Graham Hancock
Graham Hancock | |
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Nascimento | 2 de agosto de 1950 (74 anos) Edimburgo |
Cidadania | Reino Unido |
Cônjuge | Santha Faiia |
Filho(a)(s) | Sean Hancock |
Alma mater | |
Ocupação | jornalista, escritor, participante em documentário |
Prêmios |
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Página oficial | |
https://grahamhancock.com/ | |
Graham Bruce Hancock ( /ˈhænkɒk/ ; Edimburgo, 2 de agosto de 1950) é um escritor e ex-jornalista britânico. Tornou-se conhecido do público em geral[1][2] por causa de suas teorias pseudocientíficas[3][4] envolvendo civilizações antigas [en], assunto sobre o qual ele publicou doze livros.
A principal ideia do trabalho de Hancock é uma conexão proposta entre as culturas antigas do Egito, Mesopotâmia e Mesoamérica com uma 'cultura mãe' anterior e mais avançada da qual ele acredita que culturas antigas posteriores emanaram.[5] Hancock recebeu críticas consideráveis de históriadores e arqueólogos por seu trabalho, que não foi revisado por pares nem publicado em revistas acadêmicas,[6] sendo por isto um exemplo de pseudohistória[7] e pseudoarqueologia.[8]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Nascido em Edimburgo, Hancock cresceu na Índia, onde seu pai trabalhava como cirurgião. Voltando para o Reino Unido, formou-se pela Durham University em 1973, colando grau com Louvores de Primeira Classe em sociologia.[carece de fontes]
Como jornalista, trabalhou para muitos periódicos britânicos, tais como The Times, The Sunday Times, The Independent e The Guardian. Foi co-editor da revista New Internationalist de 1976 a 1979 e correspondente na África Oriental de The Economist de 1981 a 1983. Em 1996, apareceu em The Mysterious Origins of Man.[9]
As alusões à datas situadas há 12.500 anos atrás são significativas para Hancock, uma vez que é nesta era que ele localiza a avançada civilização progenitora, agora desaparecida, mas que ele afirma na maioria de seus trabalhos ter existido e cuja tecnologia avançada influenciou e deu forma ao desenvolvimento das civilizações (conhecidas) da antiguidade mundial. A egiptologia e a arqueologia sustentam que as provas disponíveis indicam que as pirâmides de Gizé e a Grande Esfinge foram construídas durante o período da Quarta Dinastia do Egito (terceiro milênio AC).[10]
Entre estes vários críticos estão dois astrônomos, Ed Krupp do Observatório Griffith em Los Angeles e Anthony Fairall, professor de astronomia da Universidade da Cidade do Cabo, África do Sul. Utilizando equipamentos de planetários, Krupp e Fairall investigaram separadamente o ângulo entre o alinhamento do Cinturão de Órion e o norte durante a era citada por Hancock, Bauval et. al. (o qual difere do ângulo visto hoje ou no terceiro milênio AC, por causa da precessão dos equinócios), e descobriu que o ângulo era consideravelmente diferente da "justaposição perfeita" defendida por Bauval e Hancock na TCO– 47-50 graus pelas medições do planetário, comparado ao ângulo de 38 graus formado pelas pirâmides.[11]
Krupp também apontou par ao fato que a linha ligeiramente curva formada pelas três pirâmides desviava-se rumo ao norte, onde a ligeira alteração na linha formada pelo Cinturão de Órion desviava-se rumo ao sul, e para fazê-las coincidir, uma ou outra teria que ser invertida de cima para baixo.[12] Na realidade, foi isto o que ocorreu no livro original de Bauval e Gilbert ("The Orion Mystery"), que comparava imagens das pirâmides e Órion sem informar que o mpa das pirâmides estava invertido.[13] Krupp e Fairall encontraram outros problemas nas afirmações, inclusive observando que se a Esfinge representasse a Constelação de Leo, então deveria estar na margem oposta do Nilo (a "Via Láctea") com relação às pirâmides ("Órion"),[11][12] que o equinócio vernal por volta de 10.500 AC estava na Constelação de Virgo e não Leo,[11] e que em qualquer caso, as constelações do Zodíaco são originárias da Mesopotâmia e completamente desconhecidas até a posterior era greco-romana.[13] Contudo, um comentarista sugeriu que, em seus artigos sobre este assunto, Krupp seria culpado de "fazer exatamente como aqueles a quem critica: "pseudociência exemplar".[14]
A teoria de uma Esfinge mais antiga recebeu apoio consideravelemnte maior da ciência acadêmica. A mais notável, manifestada pelo geólogo Robert M. Schoch, argumenta que os efeitos da erosão pluvial na Esfinge e seus arredores, indica que partes do monumento devem ter sido esculpidas originalmente entre 7.000–5.000 AC.[15] A análise de Schoch tem sido largamente corroborada por outro geólogo, David Coxill, que concorda que a Esfinge passou por intemperismo pluvial e, consequentemente, teria sido esculpida nas eras pré-dinásticas[16]. Um terceiro geólogo, Colin Reader, sugeriu uma data de anos anterior a comumente aceita para a construção. Estas opiniões, contudo, tem sido quase unanimemente constestadas pelos egiptólogos acadêmicos, os quais, junto com alguns geólogos, sustentam a datação convencional do monumento. Sua análise atribui o desgaste aparentemente acelerado da Esfinge desde à moderna poluição industrial, diferenças qualitativas entre as camadas de pedra calcária no próprio monumento, com o auxílio de areia carregada pelo vento, e/ou mudanças de temperatura, causando a rachadura na pedra[17][carece de fontes]
Livros
[editar | editar código-fonte]- Hancock, Graham (1985). Ethiopia: The Challenge of Hunger. London: V. Gollancz. ISBN 0-575-03680-X
- Hancock, Graham; Enver Carim (1986). AIDS: The Deadly Epidemic. London: V. Gollancz. ISBN 0-575-03837-3
- Hancock, Graham (1989). Lords of Poverty: The Power, Prestige, and Corruption of the International Aid Business. Boston: Atlantic Monthly Press. ISBN 0-87113-253-2
- Hancock, Graham (1992). The Sign and the Seal: The Quest for the Lost Ark of the Covenant. New York: Crown. ISBN 0-517-57813-1
- Hancock, Graham (1995). Fingerprints of the Gods: The Evidence of Earth's Lost Civilization. New York: Crown Publishers. ISBN 0-517-59348-3
- Hancock, Graham; Robert Bauval (1996). The Message of the Sphinx: A Quest for the Hidden Legacy of Mankind. New York: Crown Publishers. ISBN 0-517-70503-6 Published in the United Kingdom as Hancock, Graham; Robert Bauval (1996). Keeper of Genesis: A Quest for the Hidden Legacy of Mankind. London: Heinemann. ISBN 0-434-00302-6 Verifique o valor de
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(ajuda) - Hancock, Graham (1998). The Mars Mystery: A Tale of the End of Two Worlds. London: Michael Joseph. ISBN 0-7181-4314-0
- Hancock, Graham; Santha Faiia (1998). Heaven's Mirror: Quest for the Lost Civilization. New York: Crown Publishers. ISBN 0-517-70811-6
- Hancock, Graham; Faiia, Santha (2001). Fingerprints of the Gods: The Quest Continues New Updated ed. New York: Crown Century. ISBN 0-7126-7906-5
- Hancock, Graham (2002). Underworld: The Mysterious Origins of Civilization. New York: Crown. ISBN 1-4000-4612-2
- Hancock, Graham; Robert Bauval (2004). Talisman: Sacred Cities, Secret Faith. Tisbury: Element Books. ISBN 0-00-719036-0
- Hancock, Graham (2005). Supernatural: Meeting with the Ancient Teachers of Mankind. London: Century. ISBN 1-84413-681-7
- Hancock, Graham (2010). Entangled: The Eater of Souls. New York: The Disinformation Company. ISBN 978-1-934708-56-9[18]
- Hancock, Graham (2013). War God: Nights of the Witch. [S.l.]: Coronet. ISBN 978-1-444734-37-9
- Hancock, Graham (2015). Magicians of the Gods: The Forgotten Wisdom of Earth's Lost Civilisation. [S.l.]: Coronet. ISBN 978-1444779677
- Hancock, Graham (2019). America Before: The Key to Earth's Lost Civilization. St. Martin's Press. ISBN 9781250243737ISBN 9781250243737.
Vídeos
[editar | editar código-fonte]- Michael Palin's Pole to Pole – Crossing the Line (EP 5) (1992)
- Quest for the Lost Civilization – Acorn Media (1998)
- Atlantis Reborn Again – BBC Horizon (2000)
- Earth Pilgrims – Earth Pilgrims Inc. (2010)
- "The War on Consciousness" – TEDx (2013)
- Revelações Pré-históricas – Netflix (2022)
- Revelações Pré-históricas: As Américas – Netflix (2024)
- ↑ Orsi, Carlos (13 de novembro de 2022). «"Revelações Pré-Históricas" revela profundo ressentimento». Revista Questão de Ciência. Consultado em 17 de novembro de 2022. Cópia arquivada em 17 de novembro de 2022
- ↑ «Atlantis Reborn Again {programme synopsis}». Science & Nature: Horizon. BBC. 2000. Consultado em 1 de setembro de 2009
- ↑ Fagan 2006, pp. xvi, 27-28.
- ↑ Defant 2017.
- ↑ "...the belief of Hancock and other writers in a lost civilisation that passed its wisdom on to ancient Egypt or the Maya repeats the theme of Atlantis: the antediluvian world popularised by Ignatius Donnelly from 1882." Kevin Greene, Tom Moore, Archaeology: An Introduction, page 252 (Routledge, 2010 edition). ISBN 978-0-203-83597-5
- ↑ Regal 2009.
- ↑ Fritze 2009, pp. 214–218.
- ↑ Fagan 2006, pp. xvi.
- ↑ Thomas, Dave (março de 1996). «NBC's Origins Show». Committee for Skeptical Inquiry. Consultado em 19 de fevereiro de 2007. Arquivado do original em 3 de fevereiro de 2007
- ↑ (January 21, 2004) (2006) The Seven Wonders. The Great Pyramid of Giza Arquivado em 24 de agosto de 2007, no Wayback Machine.
- ↑ a b c Fairall, Anthony (1999). «Precession and the layout of the Ancient Egyptian pyramids». Journal of the Royal Astronomical Society. Consultado em 31 de outubro de 2008. Arquivado do original em 28 de fevereiro de 2008
- ↑ a b Krupp, Ed (1997). «Pyramid Marketing Schemes». Sky and Telescope
- ↑ a b Krupp, Ed (2002). «Astronomical Integrity at Giza». The Antiquity of Man. Consultado em 8 de agosto de 2006
- ↑ Conman, Joanne (2002) 'Blinking Back: Eyeball to Eyeball with Ed Krupp'
- ↑ «synopsis of a 1999 paper by Schoch». Consultado em 31 de outubro de 2008. Arquivado do original em 28 de agosto de 2009
- ↑ Coxhill, David (1998) cited by Robert Schoch
- ↑ Schoch, Robert. «Processos de erosão da esfinge de Gizé.». Robert Schoch. Consultado em 17 de dezembro de 2022
- ↑ «The Big Idea: Graham Hancock». scalzi.com. 15 de outubro de 2010
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Brass, M. (n.d.). «An analysis of the quality of Graham Hancock's "science"». The Antiquity of Man. Cópia arquivada em 4 de maio de 2006
- Brass, M. (2002). «Tracing Graham Hancock's Shifting Cataclysm». Skeptical Inquirer. 26 (4): 45–49. Cópia arquivada em 26 de abril de 2010
- Carroll, R. T. (2009). «Atlantis». The Skeptic's Dictionary. Consultado em 14 de novembro de 2022
- Defant, Marc J. (2017). «Conjuring Up a Lost Civilization: An Analysis of the Claims Made by Graham Hancock in Magicians of the Gods». Skeptic. 22 (3). Consultado em 14 de novembro de 2022
- Fagan, Garrett G. (2006). Archaeological Fantasies: How Pseudoarchaeology Misrepresents the Past and Misleads the Public. [S.l.]: Psychology Press. ISBN 9780415305921
- Fagan, N. (n.d.). «An Answer to Graham Hancock». In the Hall of Ma'at. Cópia arquivada em 19 de abril de 2005
- Fagan, N. (n.d.). «Analysis of Hancock's Position Statement on C-14 Dating». In the Hall of Ma'at. Cópia arquivada em 27 de março de 2005
- Flemming, N. (n.d.). «Flooded Kingdoms of the Ice Age». In the Hall of Ma'at. Cópia arquivada em 27 de março de 2005
- Fritze, Ronald H. (2009). Invented Knowledge: False History, Fake Science and Pseudo-religions. London: Reaktion Books
- Regal, Brian (2009). Pseudoscience: A Critical Encyclopedia. [S.l.]: Greenwood. ISBN 978-0313355073
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Sítio oficial» (em inglês)
- Graham Hancock. no IMDb.
- Horizon: Atlantis Reborn e a Broadcasting Standards Commission – A resposta da BBC ao debate do programa Horizon
- Robert M. Schoch