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Luiz de Medeiros

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Luiz de Medeiros
Luiz de Medeiros
Luiz de Medeiros em 2007.
Deputado federal por São Paulo
Período 1º de fevereiro de 1999
a 1º de fevereiro de 2007
(2 mandatos consecutivos)
Dados pessoais
Nome completo Luiz Antônio de Medeiros
Nascimento 23 de janeiro de 1948 (76 anos)
Eirunepé, AM
Nacionalidade brasileiro
Prêmio(s) Ordem do Mérito Militar[1]
Partido PDT (2010–presente)
Profissão político

Luiz Antônio de Medeiros CavMM (Eirunepé, 23 de janeiro de 1948) é um sindicalista e político brasileiro filiado ao Partido Democrático Trabalhista (PDT). Por São Paulo, foi deputado federal durante dois mandatos.

Em 1968, durante a ditadura militar, iniciou suas atividades políticas e envolveu-se na luta armada como militante da Vanguarda Popular Revolucionária Palmares (VAR-Palmares), organização clandestina de inspiração marxista-leninista.[2] Em setembro de 1969 foi preso numa emboscada policial quando tentava comprar armas para a organização, em Duque de Caxias (RJ).[2] Libertado em 1971, refugiou-se no Chile e ali filiou-se ao Partido Comunista Brasileiro (PCB).[2] Em setembro de 1973, após o golpe militar que derrubou o governo do presidente chileno Salvador Allende, fugiu para Cuba, partindo em seguida para a União Soviética, onde sua vinculação ao PCB lhe garantiu trabalho e estudo.[2] Em Leningrado, atual São Petersburgo, trabalhou como torneiro mecânico e frequentou cursos de filosofia, política e economia na Escola Soviética de Formação de Quadros.[2] Esteve fora do Brasil de 1972 a 1978 e, quando regressou, e começou a trabalhar como metalúrgico, na K. G. Sorensen.[2]

Mais tarde, opôs-se ao Partido dos Trabalhadores (PT) e à central sindical próxima dele, a Central Única dos Trabalhadores (CUT). Dirigiu o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, que divergia fundamentalmente do Sindicato de Metalúrgicos de São Bernardo, tendo o primeiro como líder o sindicalista Joaquim dos Santos Andrade, o Joaquinzão, e o segundo, o futuro presidente da República, Lula.[2]

Medeiros ficou conhecido por defender o "sindicalismo de resultados", do qual colheu grandes frutos na arena política devido a congruência ideológica com os projetos neoliberais que foram introduzidos no Brasil nos anos 1990.[2] Visando oposição à CUT, ajudou a fundar a Força Sindical (FS), do qual foi presidente desde sua fundação, em 1991, até 1999. A FS foi aliada tanto de Collor de Mello como de Fernando Henrique Cardoso, e Medeiros foi um dos últimos aliados a abandonar Collor durante o processo de impeachment.[2]

Em 1993, como presidente da Força Sindical, Medeiros foi admitido pelo presidente Itamar Franco à Ordem do Mérito Militar no grau de Cavaleiro especial.[1]

Em 1994, com o apoio de Paulo Maluf, foi candidato a governador de São Paulo pelo Partido Progressista (PP), obtendo o quinto lugar, com apenas 2% dos votos.[2]

Em 1995, por ocasião da fusão do Partido Progressista (PP) ao PPR que deu origem, em agosto, ao Partido Progressista Brasileiro (PPB), Medeiros deixou o PP, inscrevendo-se no Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), agremiação também integrante da base parlamentar governista do governo FHC.[2]

Nas eleições de outubro de 1998, filiou-se ao Partido da Frente Liberal (PFL), pelo qual foi deputado federal por São Paulo, de 1999 a 2002.[2] Reeleito, cumpriu seu mandato seguinte como representante do Partido Liberal (PL),[2] e aproximou-se do governo Lula.

Em 2003 tornou-se presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigava a pirataria no Brasil; sua participação nessa CPI levou à prisão do empresário chinês naturalizado brasileiro, Law Kin Chong, denunciado como um grande contrabandista de produtos pirateados e acusado de tentar subornar Medeiros para abrandar o conteúdo do relatório final da CPI. Medeiros foi indiciado pelo Supremo Tribunal Federal, acusado de ele ter sido autor de extorsão contra Chong, mas o inquérito foi arquivado.[2]

Em 2006 tentou eleger-se novamente, mas sem sucesso, e assumiu em 28 de fevereiro de 2007 o cargo de secretário de Relações do Trabalho, no Ministério do Trabalho.[2].

Publicou A conquista da modernidade (1992), Um projeto para o Brasil (1993) e A CPI da Pirataria (2005).[2]

Referências
  1. a b BRASIL, Decreto de 2 de agosto de 1993.
  2. a b c d e f g h i j k l m n o p FGV - CPDOC - Biografia de Luís Antônio de Medeiros Acessado em 29 de maio de 2017

Referências bibliográficas

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  • Adalberto Moreira Cardoso. Retratos da crise na década neoliberal
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