Banco da República dos Estados Unidos do Brasil
O Banco da República dos Estados Unidos do Brasil (BREUB) foi um banco brasileiro, criado em 7 de dezembro de 1890, resultante da fusão entre o Banco dos Estados Unidos do Brasil e do Banco Nacional do Brasil, sendo presidido por Francisco de Paula Mayrink.[1]
A partir de sua fundação se tornou o principal banco emissor de moeda do Brasil. Com isso, o governo retirou poder de emissão de outros estabelecimentos de crédito, acabando com a pluralidade de emissão de moeda, instituído por Ruy Barbosa, quando fora Ministro da Fazenda.[1] Criado para ser uma espécie de banco central, visava à liquidação dos excessos do encilhamento, à regulação do volume de crédito e ao controle do câmbio.[2] Foi um dos protagonistas da crise do Encilhamento.[1][3]
Teve uma vida curta, pois em 17 de dezembro de 1892 fundiu-se com o Banco do Brasil, dois bancos praticamente falidos, dando origem ao Banco da República do Brasil, BRB.[4] Este banco foi criado com empréstimos lastreados em emissões do Tesouro, que se tornou seu maior credor, uma medida paliativa não foi suficiente para resolver os problemas financeiros e a encampação pelo governo, ocorrida em 1896, o que originou a se chamar novamente Banco do Brasil, em 1906.[4][5]
- ↑ a b c Almico, Rita de Cássia da Silva. Pedir e emprestar: o mercado do crédito em uma comunidade cafeeira.
- ↑ Botelho Júnior, Cid de Oliva. A crise cambial do encilhamento: algumas observações sobre a interpretação de Celso Furtado.
- ↑ «Ministério da Fazenda (1889-1930)». Memória da Administração Pública Brasileira. Consultado em 29 de agosto de 2020
- ↑ a b Vale, Jackson de Souza. Cidadania política e finanças em Machado de Assis: A série A semana, (1892-1897), 2011.
- ↑ «Bancos». Receita Federal. Consultado em 29 de agosto de 2020