Bailundo
Bailundo | |
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Dados gerais | |
Fundada em | 1700 (324 anos) |
Gentílico | bailundense |
Província | Huambo |
Características geográficas | |
Área | 7 065 km² |
População | 56 000 hab. |
Densidade | 8 hab./km² |
Projecto Angola • Portal de Angola | |
Bailundo é uma cidade e um município da província do Huambo, em Angola.
Tem 7 065 km² e cerca de 56 mil habitantes. É limitado a norte pelos municípios de Cela e Andulo, a leste pelos municípios de Mungo, Cunhinga e Chinguar, a sul pelos municípios de Cachiungo, Chicala-Choloanga e Huambo, e a oeste pelos municípios de Ecunha, Londuimbale e Cassongue.
Geografia
[editar | editar código-fonte]O município é constituído pela comuna-sede, correspondente à cidade do Bailundo, e pelas comunas de Lunge, Luvemba, Bimbe e Hengue-Caculo.[1]
O território municipal está localizado no Planalto Central Angolano. A maior parte do território bailundense é drenada pela bacia do rio Cuvo-Queve..[2] Porém, a zona nordeste do território municipal é drenada pela bacia do Cuanza.[3]
História
[editar | editar código-fonte]Fundação da localidade e do reino
[editar | editar código-fonte]A região do Bailundo era, anteriormente à organização política dos ovimbundos, constituída de várias aldeias e "ombalas" (aldeia principal/cidade). Uma dessas ombalas era a de Halã-Vala, assim denominada pela proximidade ao monte Halavala. Esta ombala é a atual cidade do Bailundo.[4]
Halã-Vala tornou-se a principal dentre as demais ombalas próximas por influência de Katyavala Bwila I que, vindo do norte (Cuanza Sul), fundou o Reino Bailundo, o maior, mais poderoso e influente reino da parte central de Angola. Halã-Vala era, assim, a capital do reino.[4]
A cidade de Halã-Vala e o Reino Bailundo mantiveram-se seguros e prósperos até o final do reinado de Ekuikui II, quando seus sucessores entraram em conflito com Portugal.[5]
Queda do Bailundo e domínio colonial
[editar | editar código-fonte]Entre 1891 e 1903 Halã-Vala e o reino foram sucessivamente atacados pelas tropas portuguesas comandadas inicialmente pelo capitão Justino Teixeira da Silva, na Segunda Guerra Luso-Bailundo. O último dos reis que subsistiu independente foi Mutu-ya-Kevela (1902-1903).[5]
Em 1903, Halã-Vala cai definitivamente e, em 16 de julho do mesmo ano, passa a sediar uma guarnição portuguesa, denominada Posto do Bimbe-Catapi. Esta data que é considerada a fundação do município, o primeiro a ser fundado nesta província. Na criação, abrangia, além do próprio Bailundo, o Balombo, o Huambo e o Sambo.[5]
A circunscrição civil do Bailundo foi criada em 1911, com o estatuto de vila. A sede municipal só foi elevada a cidade no ano de 1917.[5]
Chegou a ser a capital do distrito do Huambo (predecessor da atual província de mesmo nome) num breve período entre 1911 e 1912, sendo substituída pela vila do Huambo.[6]
Em 1928, a cidade passou a ser denominada por Teixeira da Silva, topónimo que se manteve até à independência de Angola, em 1975.[5]
Pós-independência nacional
[editar | editar código-fonte]Após a independência de Angola, em 1975, a cidade abandonou a designação Teixeira da Silva, voltando a chamar-se Bailundo.[5]
Durante parte da Guerra Civil Angolana esteve instalado no Bailundo um dos quartéis-generais da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA).[7]
Ver também
[editar | editar código-fonte]- ↑ Comunas. Ministério da Administração do Território e Reforma do Estado. 2018.
- ↑ Chinguar, Luiz. Rio Queve: o pequeno gigante. Blog Chinguar. 18 de abril de 2015.
- ↑ Quintino, Manuel (org.). Plano Geral de Desenvolvimento e Utilização dos Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica do Cuanza. Ministério da Energia e Águas de Angola, 2016.
- ↑ a b Sungo, Marino Leopoldo Manuel.O reino do Mbalundu: identidade e soberania política no contexto do estado nacional angolano atual. Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Florianópolis, 2015.
- ↑ a b c d e f Bailundo (Teixeira da Silva). HPIP. 2020.
- ↑ Huambo (Nova Lisboa). HPIP. 2020.
- ↑ Governo angolano anuncia tomada de redutos da Unita. Folha de Londrina. 19 de outubro de 1999.