Avro Vulcan
Vulcan | |
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Avro Vulcan em de outubro de 2015. | |
Descrição | |
Tipo / Missão | Bombardeiro estratégico, com motores turbojato, quadrimotor monoplano |
País de origem | Reino Unido |
Fabricante | A V Roe & Co (Avro) Hawker-Siddeley Aviation |
Período de produção | 1956-1965 |
Quantidade produzida | Com protótipos, 136 |
Custo unitário | £750,000 (1956) |
Primeiro voo em | 30 de agosto de 1952 (72 anos) |
Introduzido em | 20 de julho de 1956 |
Aposentado em | março de 1984 |
Tripulação | 5 |
Notas | |
Dados: Ver seção "Comparação das versões" |
Avro Vulcan é um bombardeiro estratégico de grande autonomia fabricado na Inglaterra pela Avro.
Facilmente identificado por suas asas em delta, foi um dos três modelos do chamado trio mágico da Real Força Aérea, os "V Bombers", sobre o qual repousou por mais tempo a dissuasão nuclear da Inglaterra. Notável bombardeiro tático a baixa altura (versão B.2). Não transportava armamento defensivo.
O protótipo efetuou o seu primeiro voo de ensaio em 1952. Mas foi somente em 1957 que a versão B.Mk1 começou a equipar os esquadrões da RAF. O Vulcan deixou o serviço na RAF no início dos anos 80, não antes, porém, de realizar em 1982 sua única missão de combate real: raides extremamente longos com o código "Black Buck", quando bombardearam a pista e as instalações de radar de Port Stanley, durante a Guerra das Malvinas.
Durante uma dessas missões, em 3 de junho de 1982, um Vulcan (nº XM597) sofre uma pane hidráulica e não consegue efetuar o reabastecimento em voo.[1] Para não cair no mar, invade o espaço aéreo brasileiro sendo interceptado por caças Northrop F-5E Tiger II até o Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, onde faz um pouso de emergência, causando um incidente diplomático entre Argentina, Brasil e Grã Bretanha. Após sete dias retido, o avião é autorizado a retornar à sua base na ilha de Ascensão[2][3]
Avro XM 597 | |||||||||
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Variantes
[editar | editar código-fonte]- B.1
A série inicial de produção.
- B.1A
B.1 com "contra-medidas eletrônicas" (CME) no cone do bico.
- B.2
Desenvolvimento do B.1 com as características do B.1A e equipado com motor Olympus 201-202 de 17.000 lbf (76 kN).
- B.2 (MRR)
Nove aeronaves convertidas para Maritime Radar Reconnaissance (MRR) - (Radar de Reconhecimento Marítimo).
- K.2
Seis B.2 convertidos para reabastecimento aéreo.
Comparação das versões
[editar | editar código-fonte]B.1 | B.1A | B.2 | B.2 (MRR) | K.2 | |
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Envergadura | 99,4 ft (30 m) | 111 ft (34 m) | |||
Comprimento | 97,07 ft (30 m) | 105,51 ft (32 m) [99,9 ft (30 m) sem sonda] | |||
Altura | 26 ft 6 in (8,08 m) | 27 ft 1 in (8,26 m) | |||
Área alar | 3 554 sq ft (330,18 m2) | 3 964 sq ft (368,27 m2) | |||
Peso máximo de decolagem | 167 000 lb (76 000 kg) 185 000 lb (84 000 kg) (necessidade operacional) |
204 000 lb (93 000 kg) | |||
Velocidade de cruzeiro | Mach .86 indicado | ||||
Velocidade máxima | Mach .95 indicado | Mach .93 indicado (Mach .92 com motor 301) |
Mach .93 indicado |
Desconhecido | |
Teto de serviço | 55 000 pé (17 000 m) | 45 000 pé (14 000 m) à 56 000 pé (17 068,80 m) | |||
Sistema elétrico | 112V DC | 200V AC trifásico 400 Hz | |||
Sistema elétrico de emergência |
Bateria | Turbina de ar de impacto e Auxiliary power unit | |||
Motores | 4 × Bristol Olympus 101, 102 or 104 |
4 × Bristol Olympus 104 |
4 × Bristol Siddeley Olympus 200-series, 301 |
4 × Bristol Siddeley Olympus 200-series | |
Capacidade de combustível (principal) |
9,280 gal (74,240 lb avtur) | 9,260 gal (74,080 lb avtur) | |||
Capacidade de combustível (doca de bombas) |
Nenhum | 0-1990 gal (15,920 lb avtur) | 1990 gal (15,920 lb avtur) |
2985 gal (23,880 lb avtur) | |
Controles de força de voo |
1 x rudder (duplex), 4 x elevadores, 4 x ailerons | 1 x rudder (duplex), 8 x elevons | |||
Armamento | 1 × Bomba nuclear de queda livre ou 21 × 1 000 lb (450 kg) bombas convencionais |
1 × Míssil Blue Steel ou 1 × Bomba nuclear de queda livre ou 21 × 1 000 lb (450 kg) bombas convencionais |
Nenhuma |
- ↑ «Fact Sheet No 2: Vulcan and the Falklands War» (PDF) (em inglês). Avro Vulcan. 2007. Consultado em 23 de janeiro de 2014.
Quando o Vulcan direcionou sua sonda para o funil de abastecimento do Victor, sem motivo aparente, esta se quebrou, pulverizando combustível por todo o pára-brisas do Vulcan. Sem possibilidade de abastecer, ou retornar a Ascensão, Neil McDougall decidiu que a única possibilidade seria um desvio para o Rio de Janeiro (...) Com nível crítico de combustível, fez contato com o controle de tráfego aéreo do Rio (...) no aeroporto do Galeão, pousando na direção errada da pista. Após sete dias, o Vulcan e sua tripulação foram autorizados a sair, sob a condição de que a aeronave XM597 não participasse mais do conflito (Tradução da fonte)
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at position 370 (ajuda) - ↑ Voo Rasante: UM INTRUSO NO CÉU DO BRASIL
- ↑ O Estado de S. Paulo (12 de novembro de 2006). «Arquivos revelam que Brasil pendeu pela Argentina na Guerra das Malvinas». Resenha Eletrônica do Ministério da Fazenda. Consultado em 11 de novembro de 2013