, Carlos, Oswaldo, Ernestina, Maria Cecilia, Paulo, Adelaide e José Carlos Reis de Magalhães. A grande dama, senhora de excelsas virtudes cristãs, nasceu no Rio de Janeiro, em 1876, filha de José Monteiro Reis e Adelaide Monteiro Palha, viveu na lendária Fazenda Cambuhy em Matão, entre 1900 e 1914, e faleceu em São Paulo, em 1968.

A referida Estação Ferroviária, inaugurada em 2 de abril de 1901, que é o "berço" da cidade, foi construída para favorecer o escoamento do café, oriundo da fazenda de Carlos Magalhães, que ficava na região. Na época, quase não havia moradores no lugar, destacavam apenas dois: Manoel de Almeida Rollo e João Lourenço Leite, o qual doou terras para um pequeno loteamento. No entanto, para identificar a parada do trem, foi posto a princípio, o nome de "Estação Ernestina". Logo em seguida, começou a formar um povoado ao redor da estação, o qual foi batizado como "Vila de Santa Ernestina", que depois passou a Distrito de Taquaritinga.

Desenvolvimento econômico

[editar | editar código-fonte]

Após a construção da estação férrea, Santa Ernestina começou a desenvolver-se e alcançou seu apogeu entre os anos de 1930 e 1940, quando anualmente embarcavam milhares de sacas de café beneficiado, em trens especiais e fretados com destino à S.Paulo depois, ao porto de Santos.

Na época dos embarques, podia observar-se um intenso trânsito de veículos como: carroças, carroções, carros de boi e alguns caminhões da época, os quais traziam o café, oriundo das fazendas que circundavam Santa Ernestina e, se acumulavam ao redor da estação, desembarcando e recolhendo no armazém interno e às vezes, carregavam as milhares de sacas, diretamente nos vagões do trem.

E assim, a "Vila" (como era chamada) progrediu no auge do Café, onde os fazendeiros e colonos faziam suas compras no Armazém dos Messa Puerta e o "Ranca Toco" foi formado por colonos meeiros da tradicional Fazenda Água Santa. A partir dos anos 1960 a citricultura tomou o lugar do café como principal atividade agrícola, quando Santa Ernestina ficou conhecida como a "Terra da Laranja". Por fim, o cultivo de laranja foi substituído pelo plantio de cana, que se fortaleceu e predomina até os dias atuais.

Em 1964, emancipou-se como município, sendo comemorado seu aniversário, todo 21 de março de cada ano. Recebeu também o cognome de "Cidade Alegria". A economia da cidade atualmente gira em torno da Usina Sucroalcooleira do Grupo Raízem, maior fonte de emprego da cidade e do comércio da cidade.

Dados do Censo - 2016

População total: 5.672

  • Urbana: 5.145
  • Rural: 423
  • Homens: 2.852
  • Mulheres: 2.716

Densidade demográfica (hab./km²): 42,53

Mortalidade infantil até 1 ano (por mil): 15,80

Expectativa de vida (anos): 71,25

Taxa de fecundidade (filhos por mulher): 2,60

Taxa de alfabetização: 90,45%

Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M): 0,770

  • IDH-M Renda: 0,685
  • IDH-M Longevidade: 0,771
  • IDH-M Educação: 0,854

(Fonte: IPEADATA)

Igreja Católica

[editar | editar código-fonte]

Apesar do município possuir o nome de Santa Ernestina, a localidade tem como padroeiros locais, São Joaquim e Sant'Ana. A primeira capela, remonta a época da construção da estrada de ferro, em 1900. Em 1965 uma comissão formada pelos moradores locais deram início a construção da atual igreja Matriz. A paróquia é reconhecida regionalmente pela sua festa em louvor aos santos padroeiros realiza no mês de Julho e pelas missas da Renovação Carismática, que atrai fiéis a cidade. A paróquia faz parte da Diocese de Jaboticabal, forânia de São Sebastião. Peregrinos recorrem aos Milagrosos Padroeiros: São Joaquim e Sant'Ana em busca de graças e bênçãos (Principalmente mulheres ou casais quem dificuldades em engravidar).

Igrejas
  • Igreja Matriz São Joaquim e Sant'Ana - localizada na praça São Joaquim, no centro da cidade.
  • Igreja de Santa Rita - localizada na Vila Bonfim, seu estilo relembra a primeira igreja da cidade, a única a possuir relógio na torre.
  • Capela de Nossa Senhora Aparecida - localizada no Jardem Vanessa, a comunidade realiza anualmente a novena, quermesse e procissão em louvor a padroeira.
  • Capela de Nossa Senhora do Carmo da Saudade - localizada no cemitério municipal.
Comunidades
  • Comunidade São Joaquim = Centro e Vila Tonini
  • Comunidade Santa Ana = Jardim Bela Vista, Jardim Nova Santa Ernestina.
  • Comunidade Nossa Senhora Aparecida = Jardim Vanessa, Viela Sant'Ana, Viela São Joaquim e Jardim Beatriz.
  • Comunidade Santa Luzia = Vila Piva, Chacaras Santo Antonio, Jardim Sol Nascente
  • Comunidade Santa Rita = Vila Bonfim e Jardim São Thomas
  • Comunidade São Paulo Apostolo = Jardim São Paulo e Vila Rodrigues
  • Comunidade Três Santos Arcanjos = Jardim Antonio Sérgio Corona II
  • Comunidade São Brás = Jardim Antonio Sérgio Corona I

Fonte - ARTESP

A cidade é servida por quatro linhas de ônibus, que interligam as cidades das regiões:

  • Matão - Santa Ernestina Via Dobrada
  • Matão - Taquaritinga via Dobrada e Santa Ernestina
  • Santa Ernestina - Guariba via Usina Bonfim
  • Matão - Ribeirão Preto via Dobrada, Santa Ernestina, Usina Bonfim e Jaboticabal

Comunicações

[editar | editar código-fonte]

A cidade foi atendida pela Companhia Telefônica Brasileira (CTB) até 1973[6], quando passou a ser atendida pela Telecomunicações de São Paulo (TELESP), que construiu a central telefônica utilizada até os dias atuais. Em 1998 esta empresa foi privatizada e vendida para a Telefônica[7], sendo que em 2012 a empresa adotou a marca Vivo[8] para suas operações de telefonia fixa.

Administração

[editar | editar código-fonte]
Referências
  1. IBGE (2022). «Áreas Territoriais». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 23 de novembro de 2023 
  2. «Censo Populacional 2022». Censo Populacional 2022. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 2022. Consultado em 23 de novembro de 2023 
  3. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2013. Consultado em 23 de novembro de 2023 
  4. a b «Produto Interno Bruto - PIB». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 23 de novembro de 2023 
  5. «Santa Ernestina -- Estações Ferroviárias do Estado de São Paulo». www.estacoesferroviarias.com.br. Consultado em 15 de outubro de 2020 
  6. «Relação do patrimônio da CTB incorporado pela Telesp» (PDF). Diário Oficial do Estado de São Paulo 
  7. «Nossa História». Telefônica / VIVO 
  8. GASPARIN, Gabriela (12 de abril de 2012). «Telefônica conclui troca da marca por Vivo». G1 

Ligações externas

[editar | editar código-fonte]