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Hidrogênio metálico

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Gigantes gasosos como Júpiter (foto acima) podem conter grandes quantidades de hidrogênio metálico (retratado em cinza) e hélio metálico.[1]

O hidrogênio metálico líquido constitui-se de elétrons e prótons ionizados (como no interior do Sol, mas a uma temperatura bem mais baixa). À temperatura e pressão do interior de Júpiter, o hidrogênio é um líquido, não um gás. É um condutor elétrico e a fonte do campo magnético de Júpiter. Essa camada provavelmente também contém alguma quantidade de hélio e traços de vários "gelos". A existência do hidrogênio metálico foi proposta em 1930. As experiências até agora feitas previam que o elemento poderia atingir o estado sólido a cerca de 620 GPa. Experiências práticas já tinham submetido o gás a até 250 GPa.[2]

O cientista francês René Le Toullec anunciou não somente o aumento da pressão conseguida, mas também baixou drasticamente a pressão prevista para que o gás se solidifique. A experiência baseou-se em uma célula de diamante, onde se submeteu o hidrogênio a 320 GPa, a 100 K. O material foi analisado através de um espectrofotômetro, que mediu a absorção de luz do material à medida que a pressão era aumentada. A 320 GPa o material tornou-se opaco. Espera-se que o hidrogênio sólido possa ser preto. Interpolações feitas com base na experiência mostram que o estado sólido poderá ser atingido a 450 GPa, bem abaixo dos 620 anteriormente previstos.

Em outubro de 2016, houve reivindicações de que o hidrogênio metálico foi observado em laboratório a uma pressão de cerca de 495 gigapascals (4 950 000 bar, 4 890 000 atm, 71 800 000 psi). Em janeiro de 2017, cientistas da Universidade de Harvard anunciaram a primeira criação de hidrogênio metálico em laboratório, através do uso de uma célula de bigorna de diamante. Algumas observações consistentes com o comportamento metálico foram relatadas, como a observação de algumas novas fases de hidrogênio sólido em condições estáticas.[3][4] Além disso, em um líquido denso de deutério, as transições elétricas isolador-condutor foram associadas a um aumento da refletividade óptica.[5]

Referências
  1. Stevenson, D. J. (2008). «Metallic helium in massive planets». Proceedings of the National Academy of Sciences. 105 (32): 11035–11036. Bibcode:2008PNAS..10511035S. PMC 2516209Acessível livremente. doi:10.1073/pnas.0806430105 
  2. Wigner, E.; Huntington, H.B. (1935). «On the possibility of a metallic modification of hydrogen». Journal of Chemical Physics. 3 (12): 764. Bibcode:1935JChPh...3..764W. doi:10.1063/1.1749590 
  3. Eremets, M. I.; Troyan, I. A. (2011). «Conductive dense hydrogen». Nature Materials. 10 (12): 927–931. Bibcode:2011NatMa..10..927E. doi:10.1038/nmat3175 
  4. Dalladay-Simpson, P.; Howie, R.; Gregoryanz, E. (2016). «Evidence for a new phase of dense hydrogen above 325 gigapascals». Nature. 529 (7584): 63–67. Bibcode:2016Natur.529...63D. doi:10.1038/nature16164 
  5. Knudson, M.; Desjarlais, M.; Becker, A. (2015). «Direct observation of an abrupt insulator-to-metal transition in dense liquid deuterium». Science. 348 (6242): 1455–1460. Bibcode:2015Sci...348.1455K. doi:10.1126/science.aaa7471 
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