Eli Ohana
Ohana em 2017. | ||
Informações pessoais | ||
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Data de nasc. | 1 de fevereiro de 1964 (60 anos) | |
Local de nasc. | Jerusalém, Israel | |
Nacionalidade | israelense | |
Altura | 1,78 m | |
Pé | destro | |
Apelido | Eli, the King | |
Informações profissionais | ||
Clube atual | Beitar Jerusalém (Presidente) | |
Posição | ex-atacante e meio-campo | |
Clubes de juventude | ||
1975–1980 | Beitar Jerusalém | |
Clubes profissionais | ||
Anos | Clubes | Jogos (golos) |
1980–1987 1987–1990 1990–1991 1991–1999 |
Beitar Jerusalem KV Mechelen Braga Beitar Jerusalem |
jogos (golos) |
Seleção nacional | ||
1984–1997 | Israel | |
Times/clubes que treinou | ||
1998–2000 2000–2001 2001 2001–2003 2003–2005 2006–2008 2008–2016 2010 2017– |
Beitar Jerusalem Bnei Yehuda Tel Aviv Maccabi Petach Tikva Bnei Yehuda Tel Aviv Beitar Jerusalem Hapoel Kfar Saba Israel Sub-19 Israel Beitar Jerusalem |
Eliyahu Ohana, mais conhecido como Eli Ohana (em hebraico: אלי אוחנה; Jerusalém, 1 de fevereiro de 1964) é um ex-futebolista israelita que atuava como atacante. Atualmente é presidente do Beitar Jerusalem, clube no qual é ídolo. Era atacante, mas também atuava como meio-campista, sendo considerado um dos melhores jogadores da história de Israel,[1] ganhando o apelido " the King ".[2]
Juventude
[editar | editar código-fonte]Ohana nasceu em Jerusalém, numa família de imigrantes judeus sefarditas vindos de Marrocos, que se estabeleceu pela primeira vez em Wadi Salib ma'abara, em Haifa. Tem 9 irmãos, sendo 7 homens e 2 mulheres, tendo sua família sofrido financeiramente.[3]
Carreira
[editar | editar código-fonte]Início
[editar | editar código-fonte]Aos 11 anos, Ohana entrou na base do Beitar Jerusalém com o incentivo de seu irmão, Yossi. Mas seu pai, um judeu tradicional, inicialmente se opôs, mas permitiu-lhe entrar com a condição de que frequentasse a sinagoga antes de ir treinar todos os sábados.[3] Embora bom em campo, Ohana teve problemas na escola e seu irmão Yossi aconselhou-o a escolher entre o futebol e os estudos. Ohama então escolheu o futebol e foi morar com seu irmão, que havia se casado recentemente.[carece de fontes]
Beitar Jerusalém
[editar | editar código-fonte]Em 1977, Ohana liderou o time juvenil do Beitar Jerusalém ao título estadual. Destacou-se pela capacidade de marcar gols com facilidade e foi promovido ao time principal. O Beitar jogava na 2a divisão (Artzit) na época. Embora Ohana não tenha ído bem em suas primeiras partidas, ele e seu companheiro Uri Malmilian, mais tarde levaram o clube para a 1a liga (Leumit),[3] e ajudaram o clube nas conquistas de seu 1° título da liga e 2 Copas.[4]
Sydney City
[editar | editar código-fonte]Em 1986, Ohana ingressou no clube australiano Sydney City por um empréstimo de curto prazo, no qual jogou apenas 5 partidas.[5][6]
KV Mechelen
[editar | editar código-fonte]Aos 23 anos, Ohana assinou com o KV Mechelen, da Bélgica. (O dinheiro da venda de Ohana pagou pelos campos do Bayit VeGan usados desde então para os treinos da equipe.) Depois de uma temporada, Ohana foi fundamental para o clube vencer a Taça dos Clubes Vencedores de Taças, tornando-se o 1° jogador de futebol israelense a vencer um campeonato europeu Internacional.[2] Seu gol na semifinal e sua assistência no gol da vitória na final garantiram seu lugar nos livros de história de Mechelen. A revista italiana Guerin Sportivo, concedeu a Ohana o Troféu Bravo (prêmio similar ao Golden Boy) que é concedido ao melhor jogador com menos de 23 anos nas competições europeias, no ano de 1988.[4] Ohana também participou da partida de despedida com Oleg Blokhin.[3]
SC Braga
[editar | editar código-fonte]Terminou sua jornada na Europa após disputar uma temporada no Braga, atuando em 25 jogos e marcado 3 gols.[4]
Retorno ao Beitar Jerusalém
[editar | editar código-fonte]Apesar de seu sucesso na Europa, Ohana voltou à Israel para assinar novamente com o Beitar, que então jogava na Liga Artzit (2a Divisão Nacional).[carece de fontes]
Depois de uma temporada, Ohana ajudou a retornar à Liga Leumit (1a Divisão Nacional) e, em seguida, levou o clube ao título da competição. 5 anos depois, Ohana levou o clube a 2 títulos consecutivos da liga 1995–96 e 1996-97. Após uma lesão no 7º jogo da época 1997-98, o Ohana ficou de fora de toda a temproada. Jgou alguns jogos em 1998-99, mas se aposentou antes do final da temporada. Na base do Beitar, Ohana jogou com número 9, em Mechelen foi o 10 e no time profissional do Beitar Jerusalém, com a 11.[3]
Seleção Israelita
[editar | editar código-fonte]Ohana foi convocado pela 1a vez para a Seleção de Israel em 1983. Depois de um amistoso que Israel foi goleado por 7 a 2 para a Argentina, Diego Maradona disse que havia um grande jogador em Israel, e ele era justamente Eli Ohana.[3]
Ohana garantiu um lugar na história do futebol israelense quando a seleção nacional participou de uma partida crucial das eliminatórias da Copa do Mundo da FIFA de 1990 contra a Austrália em 1989. O técnico australiano na época, Frank Arok, fez comentários anti-semitas antes do jogo. Então, durante a partida, no lance do 1° gol, Ohana fez uma linda jogada em que driblou dois zagueiros e enganou o goleiro, gol que deu a Israel vantagem por 1 a 0. Ohana então correu até o gerente australiano e beijou a estrela de Davi na frente de Arok.[7]
Em 1990, Ohana foi convocado para um jogo contra a União Soviética. Minutos antes do início do jogo, Ohana e os outros 2 ídolos da seleção israelense, Ronny Rosenthal e Shalom Tikva, perceberam que seu seguro não havia sido combinado como prometido e se recusaram a entrar em campo. Todos os jogadores foram punidos, com Ohana recebendo a pior punição, banido de 10 jogos da liga e banido por 4 da seleção nacional.[3]
Em 1995, o Ohana teve uma temporada fraca e decidiu abandonar a seleção. A Seleção Uruguaia foi convidada a ir a Israel para sua partida de despedida, que Israel venceu por 3 a 1 com Ohana marcando o 1° gol do jogo.[8]
Em 1996-97, Ohana teve uma excelente temporada (ele foi escolhido o jogador do ano no final dela) e Shlomo Sharf o liberou para atuar na seleção, com Ohana novamente voltando a marcar gols por Israel.[3]
No total, Ohana atuou em 51 jogos e marcou 17 gols pela Seleção de Israel.[9]
Carreira depois da aposentadoria do futebol
[editar | editar código-fonte]Beitar Jerusalém e Bnei Yehuda
[editar | editar código-fonte]Após se aposentar, continou no ramo futebolístico, iniciando sua carreira durante sua última temporada como jogador, quando atuou como assistente do técnico Dror Kashtan, no Beitar Jerusalém.[carece de fontes]
Após se aposentar, ele foi promovido ao cargo de treinador, substituindo Kashtan. Depois de liderar seu clube de infância ao 6° lugar na liga e na final da taça, ele partiu para o Bnei Yehuda Tel Aviv, mas renunciou após ser rebaixado para a Liga Leumit.[carece de fontes]
Maccabi Petch Tikva e volta ao Bnei Yehuda
[editar | editar código-fonte]Depois de apenas 7 partidas no comando do Maccabi Petach Tikva em 2001, ele foi demitido e voltou ao Bnei Yehuda, clube que havia levado ao rebaixamento no ano anterior. Desta vez, ele foi capaz de guiá-los para um retorno à 1a divisão israelense. Na temporada seguinte, ele conseguiu evitar que o time fosse rebaixado novamente.[carece de fontes]
Retorno ao Beitar Jerusalém
[editar | editar código-fonte]Chamadas vieram de fãs do Beitar Jerusalém para trazer Ohana de volta; ele voltou antes da temporada 2003-04 e permaneceu por 3 temporadas. Ele deixou o cargo de treinador quando o clube foi vendido para o bilionário Arcadi Gaydamak.[carece de fontes]
Hapoel Kfar Saba
[editar | editar código-fonte]Foi contratado pelo Hapoel Kfar Saba e salvou o time do rebaixamento, e como reconhecimento ganhou o prêmio de técnico do ano em Israel.[10] No final do Campeonato de 2007-08, o Hapoel foi rebaixado para a 2a divisão, apesar de ter vencido o último jogo da temporada.[carece de fontes]
Em 18 de junho de 2008, Ohana foi nomeado técnico do Israel Sub-19, cargo que permaneceu até 2016.[carece de fontes]
Em 2010, Dror Kashtan, o técnico da seleção israelense de futebol deixou o cargo e Ohana foi nomeado interinamente. Com Ohana nas linhas, Israel venceu a Romênia por 2-0 em um amistoso.[11] Esse jogo gerou rumores de que Ohana se tornaria o novo treinador principal, mas Ohana disse em uma entrevista que sua hora ainda ia chegar.[12]
Política
[editar | editar código-fonte]Alguns de seus amigos são políticos conhecidos do partido de centro-direita Likud (Benjamin Netanyahu, Reuven Rivlin)[1] e ele compareceu às celebrações do Bar Mitzva do filho do líder do partido Likud em Jerusalém.[13]
Antes das eleições de 2015, Naftali Bennett, o chefe do partido de direita Sionist Jewish Home, colocou Ohana na posição número 10 da lista de eleições de seu partido.[14] Após 3 dias de duras críticas de membros do partido que estavam descontentes com a escolha de Bennett de um estranho que não combinava com o caráter religioso do partido, Ohana retirou-se "após ser solicitado a fazê-lo pelo ministro Bennett".[15][16]
Vida pessoal
[editar | editar código-fonte]Em 1982, a namorada de Ohana, Sarit Shwartz, sofreu um acidente de carro fatal. A morte de Sarit levou Ohana à depressão e à reclusão social.[3] Em dezembro de 1991, ele se casou com a modelo Ronit Ben Basat, com quem teve um filho, Tom. Eles se separaram em 2004 sem pedir o divórcio.[carece de fontes]
Com intuito de cessar ainda mais a disputa territorial no Oriente médio, Ohana e diretoria do Beitar negociaram 50% da propriedade do clube para o Xeque Hamad bin Khalifa Al Nahyan, dos EAU. Em troca, o país irá investir 92 milhões de dólares (R$ 478 milhões) na equipe israelense nos próximos 10 anos e terá um representante na diretoria. A parceria foi firmada 3 meses depois de Israel e os EAU estabelecerem relações diplomáticas.[17]
Títulos
[editar | editar código-fonte]Beitar Jerusalem
[editar | editar código-fonte]- Campeonato Israelense de Futebol: 1986–87, 1992–93, 1996–97 e 1997–98
- Copa do Estado de Israel: 1984–85, 1985–86
- Copa Toto de Israel: 1997–98
- Supercopa de Israel: 1986
KV Mechelen
- Campeonato Belga de Futebol: 1988–89
- Taça dos Clubes Vencedores de Taças : 1987–88
- Supercopa da UEFA: 1988
- Torneio de Amsterdã: 1989
- Troféu Joan Gamper: 1989
- Jules Pappaert Cup: 1990
Prêmios Individuais
[editar | editar código-fonte]- Troféu Bravo: 1988
- Futebolista do ano de Israel: 1984, 1997
- Membro do Hall da Fama do Futebol de Israel
- Técnico do ano de Israel: 2007
Recordes
[editar | editar código-fonte]- 1° jogador israelense a conquistar um título Internacional
- ↑ a b «אלי אוחנה. אלוף התדמיות». Ynet (em hebraico). Consultado em 13 de abril de 2021
- ↑ a b «Sporting Heroes: No. 39 Eli Ohana». The Jerusalem Post | JPost.com (em inglês). Consultado em 13 de abril de 2021
- ↑ a b c d e f g h i «"בית"ר.נט – אתר האוהדים של בית"ר י-ם – אלי אוחנה – "המלך""». מערכת הפורומים של ביתר. נט (em hebraico). Consultado em 13 de abril de 2021
- ↑ a b c «Eli Ohana: el mejor jugador joven europeo en 1988» (em espanhol). Consultado em 14 de abril de 2021
- ↑ «Who are the 10 greatest internationals for Aussie clubs?». A-League (em inglês). 29 de setembro de 2015. Consultado em 13 de abril de 2021
- ↑ «The day that Frank Lowy took his ball and went home». The Roar (em inglês). Consultado em 13 de abril de 2021
- ↑ «Ohana, Eli». web.archive.org. Consultado em 13 de abril de 2021
- ↑ «Israel vs Uruguay - AUF». www.auf.org.uy. Consultado em 13 de abril de 2021
- ↑ «The Israel Football Association». web.archive.org. 3 de abril de 2015. Consultado em 13 de abril de 2021
- ↑ «Israel - Player of the Year». www.rsssf.com. Consultado em 13 de abril de 2021
- ↑ «אלי אוחנה: "עשינו עבודה הגנתית מושלמת"». ynet (em hebraico). 3 de março de 2010. Consultado em 13 de abril de 2021
- ↑ «אלי אוחנה: "לא הגיע זמני לאמן את הנבחרת"». ynet (em hebraico). 4 de março de 2010. Consultado em 13 de abril de 2021
- ↑ «הרב עובדיה בירך בסטירות את מועמדי הליכוד». Ynet (em hebraico). Consultado em 13 de abril de 2021
- ↑ «אלי אוחנה: "מצדי שיפנו את כל ההתנחלויות"». ynet (em hebraico). 26 de janeiro de 2015. Consultado em 13 de abril de 2021
- ↑ «Soccer star Eli Ohana quits Habayit Hayehudi, amid criticism». Haaretz.com (em inglês). Consultado em 13 de abril de 2021
- ↑ «Bennett Refuses to Let Kalfa Back onto the List». Israel National News (em inglês). Consultado em 13 de abril de 2021
- ↑ «Ídolo do futebol de Israel é 'peça-chave' em acordo com Emirados». R7.com. 3 de janeiro de 2021. Consultado em 13 de abril de 2021