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Jardim Mário Soares

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Jardim Mário Soares
Jardim do Campo Grande
Jardim Mário Soares
Pormenor do lago principal do Jardim Mário Soares
Mapa
Localização Campo Grande, Alvalade Lisboa
País Portugal Portugal
Tipo Público
Área 11,1 hectares
Inauguração 1950 (74 anos)
Administração Câmara Municipal de Lisboa

O Jardim Mário Soares, também conhecido como Jardim do Campo Grande, está localizado na freguesia de Alvalade, na via denominada Campo Grande, sendo o maior jardim do centro de Lisboa, ocupando uma área de 13,38 hectares,[1] atingindo 1.200m de comprimento por 200m de largura. O jardim está dividido em 2 zonas, pela Av. do Brasil: a zona Norte com 6ha e a zona Sul com 5ha.

  • Foi palco do cerco a Lisboa pelo rei de Castela na sequência da crise de 1383-85.
  • Campo da cerimónia de revista às tropas pelo Rei D. Sebastião, antes da partida para Alcácer Quibir.
  • No século XVI denominava-se Campo de Alvalade.
  • A partir de finais do século XVII, começou a ser ocupado por alguns solares, restaurantes e actividades lúdicas dedicadas aos boémios. Dos retiros já não há testemunhos, mas em redor do espaço ainda lá estão alguns palacetes, como seja o palácio Pimenta, onde está alojado o Museu da Cidade, ou o palácio do Conde de Vimioso.
  • Em 1792, no reinado de D. Maria I, começou a discutir-se o projeto de um jardim nos campos de Alvalade, com a finalidade de criar uma zona arborizada que incluísse um circuito para corridas de cavalos.
  • O espaço voltou a ter funções públicas, quando Pina Manique mandou elaborar um projecto de Passeio Público para aquela área e que passou a ser uma das entradas nobres da cidade. O Passeio Público servia de local de feiras como a Feira do Campo Grande ou a Feira das Nozes que chegava a durar 2 meses.
  • Em 1801, D. Rodrigo de Sousa Coutinho, Conde de Linhares, sob ordens do Príncipe Regente D. João, projetou a sua plantação, inspirada no estilo de Passeio Romântico.
  • Em 1816 alberga as primeiras corridas de cavalos, sendo que hoje em dia os concursos hípicos são realizados nas proximidades do jardim, por trás do Museu da Cidade.
  • Em 1869, durante o reinado de D. Luís I, arranca a construção do lago principal, para agradar às esposas e famílias dos amantes de cavalos. Nascem os passeios românticos de barco a remos, frequentados por nobres e realeza[2].
  • Em 1941 o jardim foi devastado por um ciclone.
  • Em 1945, o arquitecto Francisco Keil do Amaral elaborou um projeto para remodelação, com ampliação do jardim e introdução de equipamentos desportivos: o rinque de patinagem e 2 campos de tenis.
  • Em 1964 foi edificada a Piscina do Campo Grande, na Zona Sul, com projecto de Francisco Keil do Amaral.
  • Em 1974 foi edificado o Centro Comercial Caleidoscópio, na zona Norte, com projecto de Nuno San Payo.
  • Em 2002 foi inaugurado o Café Concerto[3], na zona Norte.
  • Em 2005 foi renovado o Parque Infantil[4], na zona Sul.
  • Em 2012 a Câmara Municipal de Lisboa iniciou as obras de requalificação da zona Norte[5], orçamentadas em 2 milhões de euros[6], cujas obras terminaram no final do ano de 2013. Já no ano de 2015, deu-se início às obras do Edifício Caleidoscópio[7], da Piscina do Campo Grande[8] e do Padel Campo Grande.
Lago do Jardim Mário Soares
  • No início do mês de Novembro de 2016 iniciaram as obras de requalificação da zona Sul, com uma duração prevista de 11 meses.
  • Em 25 de abril de 2018, a zona sul do Jardim, que foi intervencionada, foi inaugurada com o nome de Mário Soares. As obras contaram com a criação de novos caminhos, a plantação de árvores e a restauração do lago.

Equipamentos disponíveis

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O jardim está repleto de pontos de interesse, que se espalham pelas 2 parcelas (com a Av. do Brasil ao meio).

Na parcela Sul

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Na parcela Norte

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  • barcos a remos para alugar;
  • Café Concerto, restaurante e cafetaria;
  • Casa do Lago, restaurante antigamente conhecido como esplanada do lago, localizado na ilha do lago principal, sendo o acesso feito por uma pequena ponte;
  • Edifício Caleidoscópio, composto pelo McDonald's e por uma sala de estudo;
  • Padel Campo Grande, com 9 campos de padel e cafetaria;
  • Parque Canino[9];
  • parque de merendas;
  • sala de Ames.

Elementos decorativos

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  • Escala, ao longo da parcela norte do jardim, com os principais feitos na área da matemática;
  • 4 bancos matemáticos: "o Mancala", O "Alquerque", o "Moinho" e o "Hex"[10].

No jardim podemos encontrar os mais diversos exemplares botânicos, alguns bastante raros, como palmeiras das Canárias, pinheiros, eucaliptos, acácias, amoreiras de papel, figueiras, pimenteiras, tílias, incenso, jacarandá, grevídea, bordo e castanheira da índia vermelho, etc. Também muitas espécies de aves nidificam e podem ser observadas, nomeadamente os pintassilgos, os pardais, os chamarizes, as toutinegras carrasqueiras e os maçaricos das rochas.

Situado no vale da ribeira do Lumiar (afluente da ribeira de Alcântara), o jardim é rico em basalto.

Fado do Campo Grande

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Muito querido dos lisboetas de diferentes gerações, o Jardim do Campo Grande é celebrado no Fado do Campo Grande[11] (letra de Ary dos Santos, música de Vitorino de Almeida), nomeadamente nos primeiros versos deste fado que é uma declaração de amor a Lisboa: «A minha velha casa,/ por mais que eu sofra e ande,/ é sempre um golpe de asa,/ varrendo um Campo Grande...».

Referências

Ligações externas

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O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre o Jardim Mário Soares
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