Luiz Felipe de Alencastro
Luiz Felipe de Alencastro | |
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Nascimento | 1946 (78 anos) Itajaí |
Nacionalidade | brasileiro |
Alma mater | Institut d'études politiques d'Aix-en-Provence Universidade Paris Nanterre |
Ocupação | historiador e professor |
Principais trabalhos | O Tratado dos Viventes |
Empregador(a) | Instituto de Economia da Unicamp Universidade Paris-Sorbonne Fundação Getulio Vargas |
Principais interesses | Escravismo, história do Atlântico Sul, história do Brasil moderno e contemporâneo |
Luiz Felipe de Alencastro (Itajaí, 1946) é um historiador e cientista político brasileiro, autor ou coautor de várias obras historiográficas.[1]
Formação
[editar | editar código-fonte]Durante a ditadura militar, quando ainda estudante na Universidade de Brasília, enfrentou diversos inquéritos policiais militares e, recebendo uma bolsa de estudos para a França, para lá se mudou, aos vinte anos.[1][2]
Formou-se em História e Ciências Políticas no Institut d'études politiques d'Aix-en-Provence e doutorou-se em História na Universidade de Paris X - Nanterre. Ensinou nas universidades de Rouen e Paris-Vincennes (1975-1986).[3] A partir de 1966 passou a usar o pseudônimo "Júlia Juruna" nos artigos de análise da política brasileira publicados no Jornal francês ‘Le Monde Diplomatique’.[2]
Retornando ao Brasil, foi professor livre-docente e professor adjunto do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas e pesquisador sênior do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (1986-2000).[1][2]
A partir de 2000, foi professor titular da cátedra de História do Brasil da Universidade de Paris-Sorbonne, membro da UMR 8596 do CNRS e diretor do Centre d'Etudes du Brésil et de l'Atlantique Sud da mesma universidade. Desde de 2014 é professor emérito da Universidade de Paris Sorbonne e professor da Escola de Economia da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo, onde dirige o Centre de Estudos do Atlântico Sul. Mantém uma coluna no site de notícias do provedor UOL. Foi Andrew W. Mellon Senior Researcher na John Carter Brown Library, Brown University (2002 e 2004), professor visitante na Universidade de Salamanca (2008 e 2011) e na Universidade de Massachusetts Dartmouth (2012).[4]
Desde 2011 é membro da seção de história e arqueologia da Academia Europaea, sediada em Londres, e que atua como Academia Europeia de ciências humanas, letras e ciências.[5]
Obras
[editar | editar código-fonte]Luiz Felipe de Alencastro, em uma de suas obras mais conhecidas, O Trato dos Viventes, procurou demonstrar que não havia uma metrópole, de um lado, que só explorava a colônia, e uma colônia, de outro, que só produzia para enriquecer a metrópole. Segundo ele, a escravidão e o tráfico negreiro criaram um vínculo entre comerciantes portugueses e luso-brasileiros e ambos acumularam fortunas com a exploração colonial.
Dentre os principais trabalhos do historiador, destacam-se:
- “História da Vida Privada no Brasil”, v. II “Império: a corte e a modernidade nacional”. São Paulo: Companhia das Letras, 1997 (organizador e redator de textos).
- “Um estadista do Império”, in L. Dantas Mota, Introdução ao Brasil – Um banquete nos trópicos. São Paulo: 1999.
- "O Trato dos Viventes: Formação do Brasil no Atlântico Sul, séculos XVI e XVII". São Paulo: Companhia das Letras, 2000.
- Rio de Janeiro, ville métisse, Rio de Janeiro, cidade mestiça, Ed. Chandeigne. Paris-São Paulo: Companhia das Letras, 2001 (coautor).
- ↑ a b c «Luiz Felipe de Alencastro: O observador do Brasil no Atlântico Sul». Revista Fapesp. Outubro de 2011. Consultado em 19 de novembro de 2021
- ↑ a b c «Ex-exilado na ditadura relembra isolamento e medo em Paris». BBC News Brasil. 26 de março de 2014. Consultado em 17 de abril de 2023
- ↑ Moreli, A., Buarque, B., & Vannucchi, M. A. (janeiro–abril de 2016). «Entrevista com Luiz Felipe de Alencastro». Estudos Históricos (Rio de Janeiro). 29 (57): 301-328. doi:10.1590/S0103-21862016000100016
- ↑ «Visiting Chair Professor»
- ↑ «The Academy of Europe»