[go: up one dir, main page]

Saltar para o conteúdo

KV54

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
KV54
Local de sepultamento de itens da tumba de Tutancâmon
Localização Vale dos Reis, ao lado da KV18
Descoberta 1907[1]
Escavação Edward Russell Ayrton (1907-08), MISR Project: Mission Siptah-Ramses X (1999-00)[1]
Extensão 1.69 m[1]
Área 2 [1]

A tumba KV54 (acrônimo de "King's Valley #54"), no Vale dos Reis em Egito, foi inicialmente escavada por Edward R. Ayrton em nome do advogado americano Theodore M. Davis, que fundou o trabalho.

Esta não é uma tumba, mas sim um pequeno buraco localizado perto da tumba de Seti I e continha uma dúzia de grandes jarros de armazenamento selados. Os jarros continham vários equipamentos e objetos que foram cuidadosamente embalados. Continha cerâmicas, pratos, sacos de natrão, ossos de animais, colar de flores e linho com textos datados dos anos finais do então pouco conhecido Tutancâmon.

Em 1909 Theodore Davis doou fundos que permitiu que ele levasse para fora do Egito os conteúdos de seis jarros,[2] que eram de pouco valor intrínsico para o Metropolitan Museum of Art (New York)[3] onde estão atualmente. Davis declarou à imprensa que ele havia encontrado a tumba de Tutancâmon em um livro chamado As Tumbas de Horemebe e Tutancâmon (Tombs of Harmhabi and Touatankhamanou) em 1932.

Reconhecendo que KV54 não era a tumba de Tutancâmon e que era um sinal da existência da tumba a ser descoberta, o arqueólogo Howard Carter, que eventualmente descobriu a tumba de Tutancâmon, correspondeu-se com o diretor de egiptologia do Metropolitan Museu, Hebert Winlock, sobre este tema em 1915[4]

Em 1923, Winlock, que tinha encontrado conteúdo similar da KV54 em outras escavações no Vale dos Reis, identificou a KV54 como uma câmara de embalsamamento, ao invés de uma tumba, representando material de refugo da mumificação do faraó. A comida e outros itens relativos vieram provavelmente do banquete funerário realizado em homenagem ao faraó.

Quando a tumba de Tutancâmon foi descoberta em 1922, itens similares foram encontrados no corredor de acesso[5] e pensa-se que após uma primeira tentativa de roubo o material de embalsamamento foi movido para uma câmara que é a KV54 e o corredor foi enchido com escombros rochosos a fim de impedir um novo assalto, o que deve ter funcionado visto que a tumba chegou até a sua descoberta com todos os seus itens intactos.

  1. a b c d «Theban Mapping Project (em inglês)». Consultado em 12 de setembro de 2008. Arquivado do original em 24 de junho de 2008 
  2. Forbes, Dennis C. Tombs, Treasures, Mummies: Seven Great Discoveries of Egyptian Archaeology. p.517 KMT Communications, Inc. 1998. ISBN 1-879388-00-7
  3. Forbes, Dennis C. Tombs, Treasures, Mummies: Seven Great Discoveries of Egyptian Archaeology. p.321 KMT Communications, Inc. 1998. ISBN 1-879388-00-7
  4. Bickerstaffe, Dylan. Embalming Caches in The Valley of the Kings, KMT. p.48. Summer 2007.
  5. Reeves, Nicholas. Wilkinson, Richard H. The Complete Valley of the Kings. Thames & Hudson. 1997. (Reprint) ISBN 0-500-05080-5
  • Davis, Theodore M. The Tombs of Harmhabi and Touatânkhamanou. London: Duckworth Publishing, 2001. ISBN 0-7156-3072-5
  • Reeves, N & Wilkinson, R.H. The Complete Valley of the Kings, 1996, Thames and Hudson, London
  • Siliotti, A. Guide to the Valley of the Kings and to the Theban Necropolises and Temples, 1996, A.A. Gaddis, Cairo
  • Winlock, H.E. Materials Used in the Embalming of King Tut-ankh-Amun, 1941, New York.

Ligações externas

[editar | editar código-fonte]
Ícone de esboço Este artigo sobre Egiptologia é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.