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Formação Furnas

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Formação Furnas
Distribuição estratigráfica: Siluriano superior? ao Devoniano
Formação Furnas
Furna existente no Parque Estadual de Vila Velha, Paraná e que deu nome à formação.
Tipo Formação geológica
Unidade do(a) Bacia do Paraná (Supersequência Paraná)
Sucedida por Formação Ponta Grossa
Precedida por Formação Vila Maria
Espessura máxima 250m
Litologia
Primária Arenitos
Outras Conglomerados
Localização
Nomeada por Oliveira, E. P. (1912)
País  Brasil

A Formação Furnas é uma formação geológica da Bacia do Paraná. É representada principalmente por arenitos quartzosos, brancos, de granulometria média a grossa e que exibem estratificações cruzadas de diversas naturezas e porte. Sua cor branca se deve à presença do argilomineral caulinita. Na base da formação ocorrem camadas de conglomerados. Atinge espessuras de até 250m, sendo que sua faixa de afloramentos ocorre principalmente na região da chamada "Escarpa Devoniana", Paraná, Brasil. A idade da sua porção basal é problemática, sendo sua deposição possivelmente iniciada no final do Siluriano. Já sua porção superior é seguramente Devoniana[1]. A Formação Furnas teve sua denominação introduzida pelo geólogo Eusébio Paulo de Oliveira, em 1912, que a chamou de grés de Furnas, sendo “grés” uma antiga denominação para arenito e Furnas uma referência às furnas existentes nos arenitos desta formação, no Parque Estadual de Vila Velha[2].

A Formação Furnas pertence à supersequência estratigráfica de segunda ordem denominada Supersequência Paraná[3]. A interpretação de seu conteúdo icnofossilífero indica que sua deposição deu-se provavelmente numa plataforma marinha rasa[4].

Apesar de seus pacotes arenosos serem possíveis reservatórios de petróleo, até o momento foram encontrados somente poucos indícios de gás natural em poços perfurados na porção central da Bacia do Paraná[5].

Referências
  1. Milani, E. J.; Melo, J. H. G.; Souza, P. A.; Fernandes; L. A. e França, A. B. (2007) Bacia do Paraná. IN: Cartas Estratigráficas - Boletim de Geociências da Petrobras, Rio de Janeiro, v. 15, n. 2, p. 265-287, mai/Nov. 2007
  2. Oliveira, E. P. (1912) O terreno devoniano do sul do Brasil. IN: Annaes da Escola de Minas de Ouro Preto, vol. 14, pp. 31-41.
  3. Milani, E. J. (1997) Evolução tectono-estratigráfica da Bacia do Paraná e seu relacionamento com a geodinâmica fanerozoica do Gondwana sul-ocidental. 1997. 2vol. Il. Tese (Doutorado) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Curso de Pós-Graduação em Geociências, Porto Alegre.
  4. Assine, M. L. (1996) Aspectos da estratigrafia de sequências pré-carboníferas da Bacia do Paraná. 207p. Tese de doutoramento – Universidade Estadual de São Paulo, SP, 1996.
  5. Milani, E. J.; França, A. B.; Medeiros, R. Á. (2007) Roteiros Geológicos, rochas geradoras e rochas-reservatório da Bacia do Paraná. IN: Boletim de Geociências da Petrobras, Rio de Janeiro, v. 15, n. 1, p. 135-162, Nov. 2006/maio/2007.

Bibliografia Complementar

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  • Bigarella, J. J.; Salamuni, R.; Marques Filho, P. L. (1961) Considerações sobre a Formação Furnas. (em português) Bol. Paranaense de Geografia. 4/5: 53 pp., Curitiba, PR.
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