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Instituto Federal do Pará

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará
Instituto Federal do Pará
IFPA
Fundação 29 de dezembro de 2008
Tipo de instituição Pública federal
Localização Reitoria - Av. João Paulo II, 514 - Castanheira, Belém
- PA, 66645-240, Pará
Reitor(a) Ana Paula Palheta
Campi Belém
Abaetetuba
Altamira
Ananindeua
Bragança
Breves
Cametá
Castanhal
Conceição do Araguaia
Itaituba
Marabá (Industrial)
Marabá (Rural)
Óbidos
Paragominas
Parauapebas
Santarém
Tucuruí
Vigia
Página oficial https://ifpa.edu.br

O Instituto Federal do Pará (IFPA) é uma instituição de educação básica, profissional e superior, pluricurricular, multicampi e descentralizada, especializada na oferta de educação profissional e tecnológica nas diferentes modalidades de ensino, com base na conjugação de conhecimentos técnicos e tecnológicos com a sua prática pedagógica. Há mais de um século, o Instituto mantém o compromisso de ofertar o ensino gratuito e de qualidade para sociedade, cumprindo a missão de promover educação profissional, científica e tecnológica com base cidadã, por meio do ensino, pesquisa, extensão e inovação, colaborando com o desenvolvimento sustentável da região amazônica. Compõe a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, vinculada diretamente ao Ministério da Educação.

Localizada na capital do Pará, Belém, a Reitoria é composta pelo Gabinete e cinco Pró-Reitorias, são elas: Pró-Reitoria de Administração (PROAD), Pró-Reitoria de Desenvolvimento e Gestão de Pessoas (PROGEP), Pró-Reitoria de Ensino (PROEN), Pró-Reitoria de Extensão (PROEX) e Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação (PROPPG).

O Instituto Federal do Pará foi instituído em 23 de setembro de 1909 como Escola de Aprendizes Artífices do Pará, pelo então presidente da república, Nilo Peçanha. Compreendia o ensino primário, cursos de desenho e oficinas de marcenaria, funilaria, alfaiataria, sapataria e ferraria. Em 1930, a Escola de Aprendizes transforma-se em Liceu Industrial do Pará e, em 1942, em Escola Industrial de Belém.

Na década de 1960, é transformado em Autarquia Federal com autonomia didática, financeira, administrativa e técnica. Passa a oferecer cursos técnicos de edificações e de estradas, passando a ser chamado de Escola Industrial Federal do Pará, quando foram criados os cursos de agrimensura e eletromecânica.

A escola técnica federal do Pará é fundada em (1968) com endereço na Av. Almirante Barroso, nº 1155, onde ministra o curso de eletromecânica, hoje denominado mecânica. A partir daí, vieram os cursos nas áreas de saneamento, telecomunicações e eletrônica.

Com a descoberta das jazidas minerais da Serra dos Carajás e do vale do rio Trombetas, em 1975, a Escola Técnica criou os cursos de mineração e metalurgia. No final da década de 70, foi a vez do curso de processamento de dados para acompanhar o incremento da informatização na indústria. Em 1980, a Escola assina convênio com o Parque de Material Aeronáutico de Belém. Começa o curso Pós-Técnico de Manutenção de Aeronaves. Foi criada a primeira Escola de Mecânicos Civis de Aeronaves em parceria com o Departamento de Aviação Civil: os formandos em manutenção de aeronaves foram contratados pela aviação civil em 1991.

Em 1995, é a vez dos cursos técnicos em edificações, eletrotécnica, mecânica, metalurgia e processamento de dados. Em 1996, o curso técnico em trânsito é criado em parceria com o Departamento Estadual de Trânsito do Pará.

Os cursos técnicos nas áreas de química, radiologia médica, registro de saúde, pesca e turismo foram implantados em 1998 para atender a necessidade de formação de recursos humanos nas áreas tecnológicas e de desenvolvimento do Estado.

Consolidaram-se também as Unidades Descentralizadas de Ensino Técnico - UNED'S, a fim de atender às solicitações de Altamira, com o curso técnico de agrimensura para a demanda da agroindústria. Posteriormente foram implantadas as UNED'S de Marabá e Tucuruí.

Os cursos de Lapidação e Artesanato Mineral foram implantados em 1990, em decorrência da parceria firmada com a Paraminérios, empresa ligada ao governo do estado, para formar profissionais do pólo mineral na região.

Em 1997, foi instituída pelo Ministério da Educação, a verticalização da educação profissional, nos níveis básico, técnico e superior. Em 18 de janeiro de 1999, a Escola Técnica foi elevada à categoria de Centro Federal de Educação Tecnológica com a finalidade de atuar nos níveis e modalidades da educação profissional, ou seja, o básico, o técnico e o tecnológico equivalente à educação superior.

Foi oficialmente criado pela na Lei Federal que regulamenta a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, vinculada ao Ministério da Educação,[1] no seu artigo 5º, inciso XX, "mediante integração do Centro Federal de Educação Tecnológica do Pará e das Escolas Agrotécnicas Federais de Castanhal e de Marabá". Sua Reitoria está instalada em Belém e é subordinada ao Ministério da Educação.

Ao todo, são 17 campi e um campus avançado, abarcando mais de 70% do estado do Pará[2]. O Instituto está presente nos municípios de Abaetetuba, Altamira, Ananindeua, Belém, Bragança, Breves, Cametá, Castanhal, Conceição do Araguaia, Itaituba, Marabá (com os campi industrial e rural), Óbidos, Paragominas, Parauapebas, Santarém, Tucuruí e Vigia[3]. Cada campus oferta cursos de acordo com as necessidades locais. São 115 cursos técnicos de nível médio, 56 cursos superiores de engenharia, tecnologia, bacharelado e licenciatura, 38 especializações, quatro mestrados e um doutorado.

Cursos técnicos

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São cursos profissionalizantes que preparam o estudante para o mercado de trabalho e que são organizados por eixos tecnológicos de acordo com o catálogo nacional de cursos técnicos[4][5]. Os eixos tecnológicos são: Ambiente e saúde, Desenvolvimento Educacional e Social, Controle e Processos Industriais, Gestão e Negócios, Informação e Comunicação, Infraestrutura, Produção Alimentícia, Produção Cultural e Design, Produção Industrial, Recursos Naturais, Segurança, Turismo, Hospitalidade e Lazer.

A oferta é estruturada em três modalidades: Integrada regular, opção para quem já concluiu o Ensino Fundamental e deseja cursar o Ensino Médio simultaneamente ao técnico, Integrada na modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA), para maiores de 18 anos que já tenham concluído o Ensino Fundamental, e Subsequente, para quem já concluiu o Ensino Médio.

Cursos superiores

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O IFPA conta com cursos de tecnologia, bacharelado e licenciatura, ancorados no tripé Ensino, Pesquisa e Extensão. Os cursos de tecnologia enfocam em aplicações tecnológicas de um campo do conhecimento, a fim de atender demandas específicas do mercado de trabalho. Os bacharelados são voltados para formar profissionais de nível superior com ênfase em atividades de pesquisa e os cursos superiores de licenciatura são focados na formação de professores para educação básica.

Pós-graduação

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O Instituto oferta cursos de pós-graduação nas modalidades lato sensu e stricto sensu. Os mestrados e doutorado ofertados pelo IFPA são profissionais, ou seja, são voltados para o desempenho de um alto nível de qualificação profissional, diferentemente do mestrado ou doutorado acadêmicos, que focam em formar pesquisadores e professores[6].

Formação inicial e continuada - FIC

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Uma possibilidade de qualificação profissional aberta à comunidade. Os cursos FIC são de curta duração e estão voltados para capacitar, atualizar e aperfeiçoar o cidadão que pretende ingressar no mundo do trabalho, bem como aquele que nele já se encontra e deseja se qualificar[7]. O Instituto já ofertou FICs em diversas áreas para os públicos interno e externo. Os cursos são propostos após um levantamento de demandas locais e podem ser ofertados de forma presencial ou a distância.

O Instituto conta com mais de 142 Grupos de Pesquisa, nas áreas Ciências Humanas, Ciências Agrárias, Ciências Biológicas, Ciências Ambientais, Ciências Exatas e da Terra, Ciências Sociais Aplicadas, Ciências da Saúde, Linguística, Letras e Artes, Multidisciplinar e Engenharias.

Além de promover o Ensino e incentivar a Pesquisa, o IFPA forma profissionais com competência para aplicação e desenvolvimento de Inovação Tecnológica, difusão de tecnologias e gestão de processos de produção de bens e serviços. Para gerenciar a política de incentivo à inovação e à pesquisa científica e tecnológica, há o Núcleo de Inovação e Transferência de Tecnologia (NITT), que viabiliza estratégias e ações relacionadas à propriedade intelectual nos âmbitos interno e externo do IFPA. O NITT ajuda a proteger legalmente o resultado das pesquisas desenvolvidas no Instituto, dando suporte para que as invenções sejam registradas junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).

É o NITT que faz a gestão das tecnologias que são solicitadas para o registro da propriedade intelectual através de patentes, desenhos industriais e programas de computador. Há ainda as Tecnologias Sociais produzidas e registradas a nível de campus, e as Tecnologias Assistivas, que são produzidas através do Núcleo de Tecnologias Assistivas de cada campus. A produção de tecnologias inovadoras é fomentada através de ações de capacitação e difusão dos temas Empreendedorismo e Inovação. O Instituto também conta com Agentes de Inovação, presentes em todos os campi para incentivar a cultura de produção tecnológica na Instituição.

A Editora do IFPA (EdIFPA), responsável por editar ou coeditar, publicar e divulgar trabalhos relacionados ao ensino, à pesquisa, à extensão, à pós-graduação e à inovação, produzidos por docentes, técnicos administrativos, discentes e membros de grupos de pesquisas ativos do IFPA, além de membros externos.

A Editora publica livros impressos, e-books, revistas científicas, entre outras publicações, e oferece serviços editoriais, como emissão de ISBN e ISSN, para as publicações do IFPA. Anualmente, a EdIFPA lança chamadas para publicação, sempre procurando atender à demanda institucional.

Socializar e democratizar o acesso ao conhecimento produzido é o princípio da Extensão, cujas atividades garantem uma relação dialógica e transformadora entre o Instituto e a sociedade em geral. É através da Extensão que os conhecimentos produzidos, vividos e possibilitados na academia são repassados, mostrados e oferecidos à comunidade externa, que, dessa forma, pode também fazer uso dos saberes produzidos nos espaços educacionais, científicos e tecnológicos. As áreas temáticas das ações de extensão do IFPA são: Comunicação; Cultura; Direitos Humanos e Justiça; Educação, Formação de professores e Educação profissional; Meio Ambiente; Saúde; Tecnologia e Produção; e Trabalho.

Ligações externas

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Referências
  1. Lei nº 11.892, de 29 de dezembro de 2008
  2. «Institucional». ifpa.edu.br. Consultado em 4 de março de 2024 
  3. «Instituto Federal do Pará». ifpa.edu.br. Consultado em 4 de março de 2024 
  4. «Catálogo Nacional de Cursos Técnicos | CNCT». cnct.mec.gov.br. Consultado em 4 de março de 2024 
  5. «Cursos da Educação Profissional Técnica de Nível Médio». portal.mec.gov.br. Consultado em 4 de março de 2024 
  6. «O que é mestrado profissional, mestrado acadêmico e doutorado?». PRPPG/UFC – Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal do Ceará. Consultado em 4 de março de 2024 
  7. «O que é um curso FIC ou de qualificação?». Portal do IFSC. Consultado em 4 de março de 2024 
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