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Higor V. Caesse

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Higor V. Caesse
Nascimento 22 de abril de 1920
Moscovo
Morte 30 de abril de 1987
São Paulo
Cidadania União Soviética, Brasil
Ocupação filósofo

Higor V. Caesse, pseudônimo de Higor Vyssótski Krilóv Semeónitch (Moscou, 22 de abril de 1920São Paulo30 de abril de 1987) foi um filósofoescritorromancista russo, naturalizado brasileiro pouco antes de sua morte. Caesse (nome que representa a abreviação do seu sobrenome original) destacou-se no cenário brasileiro e internacional[1] não só pelos seus trabalhos literários, mas também pela contribuição à filosofia existencialista que estava se desenvolvendo no Brasil em plena década de 1950. Caesse foi um dos maiores autores subversivos brasileiro do século XX[1] a tal ponto que, na década de 1970, foi citado como principal teórico do existencialismo no Brasil pela revista argentina Somos.

Escritor militante, apoiou causas políticas de esquerda com a sua vida e a sua obra. Durante a ditadura militar brasileira, Caesse atuou em produções subversivas. Suas histórias não tinham o fanatismo e a densidade de Dostoievski nem o idealismo de Tolstoi, mas eram a retratação de que a existência precede a essência,[2] pois defendia que o homem primeiro existe, depois se define,[3] enquanto todas as outras coisas são o que são, sem se definir. Suas obras mais citadas são Memórias imaginadas, Tempos difíceis virão (onde combatia ações políticas que precederiam o golpe militar) e Vida intangível.[4]

Faleceu na madrugada de 30 de abril de 1987 de causas naturais.

Principais obras publicadas:

Romance (Ficção)

  • Memórias imaginadas (1957)
  • Tempos difíceis virão (1963)
  • Vida intangível (1984, Ed. Mezir)
  • A tenra indiferença do mundo (póstumo, 1989, Ed. Mezir)

Ensaios

  • Não estamos sorrindo (1949)
  • Delírios cotidianos de hoje (195*)
  • Folhetim independente (vários, década de 1970)

"A vida é feita de muitas verdades. Cada verdade, por sua vez, contém muitas mentiras. E em toda mentira há muitas vidas." (de Vida intangível, 1984)

"Sempre fui fraco para paixões. Comigo, todas são arrebatadoras. É só baixar a guarda por apenas um momento e elas vêm correndo para cima da gente, implacavelmente." (de Sete, 1957)

Referências
  1. a b Danelon, Márcio (1 de maio de 2022). «O conceito sartreano de liberdade: implicações éticas». Universidade Estadual de Maringá. Revista Urutagua (Nº 04). Consultado em 27 de abril de 2022 
  2. «Jean-Paul Sartre - A existência precede a essência». Factível - Idéias e lembranças. Consultado em 20 de janeiro de 2016 
  3. «O EXISTENCIALISMO DE JEAN PAUL SARTRE E A PEDAGOGIA DA AUTONOMIA DE PAULO FREIRE» (PDF). webcache.googleusercontent.com. Consultado em 20 de janeiro de 2016 
  4. «ALÉM DO BEM E DO MAL...: A vida Intangível». Consultado em 20 de janeiro de 2016