Leroy F. Aarons
Leroy Aarons | |
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Nome completo | Leroy F. Aarons |
Nascimento | 8 de dezembro de 1933 Bronx, Nova Iorque, Estados Unidos |
Morte | 28 de novembro de 2004 (70 anos) Santa Rosa, Califórnia, Estados Unidos |
Residência | Sebastopol, Califórnia, Estados Unidos |
Nacionalidade | norte-americano |
Cônjuge | Joshua Boneh (1980 - 2004) |
Alma mater | Universidade Brown, Columbia University Graduate School of Journalism |
Ocupação | jornalista, escritor, editor, dramaturgo |
Leroy "Roy" F. Aarons (Nova Iorque, 8 de dezembro de 1933 – Santa Rosa, 28 de novembro de 2004) foi um jornalista, editor, escritor, dramaturgo e ativista norte-americano, fundador da Associação Americana de Jornalistas Gays e Lésbicas (NLGJA) e do instituto de formação jornalística Robert C. Maynard, organização sem fins lucrativos que enfatiza a diversidade no jornalismo. Em 2005, foi incluído no salão da fama da NLGJA.[1]
Primeiros anos
[editar | editar código-fonte]Aarons nasceu no Bronx, Nova Iorque, em 8 de dezembro de 1933, filho de pais judeus imigrantes da Letônia.[2] Graduou-se cum laude na Universidade Brown e obteve um mestrado pela Columbia University Graduate School of Journalism. Serviu na Marinha e na Reserva Naval, alcançando o posto de tenente. Assumiu um cargo de edição no periódico New Haven Journal-Courier e, algum tempo depois, foi contratado pelo The Washington Post.[3][4]
No Washington Post
[editar | editar código-fonte]Aarons permaneceu no Post por muitos anos. Como editor e correspondente nacional, trabalhou como chefe da sucursal de Nova Iorque e depois se estabeleceu no primeiro escritório do jornal em Los Angeles.[3] Ele cobriu grandes eventos nas décadas de 1960 e 1970, como a chegada dos Beatles nos Estados Unidos, os assassinatos de Martin Luther King Jr. e Robert F. Kennedy, tumultos urbanos e escândalos do governo.[5][2]
Aarons teve em mãos os documentos ultrassecretos conhecidos como Pentagon Papers, quando o caso chegou ao conhecimento do público. Como correspondente de Los Angeles, ele cobriu os eventos relacionados à Califórnia no caso, incluindo o trabalho que Daniel Ellsberg estava fazendo na RAND Corporation e como ele conseguiu esses documentos na sede da RAND. Posteriormente, Aarons escreveria uma peça teatral chamada Top Secret: The Battle for the Pentagon Papers sobre os acontecimentos.[6][7][8]
O Post foi o jornal que divulgou o escândalo do Watergate, que forçou a renúncia do presidente Richard Nixon, e Aarons teve papel significativo durante a reportagem sobre o caso. Em razão disso, Aarons foi contratado como um consultor de precisão para o filme All the President's Men (1976), centrado no escândalo. Ele também teve uma pequena participação no longa-metragem.[5][9]
Prayers for Bobby
[editar | editar código-fonte]Em 1989, Aarons leu um artigo de jornal sobre o suicídio de um jovem homossexual chamado Bobby Griffith e os efeitos da tragédia sobre Mary Griffith, a mãe do rapaz. Ela tentou, por meio da religião, mudar a orientação sexual do filho durante toda a adolescência dele. Bobby sofreu enormemente com a falta de apoio e aceitação de sua família e com a condenação da igreja à homossexualidade; aos 20 anos de idade, ele saltou de uma ponte sobre uma estrada, morrendo instantaneamente. A morte do filho levou Mary a moderar suas crenças religiosas e a se tornar uma das mais proeminentes ativistas da PFLAG, a organização norte-americana de Pais, Familiares e Amigos de Lésbicas e Gays. Mary usou essa plataforma para incentivar os pais a compreender e aceitar a homossexualidade de seus filhos.[10]
Após deixar o jornalismo em 1991, Aarons pesquisou mais profundamente a história. O resultado foi o seu primeiro livro, publicado pela HarperCollins em 1995, Prayers for Bobby: A Mother's Coming to Terms with the Suicide of Her Gay Son. Ele empenhou-se em apresentar a história para um público mais amplo, mas não chegou a ver isso acontecer. Prayers for Bobby estreou em 24 de janeiro de 2009, cinco anos depois da morte de Aarons, como um telefilme da emissora Lifetime protagonizado por Sigourney Weaver em seu primeiro filme para a televisão.[10]
Morte
[editar | editar código-fonte]Leroy Aarons morreu de câncer na bexiga em 28 de novembro de 2004, aos 70 anos de idade. Ele viveu durante 24 anos com seu parceiro Joshua Boneh,[3][4] que atualmente dá prosseguimento aos trabalhos de Aarons.
Na época de sua morte, Aarons estava trabalhando em uma peça chamada Night Nurse, sobre a Comissão da Verdade e Reconciliação da África do Sul, país no qual ele passou um mês, juntamente com Boneh, pesquisando sobre o assunto. Um ator e produtor de Berkeley, na Califórnia, realizou uma encenação da obra como um work in progress em Mill Valley. A peça ainda não foi concluída.[6][11]
Livros
[editar | editar código-fonte]- Top Secret: The Battle for the Pentagon Papers (1991)
- Prayers for Bobby (1995)
- Monticello (1999)
- ↑ «LGBTQ Journalists Hall of Fame». National Lesbian and Gay Journalists Association (NLGJA) (em inglês). nlgja.org. Consultado em 7 de janeiro de 2019. Cópia arquivada em 7 de abril de 2018
- ↑ a b «Leroy F. Aarons». National Lesbian and Gay Journalists Association (NLGJA) (em inglês). nlgja.org. Consultado em 7 de janeiro de 2019. Cópia arquivada em 9 de dezembro de 2018
- ↑ a b c Thurber, Jon (30 de novembro de 2004). «Leroy Aarons, 70; Editor Founded Group for Gay, Lesbian Journalists». Los Angeles Times (em inglês). Consultado em 7 de janeiro de 2019. Cópia arquivada em 16 de agosto de 2016
- ↑ a b Martin, Douglas (30 de novembro de 2004). «Leroy F. Aarons, 70, Founder of Gay Journalist Group, Dies». The New York Times (em inglês). Consultado em 7 de janeiro de 2019. Cópia arquivada em 23 de julho de 2018
- ↑ a b Boneh, Joshua. «JOURNALIST» (em inglês). leroyaarons.com. Consultado em 7 de janeiro de 2019. Arquivado do original em 21 de abril de 2009
- ↑ a b Boneh, Joshua. «Playwright» (em inglês). leroyaarons.com. Consultado em 7 de janeiro de 2019. Arquivado do original em 21 de abril de 2009
- ↑ Osnos, Peter (23 de março de 2019). «Pentagon Papers: The Glory Days of Journalism». The Atlantic (em inglês). Consultado em 7 de janeiro de 2019. Cópia arquivada em 15 de junho de 2016
- ↑ «Synopsis ~ Top Secret: The Battle for the Pentagon Papers» (em inglês). http://topsecretplay.org. Consultado em 7 de janeiro de 2019. Cópia arquivada em 4 de setembro de 2018
- ↑ Fagan, Kevin (30 de novembro de 2004). «Leroy Aarons -- Tribune editor started gay journalists group / Washington Post, Time writer later led Oakland paper». San Francisco Chronicle (em inglês). Consultado em 7 de janeiro de 2019. Cópia arquivada em 11 de agosto de 2017
- ↑ a b Boneh, Joshua. «AUTHOR» (em inglês). leroyaarons.com. Consultado em 29 de abril de 2019. Arquivado do original em 21 de abril de 2009
- ↑ Holley, Joe (30 de novembro de 2004). «Leroy Aarons; Started Gay Journalists Group». The Washington Post (em inglês). Consultado em 7 de janeiro de 2019. Cópia arquivada em 16 de fevereiro de 2018
Ver também
[editar | editar código-fonte]Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Site oficial - via Wayback Machine
- Vídeos em C-SPAN
- Prayers for Bobby
- Top Secret: Battle for the Pentagon Papers
- Monticello, um libreto escrito por Aarons
- ASNE
- NLGJA
- Maynard Institute
- PFLAG
- Annenberg School for Communication
- Annenberg Sexual Orientation Issues in the News Program
- Comunicado de imprensa da NLGJA anunciando a morte de Aarons
- Comunicado do Maynard Institute sobre a morte de Aarons
- Tributo da NPR a Aarons
- Biografia no Hall of Fame da NLGJA