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Lóide Aéreo Nacional

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Lóide Aéreo Nacional
Lóide Aéreo Nacional
O maestro Eleazar de Carvalho e membros da Orquestra Sinfônica Brasileira desembarcam de um C-46 do Lóide Aéreo Nacional no Aeroporto Santos Dumont, Rio de Janeiro, 1954.
Fundada em 24 de agosto de 1949
Encerrou atividades em 1962
Pessoas importantes Ruy Vaccani

Lóide Aéreo Nacional S/A foi uma companhia aérea brasileira fundada em 1947 como Transporte Carga Aérea (TCA).[1] Passou a se chamar Lóide Aéreo Nacional em 1949, após uma fusão com a Linhas Aéreas Paulistas (LAP) e a Transportes Aéreos Bandeirante (TABA).[2] Operou até 1962 quando foi incorporada à VASP.[3]

Em 22 de dezembro de 1947, Ruy Vaccani funda a companhia aérea TCA – Transportes Carga Aérea S.A. em Formosa, Goiás. Tal empresa era especializada no transporte de cargas do eixo Rio-São Paulo para o interior de Goiás. Foi fundada exclusivamente para apoiar outro empreendimento do grupo, a Agro Colonizadora Industrial,[4] na cidade de Formosa. Anteriormente, em 1928, Vaccani havia também fundado a ETA - Empresa de Transporte Aéreo, que operou menos de um ano, tendo sido vendida para a NYRBA do Brasil. Vaccani possuía boas relações políticas com o presidente Getúlio Vargas, que aparentemente o favorecia nos negócios. A nova empresa fundada por Vaccani tinha entre seus acionistas Roberto Taves, um dos fundadores da Aerovias Brasil e o Coronel Marcílio Jacques Gibson que em 1976 viria a fundar a TABA – Transportes Aéreos da Bacia Amazônica.

Em 24 de agosto de 1949 a TCA teve o seu nome alterado para Lóide Aéreo Nacional.[1] Pouco tempo depois, em 3 de fevereiro de 1950, funde-se com a Linhas Aéreas Paulistas (LAP) e a Transportes Aéreos Bandeirantes (TABA), empresas que passavam por dificuldades financeiras, mas detinham concessão de diversas linhas regulares de passageiros[2]. Iniciou-se, assim, o transporte aéreo regular de passageiros usando aviões Curtiss C-46 Commando, em voos do Rio de Janeiro para Belo Horizonte, Formosa, Carolina e São Luís. E de São Paulo para Belo Horizonte e Fortaleza. Essas operações cresceram a ponto de integrar praticamente todo território brasileiro.

Entre 1956 e 1958 o Lóide Aéreo Nacional e a Panair do Brasil celebraram um acordo a fim de evitar uma competição predatória. Pelo acordo, o território brasileiro foi dividido entre as empresas em áreas de influência. Também foi incluído no acordo o leasing de aeronaves.

A empresa começou a declinar em 1960 e finalmente em 1962 o Lóide Aéreo Nacional foi vendido e incorporado à VASP.

Frota da Lóide Aéreo Nacional
Aparelho Quantidade Anos de Operação
Beechcraft D17S 1 1941-1957
Beechcraft B 185 2 1941-1958
Fairchild 24W41 1 1942-1950
Stinson SR-9E Reliant 1 1942-1943
Lockheed Modelo 18 Lodestar 5 1943-1948
Douglas DC-3/C-47 18 1946-1951
Curtiss C-46 Commando 40 1949-1962
Douglas DC-4 10 1957-1962
Douglas DC-6A 4 1961-1962
  • 12 de julho de 1951: um Douglas DC-3/C-47 prefixo PP-LPG, registrado para Linhas Aéreas Paulistas - LAP, voando de Maceió para Aracaju, após abortar o pouso sob condições adversas em Aracaju, arremeteu, vindo a cair em seguida. Todos os 33 ocupantes entre passageiros e tripulantes morreram.
  • 24 de maio de 1952: um Curtiss C-46D-15-CU Commando prefixo PP-LDE, após a decolagem em Manaus-Ponta Pelada, caiu no Rio Negro ao tentar retornar ao aeroporto com falha nos motores. No acidente morreram os 6 ocupantes.
  • 1 de fevereiro de 1958: um Douglas DC-4 prefixo PP-LEM, durante a decolagem noturna do Rio de Janeiro-Santos Dumont apresentou uma falha no motor nº 4. A decolagem foi abortada a 100m antes do fim da pista, um pneu estourou fazendo com que o avião saísse da pista, incendiando-se. Dos 72 passageiros e tripulantes abordo, 5 morreram.
  • 11 de agosto de 1958: um Douglas DC-4 prefixo PP-LEQ, caiu por causas desconhecidas perto da Ilha de Carapí, no estado do Pará, quando fazia aproximação para pouso no aeroporto de Belém-Val de Cães. Dos 11 passageiros e tripulantes a bordo, 1 passageiro sobreviveu.
  • 5 de setembro de 1958: um Curtiss C-46D-15-CU Commando prefixo PP-LDX caiu durante a aproximação para pouso em Campina Grande. Dois tripulantes e 11 passageiros morreram. Neste voo, entre os sobreviventes, estava o humorista Renato Aragão, o Didi dos Trapalhões.[5]
  • Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica (2005). História Geral da Aeronáutica Brasileira: de janeiro de 1946 a janeiro de 1956 após o término da Segunda Guerra Mundial até a posse do Dr. Juscelino Kubitschek como Presidente da República. 4. Rio de Janeiro: GR3 Comunicação & Design. p. 345.
  • Pereira, Aldo (1987). Breve história da aviação comercial brasileira. Rio de Janeiro: Europa Empresa Gráfica e Editora. pp. 308–315.
  • "Lóide Aéreo Nacional (Brasil)". Aviação Brasil. http://www.aviacaobrasil.com.br/wp/empresas_aereas/nacionais_desativadas/Loide_Aereo_Nacional_Brasil[ligação inativa]. Retrieved 18 June 2010.
  • Pereira, Aldo (1987). Breve História da Aviação Comercial Brasileira. Rio de Janeiro: Europa. pp. 314–315.
Referências
  1. a b Roberto David de Sanson Filho (1997). A História do Lóide Aéreo. Brasília: Gráfica Relevo Serviços. p. 17 
  2. a b Roberto David de Sanson Filho (1997). A História do Lóide Aéreo. Brasília: Gráfica Relevo Serviços. p. 20 
  3. Aviação Brasil. «Loide Aéreo Nacional (Brasil)». Consultado em 24 de agosto de 2010 [ligação inativa]
  4. Roberto David de Sanson Filho (1997). A História do Lóide Aéreo. Brasília: Gráfica Relevo Serviços. p. 11 
  5. «O Dia - Notícias, fotos, vídeos, Rio de Janeiro, esporte, entretenimento, diversão, colunistas e muito mais». O Dia. Consultado em 18 de novembro de 2023