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Maritime Jewel

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O Maritime Jewel é um navio-petroleiro de casco duplo construído no ano de 2000; o seu comprimento é de 1 100 pés (340 m) e sua largura é de 190 pés (58 m). Ele era conhecida como MV Limburg até 2003.

Em 6 de outubro de 2002, MV Limburg estava carregando 397 000 barrils (63 000 m3) de óleo bruto a partir do Irão para a Malásia, e foi para o golfo de Áden, ao largo do Iémen para pegar outra carga de petróleo. Ele foi registada sob uma bandeira francesa e havia sido fretado pela Malásia, da empresa Petronas.

Enquanto ela estava a alguma distância da costa, bombistas suicidas bateram num bote carregado de explosivos no lado estibordo do petroleiro. Após a detonação, o navio pegou fogo e cerca 90 000 barrils (14 000 m3) de óleo vazaram no Golfo de Aden.[1] Apesar de as autoridades iemenitas inicialmente afirmaram que a explosão foi causada por um acidente, investigações posteriores encontraram vestígios de TNT no navio danificado.

Um membro da tripulação, de 38 anos, búlgaro chamado Atanas Atanasov, foi morto, e outros 12 membros da tripulação ficaram feridos.[2] O incêndio foi extinto, e quatro dias depois o MV Limburg foi rebocado para Dubai, emirados Árabes Unidos. O navio foi renomeado Maritime Jewel, e comprado pelo Tanker Pacific, e reparado em Dubai Drydocks de março a agosto de 2003.[3][4]

Impacto económico

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O ataque causou a curto prazo o colapso do transporte no Golfo de Aden, assim como a nível internacional e como resultado, o custo para o Iémen foi de $3,8 milhões por mês nas receitas portuárias.[5]

Responsabilidade

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A Al-Qaeda reivindicou a responsabilidade pelo ataque no website Jehad.net, que já foi encerrado. O Osama bin Laden , emitiu uma declaração em que dizia:

Ao explodir um petroleiro no Iémen, os guerreiros sagrados atingiram a corda umbilical e linha de vida da comunidade crusada, fazendo lembrar ao inimigo o custo pesado do sangue e gravidade das perdas que teram que perdurar pela sua agressão repetida às nossas comunidades e saqueamento das nossas riquezas.[5]

Em 3 de fevereiro de 2006, Fawaz Yahya al-Rabeiee, que tinha sido condenado à morte pelo ataque ao MV Limburg,[6] e 22 outros suspeitos ou membros condenados da Al-Qaeda escaparam da prisão no Iémen. Entre eles estava Jamal al-Badawi, que dirigiu o ataque ao USS Cole de 12 de outubro de 2000. Dos 23 fugitivos, 13 haviam sidos condenados pelo ataques de Cole e Limburg.[7] Em 1 de outubro de 2006, al-Rabeiee e Mohammed Daylami foram mortos a tiro pelas forças de segurança Iemenitas durante os ataques em dois edifícios na capital Saná. Um dos cúmplices de al-Rabeiee também foi preso durante os ataques.

Em fevereiro de 2014 Ahmed al-Darbi se declarou culpado perante a comissão militar de Guantánamo para ajudar a planear vários ataques terroristas marítimas, incluindo o ataque do Limburg. Por altura do ataque, al-Darbi já tinha sido detido em Guantanamo.[8]

Referências
  1. «A Synopsis of the Terrorist Threat Facing the O&G Industry». Oil and Gas Industry Terrorism Monitor. Consultado em 26 de dezembro de 2007. Cópia arquivada em 25 de março de 2007 
  2. «Al-Qaeda fugitive killed in Yemen». BBC. 1 de outubro de 2006. Consultado em 26 de dezembro de 2007 
  3. «Dubai Drydocks continues its drive forward». The Motorship. Mercator Media Ltd. 1 de agosto de 2003. Consultado em 6 de outubro de 2016 
  4. «Company Profile: Dubai Drydocks». MarineLink. Maritime Activity Reports, Inc. 9 de setembro de 2003 
  5. a b Rollie Lal; Brian A. Jackson; Peter Chalk; Farhana Ali; William Rosenau (2006). «The MIPT Terrorism Annual 2006» (PDF). Memorial Institute for the Prevention of Terrorism. p. 26. Consultado em 25 de fevereiro de 2008. Cópia arquivada (PDF) em 24 de agosto de 2006 
  6. «Harsher Sentences Awarded and Appeals Rejected in Yemen's Terrorism Trial». wikileaks. 12 de fevereiro de 2005. Consultado em 27 de setembro de 2016 
  7. «Hunt on for Yemeni jailbreakers». BBC News. 4 de fevereiro de 2006. Consultado em 10 de fevereiro de 2008 
  8. «Charles Savage, "Guantánamo Detainee Pleads Guilty in 2002 Attack on Tanker Off Yemen"». www.nytimes.com. 20 de fevereiro de 2014. Consultado em 31 de outubro de 2015 

Ligações externas

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