Fredi Bobič
Bobič em selo faroês comemorativo dos 100 anos da FIFA | ||
Informações pessoais | ||
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Nome completo | Fredi Bobič | |
Data de nascimento | 30 de outubro de 1971 (53 anos) | |
Local de nascimento | Maribor, Iugoslávia | |
Altura | 1,88 m | |
Informações profissionais | ||
Posição | Atacante (aposentado) | |
Clubes profissionais | ||
Anos | Clubes | Jogos e gol(o)s |
1992–1994 1994–1999 1999–2002 2002 2002–2003 2003–2005 2006 |
Stuttgarter Kickers Stuttgart Borussia Dortmund Bolton Wanderers Hannover 96 Hertha Berlim Rijeka |
62 (26) 148 (69) 56 (17) 15 (4) 27 (14) 54 (18) 8 (2) |
Seleção nacional | ||
1994–2004 | Alemanha | 37 (10) |
Fredi Bobič (Maribor, 30 de outubro de 1971) é um ex-futebolista esloveno, e de parcial origem croata,[1] que naturalizou-se como alemão.[2]
Foi artilheiro da Bundesliga de 1995-96 (com o Stuttgart) e, na sequência, integrante da seleção alemã vencedora da Eurocopa 1996.[3]
Carreira de jogador
[editar | editar código-fonte]Filho de pai esloveno e mãe croata,[4] mudou-se ainda bebê com os pais para a então Alemanha Ocidental.[1] Iniciou a carreira juvenil em 1979, com o VfR Bad Cannstatt. Começou na equipa juvenil do VfB Stuttgart, mas debutou profissionalmente em 1992, no Stuttgarter Kickers. Voltou em 1994 para o rival mais famoso do clube, o VfB Stuttgart.[3] Ali, integrou trio celebrado com Krasimir Balakov e Élber,[5] em entrosamento que renderia também amizade fora dos campos.[6]
Ao fim da temporada 1995-97, ele e Élber haviam composto a melhor dupla ofensiva da Bundesliga, somando 33 gols.[7] Artilheiro do torneio, com 17 gols, Bobič,que já havia jogado duas vezes pela Seleção Alemã, mas como reserva de poucos minutos,[3] acabou convocado à campanha campeã na Eurocopa 1996. Porém, prejudicado por uma lesão, não conseguiu o mesmo protagonismo de Jürgen Klinsmann e Oliver Bierhoff;[8] foi titular em três partidas (uma delas, curiosamente, contra a Croácia, terra de sua mãe),[1] registrando a assistência para Christian Ziege marcar o primeiro gol da campanha,[3] mas não chegou a ser usado na semifinal e na decisão.[1]
Já no clube, treinado por Joachim Löw, em seu primeiro grande trabalho como treinador, seu trio com Élber e Balakov viria a vencer a Copa da Alemanha de 1996-97.[9] Ainda no Stuttgart, Bobič seguiu como destaque no elenco vice-campeão para o Chelsea na Recopa Europeia de 1997-98,[10] sendo àquela altura o capitão do plantel - chegaria a aparecer no álbum da Panini para a Copa do Mundo FIFA de 1998, embora acabasse não convocado.[1] Já na temporada 1998-99, seu clube precisou lutar contra o rebaixamento. Bobič marcou o gol que salvou os suábios na dramática rodada final da Bundes.[11]
Foi para o Borussia Dortmund ainda em 1999 e ali permaneceu por três temporadas, sendo nas duas primeiras o artilheiro do elenco.[1] Na terceira, a de 2001-02, a equipe venceria a Bundesliga, já com Amoroso como grande destaque do ataque:[12] Bobič começou a temporada ainda no Dortmund,[13] integrando a metade inicial da campanha campeã - pois, em janeiro de 2002, terminou emprestado à equipe inglesa do Bolton Wanderers.[3]
No Bolton, Bobič foi visto como peça vital na salvação do clube contra o rebaixamento na Premier League de 2001-02, embora marcasse gols em somente dois jogos: um, em vitória de 3-2 sobre o Aston Villa e os demais três, especialmente recordados, por virem em duelo direto com o Ipswich Town - um hat trick em vitória por 4-1. [3] Na temporada seguinte, reforçou o Hannover 96, com o qual brigou pela artilharia nas rodadas iniciais da Bundesliga,[14] ajudando-o em campanha que vinha notável pelos pontos conquistados contra as equipes consideradas mais fortes.[15] O bom desempenho lhe rendeu um retorno à seleção após quatro anos, embora já após a Copa do Mundo FIFA de 2002.[3]
Já como jogador do Hertha Berlim, foi chamado pela seleção para a Eurocopa 2004,[16] trajetória onde vinha conseguindo seu melhor momento em gols pela Mannschaft. Contudo, a precoce eliminação na fase de grupos da Euro encerrou seu ciclo na equipe nacional. Encerrou a carreira em 2006, no croata Rijeka, onde conquistou na sua única temporada no clube uma Copa da Croácia.[3]
Dirigente
[editar | editar código-fonte]Após parar de jogar, notabilizou-se como dirigente de sucesso em diferentes clubes alemães, trajetória iniciada na Bulgária sob recomendação do antigo colega Krasimir Balakov:[1] após exercer o cargo no próprio Stuttgart,[17] entre 2010 e 2014,[3] foi tido como um dos grandes responsáveis da ascensão do Eintracht Frankfurt a partir da segunda metade da década de 2010. Soube gestar equipes competitivas mesmo com poucos gastos,[18] a ponto de ser Bobič a pessoa considerada como principal reforço do Hertha Berlim em 2021.[19] Chegou também a ser apontado pela imprensa como candidato a exercer o mesmo cargo na Seleção Alemã, após o fracasso alemão na Copa do Mundo FIFA de 2022.[20]
Títulos
[editar | editar código-fonte]Individual
[editar | editar código-fonte]- Artilheria da Bundesliga: 1995-96
Alemanha
[editar | editar código-fonte]Stuttgart
[editar | editar código-fonte]- Copa da Alemanha: 1996-97
Borussia Dortmund
[editar | editar código-fonte]- Bundesliga: 2001-02
Rijeka
[editar | editar código-fonte]- Copa da Croácia: 2005-06
- ↑ a b c d e f g CASADO, Edu (21 de maio de 2020). «Qué fue de… Fredi Bobic: un esloveno goleador con la selección alemana» (em espanhol). 20Minutos. Consultado em 18 de março de 2024
- ↑ PODNAR, Ozren. «Foreign Legions When it comes to selecting for national success, picking naturalized players knows no borders.» (em inglês). Soccerphile. Consultado em 18 de março de 2024
- ↑ a b c d e f g h i «EURO WHITES: FREDI BOBIC» (em inglês). Bolton Wanderers. 2 de julho de 2016. Consultado em 18 de março de 2024
- ↑ «Fredi Bobic será novo diretor esportivo de Stuttgart». Terra. 27 de julho de 2010. Consultado em 18 de março de 2024
- ↑ STEIN, Leandro (29 de março de 2016). «Os 50 anos de Balakov: mágico da Bulgária de 94 e ídolo de dois grandes clubes europeus». Trivela. Consultado em 18 de março de 2024
- ↑ «Élber: "Nem daqui a 100 anos terá explicação!"». Trivela. 26 de maio de 2009. Consultado em 18 de março de 2024
- ↑ «Alemanha - Stuttgart». Placar n. 1118, p. 61. Agosto de 1996. Consultado em 18 de março de 2024
- ↑ SOUZA, Felipe dos Santos (8 de julho de 2020). «Os 60 anos da Eurocopa: A história completa, parte III (1992-2004)». Trivela. Consultado em 18 de março de 2024
- ↑ «Alemanha – Cinco perguntas». Trivela. 29 de maio de 2008. Consultado em 18 de março de 2024
- ↑ STEIN, Leandro (29 de maio de 2019). «As outras glórias continentais dos anos 1990: Quando Chelsea e Arsenal conquistaram a Recopa». Trivela. Consultado em 18 de março de 2024
- ↑ STEIN, Leandro (11 de maio de 2018). «Três temporadas em que a luta contra a queda na Bundesliga foi completamente maluca». Trivela. Consultado em 18 de março de 2024
- ↑ «Ídolo, Amoroso usa derrota em 2002 para alertar Dortmund antes de final». Globo Esporte. 24 de maio de 2013. Consultado em 18 de março de 2024
- ↑ «Borussia Dortmund» (em alemão). DFB. Consultado em 18 de março de 2024
- ↑ WEICHTER, Marcio (5 de novembro de 2002). «Rodada sem gols brasileiros». Deutsche Welle. Consultado em 18 de março de 2024
- ↑ WEICHTER, Marcio (15 de novembro de 2002). «Disputa acirrada atrás do Bayern». Deutsche Welle. Consultado em 18 de março de 2024
- ↑ «Um grande vai cair cedo». Placar n. 1271, p. 57. Junho de 2004. Consultado em 18 de março de 2024
- ↑ «Dirigente confirma que Khedira pediu para sair do Stuttgart». Trivela. 29 de julho de 2010. Consultado em 18 de março de 2024
- ↑ STEIN, Leandro (9 de fevereiro de 2021). «O Eintracht Frankfurt ganha motivos para acreditar na volta à Champions após 61 anos, mesmo calejado pelas decepções». Trivela. Consultado em 18 de março de 2024
- ↑ STEIN, Leandro (13 de agosto de 2021). «Dez histórias para acompanhar de perto na nova temporada da Bundesliga». Trivela. Consultado em 18 de março de 2024
- ↑ STEIN, Leandro (7 de dezembro de 2022). «Apesar do fracasso na Copa, federação alemã opta por manter Hansi Flick como técnico da seleção». Trivela. Consultado em 18 de março de 2024
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