Monsanto (Idanha-a-Nova)
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Freguesia portuguesa extinta | ||||
Vista panorâmica da aldeia/vila histórica de Monsanto | ||||
Localização | ||||
Localização de Monsanto no município de Idanha-a-Nova | ||||
Localização de Monsanto em Portugal Continental | ||||
Mapa de Monsanto | ||||
Coordenadas | 40° 02′ 22″ N, 7° 06′ 51″ O | |||
Município primitivo | Idanha-a-Nova | |||
Município (s) atual (is) | Idanha-a-Nova | |||
Freguesia (s) atual (is) | Monsanto e Idanha-a-Velha | |||
História | ||||
Extinção | 2013 | |||
Características geográficas | ||||
Área total [1] | 131,95 km² | |||
População total (2011) [2] | 829 hab. | |||
Densidade | 6,3 hab./km² | |||
Outras informações | ||||
Orago | Divino Salvador |
Monsanto (ou Monsanto da Beira) é uma vila portuguesa que foi sede da Freguesia de Monsanto do Município de Idanha-a-Nova, que pertenceu à antiga província da Beira Baixa e integra atualmente a sub-região da Beira Interior Sul da Região do Centro, freguesia que tinha 131,95 km² de área e 829 habitantes (2011) e, portanto, uma densidade populacional de 6,3 hab/km².
A Freguesia de Monsanto foi extinta (agregada) em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, para, em conjunto com a Freguesia de Idanha-a-Velha, formar uma nova freguesia denominada União das Freguesias de Monsanto e Idanha-a-Velha da qual é a sede.[3]
A povoação de Monsanto havia sido elevada à categoria de vila em 1927.[4]
Foi sede de concelho entre 1174 e 1853.[5] Este era constituído pelas freguesias da sede: Aldeia de João Pires, Aldeia do Salvador e Toulões. Tinha, em 1801, 2139 habitantes.
População
[editar | editar código-fonte]População da freguesia de Monsanto[6] | ||||||||||||||
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1864 | 1878 | 1890 | 1900 | 1911 | 1920 | 1930 | 1940 | 1950 | 1960 | 1970 | 1981 | 1991 | 2001 | 2011 |
1 746 | 1 853 | 2 057 | 2 574 | 2 886 | 2 704 | 3 078 | 3 689 | 3 846 | 3 541 | 2 691 | 1 951 | 1 443 | 1 160 | 829 |
Localidades anexas
[editar | editar código-fonte]Além da vila, a Freguesia de Monsanto englobava ainda as seguintes povoações:
- Adingeiro
- Carroqueiro
- Lagar Maria Martins
- Lagar de Água
- Lagar de Junho
- Torre
- Relva
- Devesa
- Carriçal
- Afonsoeanes
- Carro Quebrado
- Cidral
- Monsantela
- Valado
- Barreiro
- Eugénia
- Fonte do Carvalho
- Amial
- Pomar
História
[editar | editar código-fonte]Monsanto avista-se na encosta de uma grande derrapagem escarpada, designada de o Pelourinho de Monsanto (Mons Sanctus). Situa-se a nordeste de Guarda e irrompe repentinamente do campo. No ponto mais alto, o seu pico atinge os 100 metros. A presença humana neste local data desde a era de Dom Afonso Henriques. A arqueologia diz-nos que o local foi habitado pelos bárbaros, no sopé do monte. Também existem vestígios da passagem visigótica e árabe. Os mouros seriam derrotados por Dom Afonso Henriques.[7] Em 1165, o lugar de Monsanto foi doado ao rei de Portugal que, sob orientações de Gualdim Pais, mandou construir o Castelo de Monsanto. O foral foi concedido pela primeira vez em 1174 pelo Rei de Portugal e rectificado, sucessivamente, por Dom Sancho I (em 1190) e Dom Afonso II (em 1217). “O castelo de robusta construção, foi mandado construir por D. Gualdim Paes de Marecos, Grão Mestre dos Templários em 1239” [8]
Foi Dom Sancho I quem repovoou e reedificou a fortaleza que, entretanto, fora destruída nas lutas contra o Reino de Leão. Seriam novamente reparadas, um século mais tarde, pelos Cavaleiros Templários.
Em 1308, o rei Dom Dinis deu Carta de Feira. Em 1510, seria o rei Dom Manuel I a entregar de novo foral e concedendo à aldeia a categoria de vila.
Em meados do século XVII, Luis de Haro y Guzmán (ministro de Filipe IV de Espanha), tenta cercar Monsanto, mas sem sucesso. No século XVIII, o Duque de Berwick também cerca Monsanto, mas o exército português, comandado pelo Marquês das Minas, derrota o invasor nas difíceis escarpas que se erguem até ao castelo. Monsanto foi sede de concelho no período 1758-1853. Em 1815 um grave acidente, provocado por um raio, destruiu o seu castelo medieval, pela explosão do paiol de munições.[9]
Em 1927 a localidade foi de novo elevada à categoria de vila.[10]
Em 1938, ganhou o título de "Aldeia mais portuguesa de Portugal", exibindo o Galo de Prata, troféu da autoria de Abel Pereira da Silva, cuja réplica permanece até hoje no cimo da Torre do Relógio ou de Lucano.[7] Um pouco por toda a parte, foram depois colocadas réplicas do Galo de Prata, quer em igrejas, torres ou outros monumentos de todo o país.
Foi recentemente escolhida como um dos cenários de filmagem de "House of the Dragon", a prequela da famosa série "A Guerra dos Tronos".[11]
Património
[editar | editar código-fonte]Arquitectura religiosa
[editar | editar código-fonte]- Capela de São João Baptista (Ruínas)
- Capela de São Pedro de Vir à Corça (ou Capela de São Pedro de Vira-Corça)
- Capela da Senhora da Azenha
- Capela da Senhora do Pé da Cruz
- Capela de Santa Maria do Castelo
- Capela de Santo António
- Capela de São José
- Capela de São Miguel do Castelo
- Capela de São Sebastião
- Capela do Espírito Santo
- Igreja da Misericórdia
Arquitectura militar
[editar | editar código-fonte]- Castelo e muralhas de Monsanto[12]
- Torre de Lucano (ou Torre do Relógio de Monsanto)
Arquitectura civil pública
[editar | editar código-fonte]- Fonte Ferreiro
- Chafariz do Meio e Chafariz da Fonte Nova
- Pelourinho de Monsanto[13]
- Forno
- Cisternas
- Antiga adega
- Banco da paciência
Arquitectura civil privada
[editar | editar código-fonte]- Pousada de Monsanto
- Solar dos Pinheiros e Chafariz Mono
- Solar da Família do Marquês da Graciosa (Posto de Turismo do Monsanto)
- Solar da Família Melo ou Solar dos Condes de Monsanto
- Solar da Família Pinheiro ou Solar da Fonte do Mono
- Solar dos Priores de Monsanto
- Casa de Fernando Namora
- Antigo consultório de Fernando Namora
- Casa seiscentista (1628)
- Casa dos Governadores
Outros
[editar | editar código-fonte]Colectividades
[editar | editar código-fonte]- Adufeiras de Monsanto
- Rádio Clube de Monsanto
- Casa do Povo de Monsanto
- Associação de Amigos do Carroqueiro
- ACRAM – Associação Cultural Recreativa dos Amigos de Monsanto
- Associação Geo-Cultural e Mons Sanctus
- Associação de Caça e Pesca de Monsanto
- Associação Desportiva Recreativa e Cultural de Monsanto
- Rancho Folclórico de Monsanto
- Associação de Caçadores de Monsanto
Personalidades
[editar | editar código-fonte]- Conde de Monsanto
- Maria Leonor Carvalhão Buescu
- Fernando Namora
- Prof. Dra. Manuela de Campos Milheiro
- Dr. Elias Martins Vaz
- Dra. Adelaide Salvado
Gastronomia
[editar | editar código-fonte]- Cabrito assado no forno
- Beringelas guisadas
- Arroz de lebre
Ver também
[editar | editar código-fonte]- ↑ Instituto Geográfico Português. «Carta Administrativa Oficial de Portugal (CAOP), versão 2012.1». descarrega ficheiro zip/Excel
- ↑ «População residente, segundo a dimensão dos lugares, população isolada, embarcada, corpo diplomático e sexo, por idade (ano a ano)». Informação no separador "Q601_Centro". Instituto Nacional de Estatística. Consultado em 28 de Fevereiro de 2014. Cópia arquivada em 4 de dezembro de 2013
- ↑ «Lei n.º 11-A/2013 (Reorganização administrativa do território das freguesias)» (PDF). Diário da República 1.ª Série, n.º 19, de 28 de janeiro. Consultado em 2 de fevereiro de 2013
- ↑ «Decreto n.º 13140, de 16 de fevereiro». diariodarepublica.pt. Consultado em 15 de novembro de 2023
- ↑ «Paróquia de Monsanto». Arquivo Distrital da Castelo Branco. Consultado em 2 de Abril de 2014
- ↑ Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
- ↑ a b c «Aldeia Velha de Monsanto». IGESPAR. Consultado em 2 de Abril de 2014
- ↑ Pinho Leal, Augusto Soares d’Azevedo Barbosa de (1875). Portugal Antigo e Moderno - Diccionario. [S.l.]: Livraria Editora de Mattos Moreira & Companhia. p. 413
- ↑ «Castelo e Muralhas de Monsanto». SIPA. Consultado em 2 de Abril de 2014
- ↑ [1]
- ↑ [2]
- ↑ «Castelo e muralhas de Monsanto». IGESPAR. Consultado em 2 de Abril de 2014
- ↑ «Pelourinho de Monsanto». IGESPAR. Consultado em 2 de Abril de 2014
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com nome "Aldeias Históricas de Portugal" definido em <references>
não é utilizado no texto da página.