Fernando Lobo Leite Pereira
Fernando Lobo | |
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Senador por Minas Gerais | |
Período | 1896 até 1898 |
Ministro da Justiça | |
Período | 1892 até 1893 |
Presidente | Floriano Peixoto |
Antecessor(a) | Antônio Luís Afonso de Carvalho |
Sucessor(a) | Alexandre Cassiano do Nascimento |
Ministro das Relações Exteriores | |
Período | 1891 até 1892 |
Presidente | Floriano Peixoto |
Antecessor(a) | Justo Leite Chermont |
Sucessor(a) | Serzedelo Correia |
Vice-presidente do Banco do Brasil | |
Período | 1893 até 1895 |
Vice-presidente da Província de Minas Gerais | |
Período | 1890 |
Dados pessoais | |
Nome completo | Fernando Lobo Leite Pereira |
Nascimento | 8 de junho de 1851 Campanha, Província de Minas Gerais, Império do Brasil |
Morte | 20 de fevereiro de 1918 (66 anos) Rio de Janeiro, RJ |
Nacionalidade | brasileiro |
Alma mater | Faculdade de Direito de São Paulo |
Esposa | Maria Barroso Lobo Leite Pereira |
Filhos(as) | Ao menos dois; incluindo Hélio Lobo |
Partido | Partido Republicano Federal |
Profissão | Advogado, escritor, jornalista, político |
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Fernando Lobo Leite Pereira (Campanha, 8 de junho de 1851 — Rio de Janeiro, 20 de fevereiro de 1918) foi um escritor, jornalista e político brasileiro. Exerceu os cargos de senador da República por Minas Gerais, Ministro das Relações Exteriores e da Justiça no governo de Floriano Peixoto. Na eleição de 1898, foi candidato a vice-presidente da República, mas ficou em um distante segundo lugar.
Lobo era irmão de Américo Lobo Leite Pereira, ministro do Supremo Tribunal Federal, bem como pai do diplomata e escritor Hélio Lobo. Além dos cargos ocupados, Lobo atuou como advogado, escritor e jornalista.
Família e educação
[editar | editar código-fonte]Lobo era filho do comendador e professor Joaquim Lobo Leite Pereira e de Ana Leopoldina Lopes de Araújo.[1] Um de seus irmãos, Américo, exerceu cargos políticos antes de integrar o Supremo Tribunal Federal, de 1894 a 1903.[4] Era casado com Maria Barroso Lobo Leite Pereira.[1] Seu filho Hélio atuou como diplomata e embaixador, bem como membro da Academia Brasileira de Letras.[5]
Lobo estudou no Colégio São Bento, no Rio de Janeiro, e em seguida matriculou-se na Faculdade de Direito de São Paulo, de onde bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais em 1876.[1]
Carreira
[editar | editar código-fonte]Durante a faculdade, Lobo realizou ativismo pela instauração da República. Já formado, retornou à Minas Gerais e exerceu advocacia em Leopoldina; eventualmente se mudou para Juiz de Fora. Em 1890, foi designado vice-presidente da Província de Minas Gerais pelo recém instalado governo republicano. Foi um dos fundadores do Banco Popular de Minas Gerais, bem como seu primeiro presidente, em 1891.[1][6]
Em 1891, Lobo foi nomeado pelo presidente Floriano Peixoto como Ministro das Relações Exteriores. Permaneceu nesta função até o ano seguinte, quando Peixoto o designou como Ministro da Justiça.[7]
De 1893 a 1895, Lobo foi vice-presidente do Banco do Brasil.[1] Em 1895, exerceu brevemente o cargo de presidente do banco, em caráter interino.[8] Após recusar um convite para ser nomeado a uma vaga no Supremo Tribunal Federal, foi nomeado senador da República em 1896, no lugar de Joaquim Felício dos Santos.[1]
Na eleição de 1898, Lobo foi o candidato a vice-presidente na chapa liderada por Lauro Sodré. Com o apoio do Partido Republicano Federal, Lobo recebeu 40.629 votos, ante 412.074 votos de Francisco de Assis Rosa e Silva.[1][9] Logo depois, renunciou ao seu assento no Senado e passou a dedicar-se exclusivamente ao exercício da advocacia em Juiz de Fora.[1]
Em 1908, Lobo foi eleito presidente do Banco de Crédito Real de Minas Gerais S.A. Em 1914, tornou-se diretor da Carteira Comercial do Banco do Brasil.[1]
- ↑ a b c d e f g h i j Vanessa Lana (2008). «LOBO, Fernando» (PDF). Fundação Getúlio Vargas. Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Consultado em 3 de agosto de 2020
- ↑ «Fernando Lobo». Senado Federal. 2020. Consultado em 3 de agosto de 2020
- ↑ «Fernando Lobo Leite Pereira». Brasiliana Fotográfica. 2020. Consultado em 3 de agosto de 2020
- ↑ «Americo Lobo Leite Pereira». Supremo Tribunal Federal. 2020. Consultado em 3 de agosto de 2020
- ↑ «HELIO LOBO LEITE PEREIRA». Fundação Getúlio Vargas. Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Consultado em 3 de agosto de 2020
- ↑ Vera Lúcia do Lago Souza (2006). «ATHENAS DO SUL DE MINAS ENTRE A MEMÓRIA E A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO: PRÁTICAS E REPRESENTAÇÕES DAS ELITES DE CAMPANHA – 1870/1930» (PDF). Universidade Estadual de Campinas. Consultado em 3 de agosto de 2020
- ↑ «Fernando Lobo Leite Pereira». Arquivo Nacional. 13 de novembro de 2018. Consultado em 3 de agosto de 2020
- ↑ «BANCO DO BRASIL – RELAÇÃO DOS PRESIDENTES (DESDE 1853)» (PDF). Associação de Aposentados e Pensionista do Banco do Brasil. 2016. Consultado em 3 de agosto de 2020
- ↑ «Eleição para Presidente em 1898». Duplipensar. Consultado em 3 de agosto de 2020
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Fernando Lobo Leite Pereira, perfil no sítio eletrônico da Fundação Alexandre de Gusmão
- Relatório apresentado ao Vice-presidente da República dos Estados Unidos do Brasil pelo dr. Fernando Lobo Leite Pereira, Ministro de Estado dos Negócios do Interior, em abril de 1892
Precedido por Justo Chermont |
Ministro das Relações Exteriores do Brasil 1891–1892 |
Sucedido por Serzedelo Correia |
Precedido por José Higino Duarte Pereira |
Ministro do Interior do Brasil 1892 |
Sucedido por Alexandre Cassiano do Nascimento |
Precedido por Rangel Pestana |
Presidente do Banco do Brasil (interino) 1895 |
Sucedido por Afonso Pena |