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Buraco do Rato

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Buraco do Rato
Brasil
2015 •  cor •  34 min 
Gênero documentário
Companhia(s) produtora(s) Comitê Nacional em Defesa dos Territórios Frente à Mineração
Lançamento
  • 24 de novembro de 2015 (2015-11-24)

Buraco do Rato é um documentário que aborda alegações de espionagem envolvendo a Vale S.A., uma das maiores mineradoras do mundo. Baseado em denúncias feitas por André Almeida, ex-funcionário da empresa, o filme apresenta uma investigação sobre supostas práticas de monitoramento direcionadas a funcionários, terceirizados, jornalistas, governos e movimentos sociais. O documentário explora questões relacionadas à ética e transparência nos negócios, oferecendo uma perspectiva sobre o papel das corporações e suas responsabilidades sociais.

Produzido pelo Comitê Nacional em Defesa dos Territórios Frente à Mineração, Buraco do Rato propõe um debate sobre os impactos da mineração, especialmente em países como o Brasil, onde a indústria extrativa tem grande importância econômica e suscita discussões sobre suas consequências socioambientais.

O documentário foca na infiltração e espionagem nos movimentos sociais, ampliando o tema com denúncias sobre o financiamento da Vale no transporte de tropas durante o Massacre de Eldorado do Carajás, em 1996, onde 19 trabalhadores sem terra do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) foram assassinados brutalmente. A narrativa é apresentada sob a ótica do poder de Estado que a Vale S.A. possui no Brasil, utilizando subterfúgios da época da ditadura militar para resolver seus problemas sociais, econômicos e ambientais.[1][2]

O documentário destaca as seguintes práticas da Vale, usando documentos e depoimentos:

  • Intimidação de pessoas, com ameaça de morte;
  • Destruição da moral da pessoal localmente;
  • Uso de espionagem, paga pela empresa;
  • Uso da polícia como sua, corrompendo agentes públicos;
  • Uso das Forças Armadas como segurança particular, contra a população, corrompendo agentes públicos.
  • Terrorismo;

O documentário foi produzido pela equipe de comunicação do Comitê Nacional em Defesa dos Territórios Frente à Mineração. A produção destaca a influência e o poder da Vale S.A. no cenário político e social brasileiro, revelando práticas controversas e antiéticas da empresa.[1][2]

O texto ao considerar o documentário critica[3] a empresa por sua falta de ética, destruição ambiental, e envolvimento em incidentes violentos, como o massacre de Eldorado dos Carajás. A Vale é acusada de espionagem, suborno e outras atividades ilícitas para atingir seus objetivos. O documentário, produzido pelo Comitê em Defesa dos Territórios, expõe essas ações e questiona o valor moral da empresa.

Recentemente, tivemos os casos emblemáticos de Bento Rodriguez em Mariana, e Brumadinho. Em seguida, várias barragens foram colocadas em alerta, incluindo a Barragem Doutor, que fica perto da de Bento Rodriguez.

O filme gerou debates significativos sobre a atuação da Vale S.A. e suas práticas empresariais, especialmente em relação aos direitos humanos e ao impacto ambiental. Foi bem recebido por críticos e ativistas, que elogiaram a coragem e a relevância das denúncias apresentadas.[1][2]

Traçando paralelos

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Barragem do Doutor

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Ver artigo principal: Barragem do Doutor

Em Antônio Pereira tem ocorrido algo que lembra o relatado no documentário. Como exemplo, uma moradora indígena relata que foi presa, e ficou presa por alguns dias. Sua horta foi completamente destruída por estar na zona de risco. O que muitos moradores relatam é que os critérios da Vale para remoção é totalmente aleatório. Tem casos de somente uma pessoa ficando em um zona supostamente de risco.[4] A falta de transparência da Vale lembra o documentário.[5] Essa acontecimentos lembram o caso do documentário: compra das polícias locais, compra de políticos, e vigiar pessoas que ela considera de risco. Em um caso emblemático, ela conseguiu construir uma estrada para passar carros grandes, em zona de proteção ambiental, e habitada, chamada da Pedreira em Antônio Pereira.

Referências
  1. a b c Boss21 (9 de maio de 2018). «Em Defesa dos Territórios». Em Defesa dos Territórios. Consultado em 12 de setembro de 2024 
  2. a b c «O Buraco do Rato: um filme sobre a Vale». Sinttel-ES. Consultado em 12 de setembro de 2024 
  3. Moreira, Gilvander. «Buraco do Rato – um filme sobre a Vale S.A» 
  4. Viana, Mariana (16 de fevereiro de 2024). «Abandono e falta de informações: angústias de Antonio Pereira». Instituto Guaicuy. Consultado em 16 de setembro de 2024 
  5. Iza (20 de agosto de 2020). «Vale recusa nova reunião com atingidos de Antônio Pereira, em Ouro Preto (MG)». MAB - Movimento dos Atingidos por Barragens. Consultado em 16 de setembro de 2024 

Ligações externas

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