João Ferreira de Araújo Pinho
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João Ferreira de Araújo Pinho (Santo Amaro, 19 de junho de 1851 — Salvador, 23 de julho de 1917) foi um político brasileiro.[1]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Era filho de Filipe Ferreira de Araújo Pinho e Maria Joaquina de Azevedo de Araújo Pinho.[1] Formou-se na Faculdade de Direito do Recife em 1871.[1] No ano seguinte foi nomeado promotor de sua cidade natal, exercendo o cargo até 1874, quando decidiu seguir a carreira política.[1]
Filiado ao Partido Conservador, foi eleito deputado provincial, ocupando o cargo de secretário no governo de Venâncio José de Oliveira Lisboa (1874 — 1875).[1]
Foi presidente da província de Sergipe, de 24 de fevereiro de 1876 a 10 de janeiro de 1877.[1]
Proclamada a república, militou no Partido Nacional e foi um dos candidatos para a junta governativa que pretendia assumir o poder com a deposição de José Gonçalves da Silva em 1891.
Em 1903, no Partido Republicano da Bahia, foi eleito senador estadual. Renunciou ao mandato para assumir a presidência do Banco de Crédito da Lavoura da Bahia, em 1905, na gestão de José Marcelino de Sousa, de onde saiu candidato ao Governo do Estado.
Governo da Bahia
[editar | editar código-fonte]Eleito, tomou posse no dia 28 de janeiro de 1908, sob o slogan "menos política e mais administração".[1] Apesar disto, as acirradas disputas políticas tumultuaram seu governo, culminando com a renúncia, às vésperas da eleição.[1] Enfrentara a candidatura de Ruy Barbosa à presidência da República, e de J. J. Seabra ao governo. Da crise gerada com sua renúncia restou o episódio trágico do bombardeio da capital baiana, em 1912.
Construiu o edifício do Instituto de Bacteriologia, atual Oswaldo Cruz, construiu um pavilhão para o Ginásio da Bahia, outro para o Asilo João de Deus. Criou o gabinete de identificação do Estado, estimulou e amparou o ensino agrícola e cuidou da conservação da via férrea. Reformou o Palácio das Mercês, transformando-o em residência oficial do governador.
Também em seu governo ocorreu o movimento paredista dos funcionários da estrada de ferro Bahia (Salvador) - Juazeiro.
Renunciou o mandato em 22 de dezembro de 1911, às vésperas da eleição para a escolha do seu sucessor, como estratégia visando à derrota dos adversários.[1]
Ligações externas
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Precedido por Ciprian de Almeida Sebrão |
Presidente da Província de Sergipe 1876 — 1877 |
Sucedido por José Martins Fontes |
Precedido por José Marcelino de Sousa |
Presidente do Estado da Bahia 1908 — 1911 |
Sucedido por Aurélio Rodrigues Viana |