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Mosteiro de Hodegon

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Mosteiro de Hodegon
Mosteiro de Hodegon
Constantinopla bizantina
Informações gerais
Estilo dominante bizantino
Religião Ortodoxia Oriental
Ano de consagração século V
Geografia
País Turquia
Localização Istambul
Região Fatih
Coordenadas 41° 00′ 33″ N, 28° 59′ 06″ L
Mapa
Localização em mapa dinâmico

O Mosteiro de Hodegon (em grego: μοναστήρι Οδηγών; romaniz.: monastí̱ri Hodegon; lit. "mosteiro dos guias, condutores"; também referido como Mosteiro de Panágia Hodegétria, lit. "Ela que mostra o caminho") foi um mosteiro em Constantinopla situado a leste de Santa Sofia próximo às muralhas do mar. Atualmente são visíveis apenas algumas ruínas próximas do parque Gülhane.[1]

Adquiriu seu nome aparentemente dos monges que conduziam peregrinos cegos para uma fonte miraculosa situada ao lado da igreja do mosteiro que era capaz de restaurar a visão.[2] Alegadamente[3] o mosteiro foi fundado no século V por Santa Élia Pulquéria (399-453), uma filha do imperador Arcádio (r. 395–408), para abrigar relíquias sagradas, que mais tarde incluiu o Ícone da Hodegetria, que se acreditava ter sido pintado por São Lucas. Posteriormente, todas as terças, o ícone era removido da igreja e levado em procissão pelas ruas da capital, acompanhado por multidões que esperavam por curas miraculosas.[2]

O complexo do mosteiro foi reconstruído no século IX, possivelmente pelo imperador Miguel III, o Ébrio (r. 842–867), e novamente no século XII. No período Paleólogo um escritório (scriptorium) foi instalado ali e especializado na produção de manuscritos litúrgicos luxuosos; dentre seus escribas estavam Chariton (fl. 1319–46) e Josafá (fl. 1360–1405/1406). Os imperadores paleólogos tiveram laços estreitos com o mosteiro e visitaram-o frequentemente: Andrônico III Paleólogo (r. 1328–1341) morreu no mosteiro. Durante o final do século XIII e começo do século XIV o mosteiro foi cedido ao patriarcado de Antioquia como metóquio e serviu como residência dos monges sírios em visita à Constantinopla.[2]

Referências
  1. Demangel 1939, pp. 71–111.
  2. a b c Kazhdan 1991, p. 939.
  3. Mango 2000, p. 17-25, notas 15 e 58.
  • Demangel, Robert; Ernest Mamboury (1939). «Le quartier des Manganes et la première région de Constantinople». Paris. Recherches françaises en Turquie. 2 
  • Kazhdan, Alexander Petrovich (1991). The Oxford Dictionary of Byzantium. Nova Iorque e Oxford: Oxford University Press. ISBN 0-19-504652-8 
  • Mango, Cyril (2000). «Constantinople as Theotokoupolis». In: Vassikali. Mother of God. [S.l.]: Skira Editore